O risco de mulheres portadoras do vírus HIV transmitirem a doença
para o bebê durante a gestação atualmente é mínimo. De acordo com o
Ministério da Saúde, com o uso dos medicamentos indicados e um
acompanhamento médico, as chances de infecção para o bebê ficam em torno
de 1%. Se a gestante não tomar as medicações, o risco sobe para 25%.
Entre 2008 e 2009, segundo dados do Ministério da Saúde, pelo menos
seis mil brasileiras portadoras do HIV engravidaram no país. Na última
década, houve redução de 44,4% nesse tipo de transmissão do vírus. "O
pior de ter uma criança com Aids é saber que isso pode ser evitado",
afirma Paulo Guzzo, coordenador de DST/Aids e Hepatites Virais da
Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa).
De acordo com o Boletim Epidemiológico DST/Aids de 2009, o Estado do
Pará é responsável pela notificação de 60% dos casos de gestantes HIV
positiva na região Norte. "A chamada transmissão vertical (por
transmitir o vírus HIV da mãe para o filho) pode ocorrer durante a
gestação, no momento do trabalho de parto e na amamentação", explica
Paulo Guzzo.
Guzzo ressalta ainda que durante a gestação, se a mãe fizer uso dos
antirretrovirais (remédio que combate a multiplicação do vírus) a partir
do 3º mês de gestação, e o recém-nascido, nos primeiros 42 dias de
vida, a possibilidade de a criança ser portadora fica em torno de 1% a
2%.
"A forma mais comum de contágio do bebê pela mãe é decorrente de
problemas, como a perfuração da placenta, que aumenta o risco de haver
contato entre o sangue da mãe com o do filho. Por conta disso, é
indicado que o parto seja feito através da cesariana, e não normal".
O coordenador indica que a mãe HIV positiva, após o nascimento, que
participe do tratamento mantendo a criança nos programas de Assistência
Integral à Criança HIV positiva. A equipe de profissionais vai
acompanhar o desenvolvimento do bebê através de exames que seguem as
orientações do Ministério da Saúde.
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