terça-feira, 25 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Governo lança campanha para saúde da população em situação de rua
Diferença sempre. Desigualdade, jamais!”. Foi com este
pensamento que o ministro da Saúde, Arthur Chioro, encerrou sua fala no
lançamento da campanha “Políticas de Equidade. Para Tratar Bem de Todos. Saúde
da População em Situação de Rua”, ontem (19), em Brasília.
A campanha tem como objetivo valorizar a saúde como um
direito humano de cidadania e ressaltar que as pessoas em situação de rua –
independente das roupas, das condições de higiene, do uso de álcool e outras
drogas ou da falta de documentação – têm o direito de serem atendidas no Sistema
Único de Saúde.
A inclusão da população em situação de rua na pauta do
Ministério da Saúde segue um dos preceitos do SUS: a equidade. E tem relação
direta com os conceitos de igualdade e de justiça. A equidade preconiza que o
atendimento aos indivíduos aconteça de acordo com suas necessidades, oferecendo
mais a quem mais precisa e menos a quem requer menos cuidados.
Meire Romão Reis, que está
situação de rua, participou da campanha ilustrando o cartaz e comemora o
lançamento. “Para mim está valendo demais. Quem sabe a campanha ajudará a mudar
a situação que nos encontramos no momento. Assim, teremos um atendimento melhor
para quem precisa mais”, disse ela.
A Pesquisa Nacional
Sobre a População em Situação de Rua 2008, do Ministério do Desenvolvimento
Social (MDS), estima que 50 mil adultos estejam atualmente nestas condições. A
população de rua é caracterizada como um grupo de pessoas que possui em comum a
pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados, que
habita em espaços públicos como ruas, praças, viadutos e, ocasionalmente,
utiliza abrigos e albergues para pernoitar.
Segundo o MDS, essa
população é composta predominantemente por homens (82%), negros (67%) e que
exercem alguma atividade renumerada (70%). Entre os principais motivos que os
levaram a sair de casa estão o alcoolismo/drogas (35,5%), o desemprego (29,8%)
e os conflitos familiares (29,1%).
A pesquisa ainda
revelou que 18,4% dos entrevistados já passaram por experiências de impedimento
de receber atendimento na rede de saúde. De acordo com levantamento, 29,7% dos
entrevistados afirmaram ter algum problema de saúde e 18,7% fazem uso de algum
medicamento, sendo os postos e centros de saúde os principais meios de acesso a
eles. Ainda segundo a pesquisa, 43,8% afirmam que inicialmente procuram as
emergências/hospitais quando estão doentes e 27,4% procuram o posto de saúde.
Maria Lúcia Pereira,
coordenadora do Movimento da População em Situação de Rua, reforça a
importância da campanha. “Para nós este momento é um divisor de águas. É a
validação da inclusão da população em situação de rua dentro do SUS. E é
importante reafirmar a importância dos governos estaduais e municipais na
atenção a este grupo. Ter acesso aos serviços de saúde, para nós que vivemos em
situação de rua, é a diferença entre a vida e a morte”, disse.
Uma ação importante
que o Ministério da Saúde tem desenvolvido para ampliar o acesso dessa
população ao SUS é o Consultório na Rua. Atualmente, há 144 equipes de
Consultórios na Rua, localizadas em 83 municípios, um crescimento de 80% em
relação a 2012, quando havia 80 equipes. Saiba mais sobre esse atendimento na
matéria do Blog da Saúde
(http://www.blog.saude.gov.br/promocao-da-saude/50077-consultorio-na-rua-cuidado-para-todos).
Além disso, em 2011, foi aprovada a Portaria nº 940, que dispensa a
obrigatoriedade de apresentação de endereço de domicílio para aquisição do
cartão SUS por pessoas vivendo nas ruas.
Outra medida
importante foi à aprovação, em 2013, de um plano operativo que orienta os
governos federal, estadual e municipal na implantação de estratégias e ações
voltadas a essa população, como a criação de comitês técnicos e consultivos com
a participação de representantes do movimento social e ações de promoção e
vigilância em saúde.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Ministério da Saúde lança campanha para população em situação de rua
Ação, em parceria com o MDS e SDH, valoriza a saúde como direito humano e busca sensibilizar a sociedade e profissionais do SUS sobre o direito dessa população acessar a rede pública
O Ministério da Saúde lançou nesta quarta (19/8), em Brasília, a campanha “Políticas de Equidade. Para Tratar Bem de Todos. Saúde da População em Situação de Rua”. A ação acontece no Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. O objetivo é valorizar a saúde como um direito humano de cidadania e ressaltar que as pessoas em situação de rua – independente das roupas, das condições de higiene, do uso de álcool e outras drogas ou da falta de documentação – têm o direito de serem atendidos no SUS. A campanha foi desenvolvida em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Serão distribuídos 100 mil cartazes para unidades de saúde de municípios com população em situação de rua e para os serviços de assistência social e direitos humanos que atendem a essa população. A campanha contará, ainda, com materiais informativos, como folders, voltados aos profissionais de saúde e movimentos sociais ligados a este grupo que terão distribuição de 60 mil exemplares. Também serão veiculadas nas redes sociais mensagens de sensibilização e informações sobre as necessidades de saúde e os direitos da população em situação de rua.
“Esta não é uma ação isolada, uma campanha fortuita. É a consolidação de um compromisso histórico. Nós não temos só a campanha, mas um conjunto de políticas desenvolvidas para poder cuidar da população de rua”, garantiu o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Para aproximar as mensagens da realidade, a construção da campanha contou com a colaboração de representantes da população em situação de rua que, além de contribuir no processo de construção dos materiais, também foram fotografados para ilustrar os cartazes e outros materiais.
“Ter acesso aos serviços de saúde, para nós que vivemos em situação de rua, é a diferença entre a vida e a morte e esta campanha é extremamente importante por ser um divisor de águas. O Ministério da Saúde é nosso parceiro e uma coisa que ele faz é nos capacitar e possibilitar que estejamos aqui falando de igual para igual”, explicou a coordenadora Nacional Movimento População em Situação de Rua, Maria Lúcia Pereira dos Santos.
CONSULTÓRIO NA RUA – Uma ação importante que o Ministério da Saúde tem desenvolvido para ampliar o acesso dessa população ao SUS é o Consultório na Rua. Criado em 2011, é uma modalidade de equipes de atenção básica que realizam busca ativa e qualificada de pessoas que vivem nas ruas.Atualmente, há 144 equipes de Consultórios na Rua, localizadas em 83 municípios, um crescimento de 80% em relação a 2012, quando havia 80 equipes.
“É preciso empoderar a população em situação de rua, dar visibilidade e garantir efetivamente o acesso aos serviços de saúde. Quando instituímos a política dos consultórios na rua a sociedade ganha como um todo. Essa população tem o Consultório na Rua, mas tem direito também a todos os serviços disponíveis no SUS, como as Unidades Básicas de Saúde, as UPAs, os CAPS, o SAMU”, assegurou o ministro.
As equipes são formadas por, no mínimo, quatro profissionais e podem ser compostas por enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, médicos, agentes sociais, técnicos ou auxiliares de enfermagem, técnico em saúde bucal, cirurgião-dentista, profissional/professor de educação física ou profissional com formação em arte e educação.
Elas realizam as atividades de forma itinerante e, quando necessário, utilizam as instalações das Unidades Básicas de Saúde. O território de atuação das equipes é dividido a partir de um censo da população de rua e cadastro das pessoas localizadas nestes espaços. As principais causas de internação das pessoas em situação de rua atendidas pelas equipes do programa têm relação com o uso de substâncias psicoativas (álcool, crack e outras drogas), problemas respiratórios e causas externas (acidentes e violência).
As equipes de Consultórios na Rua podem também dar início ao pré-natal e vincular a gestante a uma UBS para que faça os exames e procedimentos necessários. Ela vai acompanhar in loco a mulher, para verificar se o pré-natal está correndo bem ou necessita de alguma outra assistência. Contudo, é direito do cidadão ser atendido em qualquer serviço de saúde – como postos de saúde, emergência, UPA, SAMU – e não apenas nos consultórios na rua.
Outra ação importante foi à aprovação, em 2013, de um plano operativo que orienta os governos federal, estadual e municipal na implantação de estratégias e ações voltadas a essa população, como a criação de comitês técnicos e consultivos com a participação de representantes do movimento social e ações de promoção e vigilância em saúde. Além disso, em 2011, foi aprovada a Portaria nº 940, que dispensa a obrigatoriedade de apresentação de endereço de domicílio para aquisição do cartão SUS por pessoas vivendo nas ruas.
PERFIL – A Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua 2008, do MDS, - que ouviu cerca de 32 mil adultos em situação de rua de rua em 71 cidades – revelou que 18,4% dos entrevistados já passaram por experiências de impedimento de receber atendimento na rede de saúde. De acordo com levantamento, 29,7% dos entrevistados afirmaram ter algum problema de saúde e 18,7% fazem uso de algum medicamento, sendo os postos e centros de saúde os principais meios de acesso a eles. Ainda segundo a pesquisa, 43,8% afirmam que inicialmente procuram as emergências/hospitais quando estão doentes e 27,4% procuram o posto de saúde.
A população em situação de rua, estimada em 50 mil adultos, é caracterizada como um grupo de pessoas que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados, que habita em espaços públicos como ruas, praças, viadutos e, ocasionalmente, utiliza abrigos e albergues para pernoitar. Segundo o MDS, essa população é composta predominantemente por homens (82%), negros (67%) e que exercem alguma atividade renumerada (70%). Entre os principais motivos que os levaram a sair de casa estão o alcoolismo/drogas (35,5%), o desemprego (29,8%) e os conflitos familiares (29,1%)
Em 2010, a Secretaria de Direitos Humanos e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável realizaram a Pesquisa Censitária Nacional sobre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua. Essa pesquisa foi realizada em 75 cidades brasileiras, abrangendo as capitais e cidades com população superior a 300 mil habitantes. A pesquisa identificou 23.973 crianças e adolescentes vivendo nas ruas e revelou que a grande maioria é de meninos/adolescentes (71,8%), enquanto 28,2% são meninas/adolescentes.
Por Aedê Cadaxa e Amanda Costa, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-2351 / 3580
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
SMS realiza ações para marcar o mês de Valorização da Paternidade
A Secretaria Municipal de Saúde deu início às atividades
especiais programadas para o mês de Valorização
da Paternidade. O objetivo é aproveitar
o mês do Dia dos Pais para consolidar e promover
informações que ajudem a esclarecer a importância
da função paterna e os cuidados e prevenções
à saúde do homem. Para marcar a data, uma série
de eventos vai mobilizar profissionais de saúde e
usuários da rede de Atenção Primária.
As atividades começaram no dia 7 com debates
sobre as responsabilidades da paternidade, roda
de conversa com vídeos sobre os melhores lances do futebol de todos os tempos, torneio de
cartas como espaço de diálogo para conscientização a respeito do papel paterno, e outras.
Além disso, outras ações já estão programadas. No dia 10, a CF Waldemar Berardinelli, em
Sepetiba, promove sessões de reflexologia podal acompanhadas de apresentações do grupo
musical da unidade, para todos os pais, a partir das 8h. Já o CMS João Barros Barreto e a CF
Pavão Pavãozinho Cantagalo, na Zona Sul, programam para os dias 12 e 13, respectivamente,
rodas de conversa sobre a saúde do homem. Participe!
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Ministério da Saúde quer dobrar número de salas de amamentação nas empresas
Até o momento, existem
100 locais destinados às mulheres trabalhadoras que ainda amamentam e a meta é
chegar a 200 em 2016.
O Ministério da Saúde
quer ampliar o número de salas de amamentação e creches em locais de trabalho.
Com a ação Mulher Trabalhadora que Amamenta, a meta do governo é chegar em 2016
com 200 salas de apoio em empresas de todo País aumentando em 40% o número de
mulheres alcançadas. Este ano, a meta foi superada em 100%. Estava previsto
certificar 50 salas de apoio e já chegou a 100.
A meta foi apresentada
nesta sexta-feira (7/8), pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o
encerramento da Semana Mundial de Amamentação, comemorada entre 1º e 7 de
agosto. Este ano, o tema da campanha do Ministério da Saúde, em parceria com a
Sociedade Brasileira de Pediatria, é “Amamentação e Trabalho: para dar certo, o
compromisso é de todos”. O apresentador Serginho Groisman e sua esposa,
Fernanda Vogel Molina Groisman, pais de Thomas, são os padrinhos da inciativa.
Durante a cerimônia, o ministro reconheceu 18 empresas participantes da
iniciativa.
“Nós queremos despertar uma consciência do respeito à mulher
trabalhadora e ao bebê. Todo mundo ganha. Os estudos sobre os benefícios da
amamentação para saúde da criança e da mãe são inquestionáveis, mas também são
grandes os ganhos de produtividade, do compromisso da mulher com o seu
trabalho. Cada vez mais, nós queremos estimular as empresas privadas a adotarem
a licença maternidade de seis meses, a garantia da creche no ambiente do
trabalho ou próximo dele e a implantação das salas de aleitamento materno”,
destacou o ministro, Arthur Chioro.
Para o apresentador Serginho Groisman, o envolvimento de todos –
principalmente dos pais – é imprescindível para o estímulo à amamentação. “Essa
é uma campanha muito importante para a saúde do filho e da mãe. Espero que ela
seja compartilhada e entendida por todos nós e que cada vez mais se amamente
mais. Nós, pais, precisamos ter uma participação efetiva para ajudar a mãe a
fazer esse trabalho, que é fundamental”, ressaltou.
A ação possui três eixos fundamentais preconizados pelo Ministério
da Saúde: licença-maternidade de seis meses, implementação de creches nos
locais de trabalho ou convênio com creches próximas, e a criação de salas de
apoio à amamentação dentro do ambiente de trabalho.
De acordo com a II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno
nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal, o índice de aleitamento materno é
duas vezes maior entre as trabalhadoras com direito a licença (53,4%) do que o
registrado entre mulheres que não possuem o direito (26,8%). O aleitamento
materno exclusivo até os seis meses diminui em até 13% a morte de menores de
cinco anos em todo o mundo por causas evitáveis.
Salas de apoio
As salas de apoio à amamentação são espaços localizados no próprio
ambiente de trabalho, destinados às mulheres que retornam da licença
maternidade. A intenção é que elas possam durante o horário de trabalho, com
privacidade e segurança, retirar o leite, armazená-lo em local adequado e
depois levá-lo para casa, aumentando o período de amamentação do filho. Segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 43% dos
trabalhadores brasileiros são mulheres, ou seja, quase metade da força de
trabalho no País. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde
recomendam que os bebês sejam alimentados exclusivamente pelo leite da mãe até
os seis meses e que a amamentação continue acontecendo, junto com outros
alimentos, por até dois anos ou mais.
Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a
amamentação materna tem na redução da mortalidade infantil nessa faixa etária.
De acordo com a OMS e o Programa das Nações Unidades para a Infância (Unicef),
cerca de 6 milhões de crianças são salvas a cada ano devido ao aumento das
taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês.
Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias
e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido, além de ficar menos
tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como
hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. A amamentação reduz o peso
da mãe mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho
normal, diminuindo o risco de hemorragia e de anemia. As chances de se adquirir
diabetes ou desenvolver câncer de mama e de ovário também caem
significativamente.
Além de todos esses benefícios à saúde, estudo realizado por
pesquisadores da Universidade de Pelotas comprovou que quanto mais duradouro o
período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda
média na vida adulta até os 30 anos. Foi o primeiro estudo no Brasil a mostrar
o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na
renda. A pesquisa foi divulgada pela The Lancet, uma das publicações
científicas mais importantes do mundo.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Amamentação na volta ao trabalho
Após o fim da licença-maternidade, continuar amamentando requer planejamento. A tarefa costuma afligir muitas mulheres em um momento que já é delicado por implicar na separação de mãe e filho. A legislação trabalhista em vigor ainda prevê dois intervalos para amamentação, de meia hora cada, durante a jornada de trabalho, até que a criança complete seis meses. Pausas inviáveis para a maioria das mulheres, por causa da distância a ser percorrida entre o trabalho e casa, algumas mães usam os períodos para negociar com o empregador outros arranjos, como entrar uma hora mais tarde ou sair uma hora mais cedo. Com base nessa dificuldade frequente que as mães passam, a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) deste ano apresenta o tema: Amamentação e trabalho. Para dar certo o compromisso é de todos.
Para auxiliar as mulheres neste momento difícil, a gerente do Centro de Referência para Bancos de Leite Humano do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Danielle Aparecida, responde às principais dúvidas.
Para a coleta e armazenamento de leite a mãe precisa de frascos esterilizados. Como proceder?
Danielle Aparecida: Para esterilizar os frascos de vidro com a tampa plástica é preciso fervê-los por 15 minutos - comece a contar quando a água começar a borbulhar. Deixe secar a temperatura ambiente, não é necessário secar com panos ou fraldas. A coleta de leite pode ser feita por expressão manual e bombas manuais ou elétricas (se optar pelo uso de bombas, lembre-se de que estas também deverão ser esterilizadas da mesma forma do que os frascos). Após a coleta, o leite deve ser imediatamente congelado. Não se esqueça de identificar com a data da coleta. Vai realizar uma nova ordenha? Esterilize um copo de vidro ou um outro recipiente de vidro, realize a coleta e ao fim poderá colocar este leite líquido por cima do leite já congelado, sem problema.
Já sabe a data exata de retorno ao trabalho? Como se planejar com antecedência?
Aparecida: Para não precisar correr contra o tempo, o ideal é um planejamento com o mínimo de antecedência, afinal a ideia é deixar leite armazenado para o seu bebê enquanto você estiver no trabalho. Aproveite também para se informar junto ao serviço de recursos humanos da sua empresa se eles oferecem uma sala de apoio à amamentação. Você pode começar a retirar seu leite com pelo menos 15 dias de antecedência e o leite deve ser mantido congelado. Não é necessário encher os potes até a boca, mas apenas com o volume ideal para uma ou duas mamadas. Você pode colocar mais de uma ordenha no mesmo frasco. O mais importante é identificar a data da 1ª coleta, pois a validade do leite congelado é de 15 dias.
Psicologicamente, como os ambientes voltados para amamentação podem auxiliar essa mãe que precisa voltar a rotina de trabalho após ter bebê?
Aparecida: O ideal seria que toda empresa tivesse uma sala de apoio à mulher que retorna ao trabalho e ainda está amamentando o seu filho. Uma salinha com uma cadeira confortável, um freezer onde se possa armazenar o leite que ela irá retirar durante o expediente e uma pia para lavar as mãos é o suficiente para acolher esta mãe e garantir que seu filho continue recebendo o leite materno.
Qual a importância das salas de apoio à amamentação?
Aparecida: Com essa iniciativa, o retorno das mães ao trabalho não se torna um momento tão doloroso, pois elas continuam amamentando e mantendo o vínculo afetivo; os empresários também podem contar com a vantagem, pois a mãe cumpre toda a sua carga horária, não necessitando sair mais cedo, pois tem a certeza de que há leite em casa disponível para o seu bebê. Há também menos faltas, já que o bebê amamentado adoece menos. Além disso tudo, as mães têm a oportunidade de continuar amamentando seus filhos pelo tempo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é até os dois anos ou mais.
O armazenamento do leite nas creches é aconselhado?
Aparecida: O ideal é que a creche tenha um freezer/geladeira com um espaço exclusivo para o leite materno, onde a mãe ao deixar o bebê também possa deixar o leite congelado. No decorrer do dia, a funcionária responsável pela criança pode degelar o produto e oferecer ao bebê. Esta ação é aconselhada desde que o profissional da creche entenda dos cuidados de manipulação do produto. Nós da Rede de BLHs estamos aptos a realizar treinamentos em creches para que se possa garantir por mais tempo a amamentação de bebês.
Para orientar ainda mais as mamães, o Banco de Leite Humano do IFF/Fiocruz irá promover uma palestra sobre amamentação e volta ao trabalho, que será realizada na próxima quinta-feira (6/8) no próprio instituto. O IFF/Fiocruz fica localizado na Av. Rui Barbosa, 716, Flamengo, Rio de Janeiro.
Fonte: Aline Câmara / Ascom IFF
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