Foi lançado em fevereiro deste ano, no estado do Rio de
Janeiro, uma campanha de combate à morte materna com o tema ‘Pré-natal
de qualidade e parto seguro'. A campanha seguiu até o dia 28 de maio, deste ano,
data em que é comemorado o Dia de Combate a Mortalidade Materna. A
Campanha é uma iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher
da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e tem
apoio da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para Mulheres e do
Comitê Estadual de Óbito Materno.
Enquanto outros estados também têm índices altos de mortalidade
materna mas conseguiram reduzir a mortalidade nos últimos cinco anos,
dados do Comitê de Acompanhamento dos Óbitos Maternos do Estado mostram
que os mesmos patamares de morte materna foram mantidos ao longo dos
últimos seis anos.
Mortes evitáveis
"O dado preocupante é que o
número de mulheres grávidas diminuiu. Uma das causas foi a qualidade do
pré-natal e não podemos deixar de citar que até o dia de dar a luz as
mulheres ficam peregrinando de hospital em hospital, sem saber onde
darão a luz", destaca a presidente da comissão, deputada estadual Inês
Pandeló. "Morre uma mulher a cada dois dias e, por ano, são mais de 170
mortes maternas em virtude de infecção, hipertensão ou hemorragia, sendo
que 90% dessas mortes são evitáveis."
A campanha da Alerj vai divulgar dados tratando da importância de se
fazer o pré-natal. Serão distribuídos cartilhas, folhetos e cartazes,
além de divulgação na TV Alerj e a realização de audiências públicas
para debater o tema. A comissão da Alerj fará também um levantamento nas
cidades para averiguar se as prefeituras têm comitês municipais para
investigar os óbitos.
Direito das mulheres
A deputada espera que com a
campanha mulheres sejam conscientizadas da importância dos cuidados
durante esse período, assim como os homens e os profissionais de saúde. É
necessário que se iniciem ações concretas para a redução da morte
materna. Essa é uma das mais graves violações dos direitos humanos das
mulheres, por ser uma tragédia evitável ", menciona. "Toda mulher tem
direito a uma gravidez saudável e a um parto seguro".
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