quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Saúde aumenta em 34% notificação de sífilis congênita

O Ministério da Saúde vem avançando nas políticas para a melhoria do diagnóstico e tratamento da sífilis congênita. Neste sentido, conseguiu ampliar em 34% a notificação de casos de sífilis congênita, em menores de 1 ano de idade, entre os anos 2010 a 2011. O aumento da notificação é um dos destaques do Boletim Epidemiológico, que será lançado pelo Ministério da Saúde para marcar o Dia Nacional de Combate à Sífilis, instituído no terceiro sábado de outubro. 
“A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, é uma doença de fácil prevenção, e o acesso precoce à testagem é essencial ao tratamento, não só para o recém-nascido, mas também para a gestante durante o pré-natal”, ressalta o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Segundo ele, o ideal é que todas as mulheres grávidas façam esse exame durante as consultas do pré-natal, ao longo da gravidez, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. 

Rede cegonha - Para avançar no cumprimento do objetivo de eliminar a doença enquanto problema de saúde pública até 2015, o Ministério da Saúde conta também com a implantação da Rede Cegonha, visando ampliar a oferta do teste rápido de sífilis no pré-natal. Uma grande vantagem dessa estratégia é a possibilidade da gestante sair da consulta de pré-natal já com o resultado do teste e, com seu tratamento iniciado, caso necessário. 

O número desses exames rápidos distribuídos até setembro de 2012 foi sete vezes maior do que todo o ano de 2011 – de 31,5 mil para 237 mil unidades. Com essa nova tecnologia, a gestante tem a oportunidade de saber se já teve contato com o agente causador da doença (Treponema pallidum), em apenas 30 minutos, durante a consulta de pré-natal. 

Para que o tratamento da mãe seja efetivo e evite a transmissão ao recém-nascido, o procedimento deve ser realizado até um mês antes do parto. Se infectado pela sífilis, o recém-nascido deve ficar internado por dez dias para receber a medicação adequada. O maior desafio para interromper a cadeia de transmissão da sífilis congênita, segundo o secretário, é tratar também o parceiro. “Os homens resistem mais em cuidar da saúde, fato que acaba causando impacto na família. É que a parceira pode ser reinfectada, mesmo que a mulher tome corretamente a medicação,” explica Jarbas Barbosa. 

O Estudo Sentinela Parturiente 2012 - Projeto de verificação da prevalência do HIV e sífilis em parturientes -, do Ministério da Saúde, confirma: das mulheres que foram identificadas com sífilis em 2011, durante o pré-natal, apenas 11,5% tiveram seus parceiros tratados. 

No ano de 2011, foram diagnosticados 9.374 casos de sífilis congênita, com taxa de incidência de 3,3 casos para cada 1.000 nascidos vivos. A região que apresenta a maior taxa de incidência de sífilis congênita é a Nordeste, com 3,8 casos a cada 1 mil nascidos vivos, seguida da Sudeste, cujo índice é de 3,6. O Centro-Oeste é o que tem o menor número proporcional de recém-nascidos com a doença: 1,8. 

No ranking dos estados, o Rio de Janeiro é o que tem a maior taxa de sífilis congênita - 9,8 ocorrências da doença a cada 1 mil recém-nascidos. O estado do Ceará é o segundo com (6,8) e Sergipe o terceiro com (6,7). O local com menor taxa de sífilis em recém-nascidos é o Piauí (0,8), entretanto, esse dado pode refletir a subnotificação. 

O Dia Nacional de Combate à Sífilis foi criado pela Sociedade Brasileira de DST em 2006, para mobilizar o poder público e a sociedade para ações que visem eliminar a sífilis congênita. A data é sempre lembrada no terceiro sábado de outubro, que neste ano ocorrerá no dia 20. 
Campanha – Reduzir o número de pessoas infectadas pela sífilis e aumentar a testagem para detecção da doença são estratégias da campanha nacional pelo diagnóstico prevista para entrar em circulação em rádios e TVs a partir de novembro. A campanha, que tem o apoio do Ministério da Saúde é uma iniciativa da Organização não Governamental Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida. 

O filme para TV incentiva a testagem e o spot para rádio ressalta a importância da prevenção com o uso da camisinha. O material apresenta também os principais sintomas da doença e informa sobre a importância do diagnóstico precoce da sífilis. As peças serão veiculadas por dois meses e voltadas ao público em geral, com foco em homens e mulheres de 15 a 24 anos de idade. A expectativa é que a campanha atinja 25 milhões de pessoas.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

RJ: cresce o número de casos de catapora e coqueluche


 
Os casos de coqueluche e catapora, doenças comuns entre crianças, registraram aumento no Rio de Janeiro, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Os casos de coqueluche em 2012 somam 186 contra 166 registrados em todo ano de 2011. Somente este ano foram confirmados no Estado 2.857 casos de catapora, sendo 572 em agosto.
De acordo com o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do órgão municipal, Alexandre Chieppe, não há uma explicação científica para o aumento da doença neste período do ano. No entanto, a mudança do clima associada ao período escolar, devido ao confinamento dentro das salas de aula, podem contribuir para o aumento dos casos.
Para evitar o contágio das doenças, Chieppe ressalta que alguns cuidados devem ser reforçados. Ele destaca a importância de os pais manterem em dia a caderneta de vacinação e atenção aos sintomas das doenças. "Sempre que aparecer os sinais sugestivos dessas doenças, os pais devem procurar o serviço de saúde, pois, com o tratamento precoce, nos conseguimos tanto tratar a criança quanto interromper a cadeia de reprodução da doença", explicou.
Duas vacinas são importantes para prevenir a coqueluche: a DTP (que imuniza contra difteria, tétano e coqueluche) aplicada em crianças com idade até 6 anos e a Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus Influenza b - HIB) para crianças até 1 ano de idade.
Outras medidas para evitar a contaminação estão nos cuidados com a higiene e situações do dia a dia. "Sempre lavar as mãos após ir ao banheiro, utilizar álcool em gel e ter cuidado ao espirrar para evitar a propagação do vírus", destacou Chieppe.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mortes maternas caem um terço em todo o mundo – Causas mais comuns são as infecções!

Estimativas das Nações Unidas revelam que menos mulheres estão morrendo por causas relacionadas à gravidez, mas ainda são mil mortes diárias em todo o mundo e será preciso fazer mais para se atingir os objetivos estabelecidos
Genebra, 15 de setembro – O número de mulheres que morrem em consequência de complicações durante a gravidez e o parto diminuiu 34%, de uma estimativa de 546 mil casos em 1990 para 358 mil em 2008, de acordo com um novo relatório, “Tendências da mortalidade materna”, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Banco Mundial, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
O progresso é notável, mas a taxa anual de declínio é menos da metade do que é necessário para atingir o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 5, de redução da taxa de mortalidade materna em 75% entre 1990 e 2015. Isso exigiria um declínio anual de 5,5%, enquanto a queda de 34% desde 1990 representa uma diminuição média anual de apenas 2,3%.
“A redução global das taxas de mortalidade materna é uma notícia encorajadora”, afirma Margaret Chan, Diretora-Geral da OMS. “Os países onde as mulheres enfrentam um risco elevado de morte durante a gravidez ou parto estão tomando medidas que estão se provando eficazes; eles estão treinando mais parteiras e reforçando centros de saúde e hospitais que dão assistência às mulheres grávidas. Nenhuma mulher deveria morrer devido à falta de acesso ao planejamento familiar e aos cuidados com a gravidez e o parto”.
Mulheres grávidas continuam morrendo devido a quatro causas principais: hemorragia severa após o parto, infecções, distúrbios hipertensivos e abortos inseguros. Em 2008, cerca de mil mulheres morreram a cada dia em todo o mundo devido a essas complicações. Entre elas, 570 viviam na África ao sul do Saara; 300, no Sudeste Asiático; e 5, em países de alta renda. O risco de uma mulher em um país em desenvolvimento morrer devido a uma causa relacionada à gravidez ao longo da vida é aproximadamente 36 vezes maior em comparação com uma mulher vivendo em um país desenvolvido.
“Para alcançar o nosso objetivo global de melhorar a saúde materna e salvar a vida das mulheres, nós precisamos fazer mais para chegar àquelas que estão em maior risco”, disse Anthony Lake, Diretor Executivo do UNICEF. “Isso significa alcançar mulheres nas zonas rurais e nas famílias mais pobres, as mulheres de minorias étnicas e grupos indígenas, mulheres vivendo com HIV e em zonas de conflito.”
As novas estimativas mostram que é possível evitar que muitas outras mulheres morram. Os países precisam investir em seus sistemas de saúde e na qualidade do atendimento.
 “As mortes maternas são ao mesmo tempo causadas pela pobreza e causa dela. O custo de um parto pode consumir rapidamente a renda de uma família, trazendo ainda mais dificuldades financeiras”, disse Tama Manuelyan Atinc, vice-presidente para o Desenvolvimento Humano do Banco Mundial. “Dada à fragilidade dos sistemas de saúde em muitos países, temos de trabalhar em estreita colaboração com os governos, doadores, agências e outros parceiros para fortalecer esses sistemas e oferecer às mulheres acesso significativamente melhor ao planejamento familiar e outros serviços de saúde reprodutiva, além de parteiras qualificadas para o parto, cuidados de emergência obstétrica e cuidados no pós-parto para as mães e recém-nascidos.”
O relatório, que abrange o período entre 1990 e 2008, também destaca:
  • Dez dos 87 países com razão de mortalidade materna igual ou superior a 100 em 1990 estão no caminho certo, com um declínio médio anual de 5,5% entre 1990 e 2008. No outro extremo, 30 países tiveram progresso insuficiente ou inexistente desde 1990.
  • O estudo mostra o progresso da África ao sul do Saara, onde a mortalidade materna diminuiu em 26%.
  • Estima-se que na Ásia o número de mortes maternas caiu de 315 mil para 139 mil entre 1990 e 2008, um declínio de 52%.
  • Noventa e nove por cento das mortes maternas em 2008 ocorreram em países em desenvolvimento, com a África ao sul do Saara e a Ásia correspondendo, respectivamente, a 57% e 30% do total de óbitos.
“Precisamos fazer mais para fortalecer os sistemas nacionais de coleta de dados”, disse Margaret Chan. “É vital apoiar o desenvolvimento de sistemas completos e precisos de registro civil dos nascimentos, óbitos e as causas da morte. Toda morte materna precisa ser levada em conta”, acrescenta.
O relatório e uma descrição detalhada da metodologia e os dados de base utilizados estão disponíveis (somente em inglês) no site da OMS.

Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/media_18811.htm

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mortalidade feminina cai 12% nos últimos 10 anos

As doenças cerebrovasculares, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e as isquêmicas do coração, como o infarto, tiveram as taxas reduzidas.
O Brasil reduziu em 12% a mortalidade feminina nos últimos 10 anos. No período de 2000 a 2010, houve redução da taxa de mortalidade de 4,24 óbitos por mil mulheres para 3,72. Este é um dos estudos do Saúde Brasil (edição 2011), publicação do Ministério da Saúde.
“Essa redução mostra que o país tem qualificado assistência à mulher, mas também demonstra que temos de continuar priorizando as causas dos óbitos das mulheres, como o câncer de mama”, reforça o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Todas as regiões do país tiveram suas taxas reduzidas. A maior redução foi verificada na região Sul do país (14,6%), seguida pela região Sudeste (14,3%). A região Centro-Oeste apresentou redução de 9,6%, enquanto as regiões Nordeste e Norte, apresentaram redução de 9,1% e 6,8%, respectivamente.
Entre as principais causas de mortalidade feminina estão as doenças do aparelho circulatório, como Acidente Vascular Cerebral (AVC)e o infarto, que aparecem em primeiro lugar representando 34,2%. No entanto, as doenças cerebrovasculares e as isquêmicas do coração apresentaram redução no período de 2000 a 2010. A taxa das doenças cerebrovasculares em mulheres, como o AVC, caiu de 43,87 em 2000, para 34,99 em 2010. As doenças isquêmicas do coração, como o infarto, também tiveram a taxa reduzida de 34,85 para 30,04.
“A melhoria na assistência à saúde, o aumento da expectativa de vida aliado à ampliação do acesso à informação, assim como a redução do tabagismo contribuíram para termos um impacto positivo nas  mortes de jovens,” disse Deborah Malta, diretora de Análise de Situação em Saúde, do Ministério da Saúde.
Essas doenças têm como fatores de risco a falta de exercícios físicos e uma dieta rica em gordura saturada, que tem como consequência o aumento dos níveis de colesterol e hipertensão. Para ampliar e qualificar a assistência às vitimas de infarto e AVC, o Ministério da Saúde está investindo nas linhas de cuidado dessas doenças. Entre as novidades para o infarto está a inclusão dos medicamentos tenecteplase, alteplase e clopidogrel - para continuidade do tratamento, além do troponina que é o teste rápido para diagnóstico do infarto. Já para o AVC, a novidade também está na incorporação do trombolítico alteplase, além da ampliação de serviços habilitados para assistência às vítimas da doença.
CAUSAS - As neoplasias representam a segunda maior proporção de óbitos em mulheres em 2010, no total de 18,3%. Dentro das neoplasias, o câncer de mama tem o maior índice (2,8%), depois o câncer de pulmão (1,8%) e câncer do colo do útero (1,1%).
Como forma de prevenção do câncerde mama e do colo de útero, o Ministério da Saúde tem investido no Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançando no ano passado. Entre as ações está a incorporação do Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama e a expansão dos serviços de radioterapia no país.
Na faixa etária a partir dos 30 anos, as doenças do aparelho circulatório e neoplasias se confirmaram como as causas mais frequentes de óbitos. Já nos menores de 10 anos predominaram as afecções perinatais, e entre mulheres de 10 a 29 anos de idade, as causas externas, como, por exemplo, acidentes e agressões.
FECUNDIDADE - O estudo revela novo perfil da população feminina, apontando para envelhecimento desde público. Entre 2000 a 2010, a taxa de fecundidade geral no Brasil caiu de 2,38 para 1,9 filhos por mulher, valor inferior ao chamado nível de reposição que é de 2,1 filhos por mulher.
Em 2010, a esperança de vida das mulheres era de 77,32 anos, enquanto a dos homens era de 69,73 anos, o que corresponde a uma diferença de mais de sete anos.

MORTALIDADE MATERNA
– O estudo Saúde Brasil também trouxe a taxa de mortalidade materna de 2010, que chegou a 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Na comparação com os últimos 20 anos (1990 a 2010), a razão da mortalidade materna no Brasil caiu 50%.
Para continuar reduzindo esses índices, o Ministério da Saúde lançou no ano passado a estratégia Rede Cegonha, que vem ampliando e qualificando a assistência à mulher e ao bebê. Já foram destinados R$ 3,3 bilhões para execução das ações da rede, além de mais de R$ 89 milhões para fortalecer o pré-natal no SUS. Mais de 4.800 municípios já aderiram à estratégia, com a previsão de atendimento de mais de dois milhões de gestantes no país. 

Por Tinna Oliveira, da Agência Saúde – Ascom/MS
3315-6249/3580
 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Campanha quer aumentar em 20% doação de leite materno no país


Da Agência Brasil
Com o objetivo de incentivar a doação de leite materno no país, o Ministério da Saúde e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH) lançaram no dia 04 deste mês campanha com a meta de coletar mais de 200 mil litros este ano – aumento de quase 20% em relação ao ano anterior. A iniciativa integra o Programa Rede Cegonha, com foco no atendimento humanizado e de qualidade às gestantes e crianças.

“Nosso esforço é exatamente sensibilizar cada vez mais pessoas para que sejam doadoras, nossas mães que cada vez mais façam este ato, mostrando o que isto significa e como estas vidas são salvas”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no lançamento da campanha no Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), na zona sul da cidade.
Segundo o ministro, o Brasil tem atualmente “a maior, mais complexa e mais qualificada rede de banco de leite humano do mundo inteiro”, formada por 212 bancos e 110 postos de coleta no país.
A cada ano, são recolhidos cerca de 150 mil litros de leite humano, que passam pelo processo de pasteurização. Mais de 135 mil recém-nascidos são alimentados com o leite doado, principalmente prematuros, aqueles com baixo peso e que estão hospitalizados. Mais de 115 mil mães doam leite materno anualmente. O volume coletado atende de 55% a 60% da demanda nacional.
A campanha deste ano tem o slogan: “Doar leite materno é multiplicar a vida com esperança: é somar saúde com solidariedade; é dividir o alimento mais completo que existe; é diminuir a mortalidade infantil; é igual ao amor – quanta mais a gente doa, mais a gente tem”.

Vamos ver um exemplo de ações assim, em Brasília:

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Pré-natal masculino é tão importante quanto o da mulher

 
O ideal é que a mulher passe por uma bateria de exames antes de engravidar. Caso a gestação aconteça sem a consulta médica prévia, é importantíssimo que a mulher inicie um acompanhamento médico assim que descobrir que está grávida. No caso dos homens, o pré-natal masculino é tão importante quanto o da mulher para a saúde do bebê que está nos planos do casal ou que já está a caminho.

Isso significa que homem e mulher devem fazer uma série de exames na fase pré-concepcional, como VDRL (que pesquisa a sífilis), hepatites B e C, grupo sanguíneo e fator Rh, urina, HIV, glicemia e parasitológico para evitar possíveis doenças e contaminações. Enquanto a mulher faz uma série de outros exames – de dosagens hormonais a ultrassonografia mamária e colposcopia –, o homem deve fazer o espermograma, indicado justamente para avaliar as condições dos espermatozoides para a fecundação.

Eles resistem a cuidar da saúde
Segundo Eduardo Chakora, coordenador da Área Técnica de Saúde do Homem, do Ministério da Saúde, os indivíduos do sexo masculino apresentam maior resistência para realizar atitudes preventivas com relação à saúde por uma questão cultural. “Os homens, de maneira geral, são educados para manter a aparência de que são fortes e autossuficientes”, comenta.

Portanto, se o homem não fez os exames na fase pré-concepcional, é fundamental que ele aproveite o momento da gestação da mulher para fazer a bateria de exames, que, acima de tudo, vai garantir a saúde do filho. O objetivo da campanha atual do Ministério da Saúde é, justamente, a de estimular os futuros pais a realizarem exames de rotina e específicos, como os de HIV/AIDS, sífilis e fator RH, e, sobretudo, a participarem ativamente na gestação, no parto e no desenvolvimento dos primeiros anos de vida da criança.

“A paternidade é ideal para sensibilizar os homens sobre a importância de se fazer exames regulares. Além disso, a realização do pré-natal masculino aumenta o vínculo entre a gestante e o companheiro, assim como entre ele e o filho”, afirma Chakora.

Ao se submeter a exames durante a gestação do filho, o homem se conscientiza sobre a importância de manter a saúde em dia e se torna mais compreensivo e participativo em relação à parceira e a esse momento tão especial na vida do casal.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bacilo da tuberculose contamina 18 bebês em Campinas


Chegou a 18 o número de bebês contaminados com o bacilo da  tuberculose na maternidade do hospital Madre Theodora, em Campinas, no interior paulista. O balanço das primeiras 166 análises de crianças, que nasceram entre janeiro e junho [2012] e que tiveram contato com o foco de transmissão [profissional da saúde com doença ativa - Mod. RNA] do surto investigado pela Secretaria da Saúde,  indica que [pode vir a passar - Mod. RNA] deve passar de 100 o total de recém-nascidos infectados.
Os 18 casos são uma parcial dos exames feitos até agora, de 354 análises que serão realizadas no primeiro grupo. Cinco dos bebês estão com a tuberculose [doença ativa primária - Mod. RNA] e sendo tratados com 3 tipos de antibióticos por 6 meses. Os outros 13 foram contaminados com o bacilo, mas não adoeceram [infecção latente, sem doença ativa - Mod. RNA]. "Chamamos de infecção latente, essas  crianças também terão que passar por tratamento [profilaxia - Mod. RNA] por 6 meses, mas com apenas 1 tipo de droga", afirma a coordenadora do programa de tuberculose, da prefeitura de Campinas, Maria Alice Satto.
Outros 3 casos não apresentaram traço [evidências microbiológicas - Mod. RNA] do bacilo, mas o quadro clínico e o histórico de saúde fizeram com que fossem pedidos exames mais detalhados para se confirmar ou descartar a tuberculose.
 "A incidência atual é de 7,8% e não haverá grande variação. A maioria das crianças não teve contato direto com a funcionária do hospital suspeita de ser ter transmitido a doença", explica a coordenadora. A Secretaria de Saúde estima, a partir desses números, que vai [pode, potencialmente - Mod. RNA] passar de 100 o total de crianças com infecção latente do grupo de 1.300 analisados.
A origem da contaminação foi uma técnica em enfermagem que trabalha no hospital, que foi diagnosticada com tuberculose, após a notificação da vigilância, e está afastada para tratamento.
A tuberculose é uma doença infecciosa que tem cura. Em recém-nascidos, tanto o diagnóstico como o tratamento são mais difíceis [o tratamento, nem tanto - Mod. RNA]. É uma doença que afeta principalmente os pulmões, transmitida pelo ar, pelas gotículas de saliva. Bebês não são considerados transmissores da bactéria.
Faltam 188 crianças para serem examinadas no primeiro grupo de 354, formado pelos que tiveram contato direto com a enfermeira, informa Maria Alice. Em seguida, começarão os exames em outros 1.000 bebês.
Para análise das crianças nascidas nesse período [janeiro/2012 à junho/2012 - Mod. RNA] no Madre Theodora, foi montado pela Secretaria de Saúde um protocolo de diagnóstico em parceria com as universidades de Campinas. O documento prevê, entre outras coisas, análise de curva de crescimento, desenvolvimento dos bebês, raio X de tórax e testes com reagentes [PPD - Mod. RNA].

Para ver a nota da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, acesse: http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=15805

domingo, 14 de outubro de 2012

Outubro é o mês mundial contra o câncer de mama, o tumor que mais mata mulheres em todo o planeta.



Cristo Redentor foi colorido de rosa. Foto: Alessandro Buzas/Futura Press

Um dos símbolos mais tradicionais do País, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, aderiu no fim da tarde da última terça-feira (09/10) à campanha Outubro Rosa, contra o câncer de mama.
A iluminação especial na cor rosa ajuda a alertar para o câncer que mais atinge mulheres no Brasil. O movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referente ao câncer de mama no mês de outubro.
Posteriormente, com a aprovação do Congresso Americano, o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção a este tipo de câncer. A partir de 1997, as atividades foram se espalhando para outras partes do mundo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sofrimento Fetal: alguma curiosidades

Por Débora Carvalho Meldau

O sofrimento fetal, também chamado de hipóxia neonatal, consiste na diminuição ou ausência da assimilação de oxigênio recebida pelo feto através da placenta. Este quadro pode ser agudo ou crônico.
Em muitos casos este sofrimento é implicado por uma patologia materna que ocasiona redução na sua concentração de oxigênio sanguíneo, como, por exemplo, em um quadro de anemia significativa, um problema respiratório ou cardíaco. Existem também outras patologias maternas que resultam em uma irrigação placentária ineficiente, como no caso da hipertensão arterial ou a diabetes gestacional, levando, consequentemente, à diminuição da oxigenação fetal. Apesar de estes problemas não apontarem alterações evidentes na oxigenação ao longo da gestação, podem ocasionar uma insuficiência da mesma no momento do parto, em decorrência do esforço realizado pela mãe ou quando há associado uma redução da irrigação placentária durante as contrações uterinas. Além disso, problemas ocorridos no momento do parto, como placenta prévia e o descolamento prematuro da placenta, podem resultar em problemas mais severos na oxigenação do feto.
Dentre outros problemas que causam a diminuição da oxigenação fetal estão:
  • Alterações das contrações uterinas;
  • Posições anômalas do feto;
  • Desproporção entre as dimensões da pélvis da mãe e do tamanho do feto;
  • Nascimento de múltiplos;
  • Ruptura uterina;
  • Anomalias do cordão umbilical.
As consequências da hipóxia neonatal variam de acordo com a intensidade da redução de oxigênio fetal e do tempo de duração da mesma. Quando o problema é identificado precocemente, a recuperação do feto costuma ser rápida e não deixa sequelas. Contudo, quando o quadro de hipóxia é prolongado, pode levar a lesões irreversíveis em diversos órgãos, especialmente no sistema nervoso, como:
  • Lesões cerebrais difusas de baixa severidade, que ocasionam problemas de comportamento e atraso no desenvolvimento psicomotor do indivíduo;
  • Lesões encefálicas extensas mais severas, podendo resultar em paralisia cerebral infantil, epilepsia ou atraso mental. Além disso, as lesões encefálicas também podem levar à morte do feto no decorrer do parto ou algumas horas após o nascimento, em virtude do comprometimento das funções vitais do mesmo.
O diagnóstico do sofrimento fetal é alcançado através da monitorização cardiotocográfica do parto, pois por meio deste procedimento é possível monitorar a reserva respiratória fetal. Um exame que auxilia no diagnóstico é a amnioscopia que, em muitos casos, evidencia a expulsão do mecônio, que é indicativo de sofrimento fetal. A análise laboratorial do sangue fetal aponta com precisão a exacerbada redução do oxigênio fetal e a consequente elevação da acidez sanguínea.
Quando o sofrimento fetal é comprovado, medidas devem ser adotadas para resolver o problema quando possível, ou o parto deve ser finalizado o mais rapidamente possível para não resultar em lesões irreversíveis no feto. Quando o sofrimento fetal ocorre antes do parto, deve-se recorrer à cesariana.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Novo teste pode diagnosticar doenças genéticas em recém-nascidos


 


Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine descobriu uma nova tecnologia de sequenciamento de genomas capaz de diagnosticar em apenas alguns dias doenças genéticas em recém-nascidos que estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de hospitais.
O novo teste poderia diminuir o tempo levado para o diagnóstico de doenças, iniciar tratamentos disponíveis o quanto antes e diminuir a ansiedade dos pais dos bebês. Antes da pesquisa, um teste normal levaria mais de uma semana para apresentar um resultado.
Chamada de SSAGA, a tecnologia permite qualquer médico de ordenar um teste genômico complexo em apenas alguns cliques. Após coletar uma amostra de sangue (uma gota) e extrair o DNA do bebê, médicos podem descobrir se a criança apresenta alguma condição genética. Os computadores mapeiam cerca de 7,5 mil genes e doenças genéticas (que normalmente não são conhecidas dos especialistas). Depois disso, o sistema busca mudanças no código do DNA que explicam a doença.
O processo inteiro é feito em mais ou menos dois dias e é ideal para ser usado na UTI neonatal. Os pesquisadores fizeram um diagnóstico definitivo em três dos quatro bebês testados com a nova técnica. Um resultado apresentado tão rapidamente pode fazer uma diferença dramática para a saúde dos recém-nascidos.
Existem cerca de 500 doenças genéticas para cada tratamento. A Fenilcetonúria (PKU, na sigla em inglês), por exemplo, é uma doença genética que afeta bebês recém-nascidos e causa deficiência intelectual e convulsões. Se diagnosticada e tratada cedo, permite que a criança tenha um desenvolvimento mental normal.
Agora, a equipe de pesquisadores planeja ampliar o teste para cem ou mais bebês para destacar os benefícios, custos e problemas exatos do processo. Os cientistas também acreditam que podem diminuir o tempo total de testes de 50 para 36 horas até o fim do ano.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Lupus e Gestação

Lúpus é uma doença crônica que ataca o sistema imunológico da pessoa, principalmente mulheres, e pode causar alucinações nos casos mais graves.
 
É o que chamamos de doença auto-imune. Ela confunde o sistema imunológico do paciente, que começa a reconhecer alguns órgãos como estranhos ao corpo, principalmente os rins, as articulações e a pele, e passa a produzir anticorpos contra eles. As causas ainda são desconhecidas, mas sabemos que há fatores hereditários e que ela pode ser desencadeada por alterações hormonais, estresse ou alguma infecção.
 
A mulher com lupus pode engravidar, mas é necessária uma preparação para que ela engravide num momento em que a doença esteja menos ativa. Deve haver um acompanhamento cuidadoso do obstetra e do reumatologista, que é o médico que, normalmente, trata do problema. Durante muito tempo se considerou que a mulher com lúpus não poderia engravidar, mas isso é mito.

Os principais riscos são aborto no início da gestação, em razão do aumento de estrogênio, hipertensão e parto prematuro. Por intermédio do uso de medicação, os chamados imunossupressores, e pelo controle com exames, para que o médico saiba exatamente o momento em que a doença está menos ativa. É importante lembrar que a gravidade do lúpus varia de um paciente para outro.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

XIV Encontro de Profissionais de Controle de Infecção Hospitalar

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A Comissão Estadual de Controle de Infecção Hospitalar/SES convida todos os profissionais de saúde atuantes no controle de infecção hospitalar (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, biólogos e sanitaristas), para participar do XIV Encontro de Profissionais de Controle de Infecção Hospitalar, a ser realizado no dia 16 de outubro de 2012, de 08 às 17h, no auditório do Hotel Novo Mundo sito à Praia do Flamengo nº 20, Flamengo, Rio de Janeiro/RJ.

Informamos, ainda, que as inscrições deverão ser feitas por e-mail no endereço eletrônico nvh@saude.rj.gov.br, no período de 19 de setembro a 05 de outubro de 2012, citando nome completo, cargo, profissão, instituição que trabalha e telefone para contato. Salientamos que a inscrição deverá ser individual, ou seja, será aceita somente uma inscrição por e-mail. Cada pessoa inscrita receberá um e-mail de confirmação.

INSCRIÇÕES GRATUITAS -
nvh@saude.rj.gov.br
VAGAS LIMITADAS

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

I Seminário de Acidentes de Trabalho por Material Biológico






No dia 25 de setembro de 2012, às 10h, aconteceu o I Seminário de Acidentes de Trabalho por Material Biológico da MMABH. O facilitador da discussão foi Dr. Guida Magaro, chefe do Serviço de Vigilância em Saúde da II Região Administrativa da Área de Planejamento 1.0 - SMSDC. Estiveram presentes profissionais da Enfermagem e da Limpeza.

Excesso de peso, estresse e cigarro podem aumentar risco de aborto

DSTs, poluição, uso de drogas ou remédios também prejudicam fertilidade.

Estima-se que 15% das gestações terminam em aborto até o 3º mês.

Há diversas causas para o aborto e, por isso, qualquer ocorrência deve ser investigada por um médico. Alterações como doenças sexualmente transmissíveis, poluição, obesidade, estresse, uso de drogas, cigarros ou medicamentos podem prejudicar a fertilidade e aumentam o risco de aborto. Estima-se que 15% das gestações terminam em aborto até o 3º mês e isso acontece principalmente por causa da genética. Esse problema se chama cromossomopatia, uma alteração na sequência de DNA. O corpo aborta para evitar que o bebê nasça com má-formação.
O risco é maior nas mulheres mais velhas, que têm células envelhecidas que provocam alterações cromossômicas mais freqüentes. Até os 30 anos, as chances de aborto espontâneo são de 10%; após os 40 anos, essa porcentagem aumenta para 40%.
Há também outras causas de aborto, que são as alterações no útero, a rejeição do embrião pela mãe ou infecções como toxoplasmose e sífilis. Segundo um estudo publicado em uma revista médica da Europa, outra causa do aborto é a fragmentação do DNA do espermatozóide, o que aumenta as chances em até três vezes.
O urologista Sandro Esteves informou, no entanto, que o homem com o DNA fragmentado pode melhorar seu espermatozóide com mudanças de comportamento, alimentação e medicamentos. Homens com varizes ao redor dos testículos podem recorrer à cirurgia.


Fonte: G1 - Globo.com - Atualizado em 06/09/2012 12h03