segunda-feira, 24 de setembro de 2012

RJ lançou campanha de combate à mortalidade materna

 
Foi lançado em fevereiro deste ano, no estado do Rio de Janeiro, uma campanha de combate à morte materna com o tema ‘Pré-natal de qualidade e parto seguro'. A campanha seguiu até o dia 28 de maio, deste ano, data em que é comemorado o Dia de Combate a Mortalidade Materna. A Campanha é uma iniciativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e tem apoio da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para Mulheres e do Comitê Estadual de Óbito Materno.
Enquanto outros estados também têm índices altos de mortalidade materna mas conseguiram reduzir a mortalidade nos últimos cinco anos, dados do Comitê de Acompanhamento dos Óbitos Maternos do Estado mostram que os mesmos patamares de morte materna foram mantidos ao longo dos últimos seis anos.

Mortes evitáveis
"O dado preocupante é que o número de mulheres grávidas diminuiu. Uma das causas foi a qualidade do pré-natal e não podemos deixar de citar que até o dia de dar a luz as mulheres ficam peregrinando de hospital em hospital, sem saber onde darão a luz", destaca a presidente da comissão, deputada estadual Inês Pandeló. "Morre uma mulher a cada dois dias e, por ano, são mais de 170 mortes maternas em virtude de infecção, hipertensão ou hemorragia, sendo que 90% dessas mortes são evitáveis."
A campanha da Alerj vai divulgar dados tratando da importância de se fazer o pré-natal. Serão distribuídos cartilhas, folhetos e cartazes, além de divulgação na TV Alerj e a realização de audiências públicas para debater o tema. A comissão da Alerj fará também um levantamento nas cidades para averiguar se as prefeituras têm comitês municipais para investigar os óbitos.

Direito das mulheres
A deputada espera que com a campanha mulheres sejam conscientizadas da importância dos cuidados durante esse período, assim como os homens e os profissionais de saúde. É necessário que se iniciem ações concretas para a redução da morte materna. Essa é uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser uma tragédia evitável ", menciona. "Toda mulher tem direito a uma gravidez saudável e a um parto seguro".

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