Muito tem se falado
dos efeitos deletérios da cesariana eletiva para o binômio mãe-bebê, e
está comprovado que a cesariana eletiva aumenta os riscos de distúrbios
respiratórios e de morte neonatal, mesmo quando controlados os fatores
potencialmente confundidores. Essa associação entre cesariana e
desfechos perinatais desfavoráveis ocorre mesmo em mulheres sem
complicações da gravidez e entre aquelas que são submetidas ao que
eufemisticamente se convencionou chamar "cesariana sem indicação médica
definida", ou seja, sem necessidade mesmo (!). Por outro lado, estudos
longitudinais têm demonstrado que não apenas há piora dos desfechos
perinatais mas também efeitos deletérios em longo prazo, como o aumento
de atopia, asma, alergia e obesidade em crianças nascidas de cesariana.
Hoje eu vou falar
de um assunto bem polêmico e que foi abordado em uma recente revisão
sistemática com metanálise publicada no "The American Journal of
Clinical Nutrition", sobre os efeitos da cesariana sobre o aleitamento
materno. O artigo se intitula "Breastfeeding after cesarean delivery: a systematic review and meta-analysis of
world literature" e teve por objetivo determinar se a cesariana
(eletiva ou intraparto) está associada com uma taxa mais baixa de
amamentação comparada com o parto vaginal.
Esse é o link para o resumo do artigo no PubMed:
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