A
mortalidade fetal, apesar de elevada no Brasil, é pouco estudada
quanto à sua determinação. Um estudo caso-controle aninhado foi feito
para investigar os determinantes da mortalidade fetal em uma
população usuária dos serviços públicos de uma região do Rio de
Janeiro, de 2002 a 2004. Os dados foram coletados por meio de
entrevista com as puérperas e complementados em prontuários e cartões
de pré-natal. Os casos foram óbitos fetais com peso igual ou
superior a 500g e os controles foram nascidos vivos no mesmo período.
Para análise estatística, usou-se um modelo hierárquico de fatores
sócio-econômicos e psicossociais (nível distal), reprodutivos,
comportamentais e assistenciais (intermediário) e características
biológicas do feto (proximal). Destacaram-se vínculo empregatício,
situação marital estável, acompanhante na admissão e pré-natal
adequado como protetores de mortalidade fetal, enquanto violência
doméstica, morbidade na gravidez e crescimento fetal restrito
aumentaram o risco. O pré-natal se mostrou importante estratégia de
redução do risco nesta população.
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