terça-feira, 10 de dezembro de 2013

SVS fortalece preparação para responder a eventuais casos importados de cólera

Revisar e atualizar as estratégias de contingência para enfrentar a ocorrência de possíveis casos de cólera em viajantes ao Brasil.Este foi o objetivo da reunião entre dirigentes da Vigilância Epidemiológica das Secretarias de Estado da Saúde (SES) das Unidades da Federação, técnicos da Funasa e do Ministério da Saúde – das secretarias de Vigilância em Saúde (SVS), Saúde Indígena (Sesai), Atenção à Saúde (SAS) eCiência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) – nesta quarta-feira (4), em Brasília.
Na reunião foi apresentada a situação da cólera no Haiti, onde a transmissão da doença começou em outubro de 2010, e a ocorrência de casos importados para a República Dominicana, Cuba e México. A expectativa é queaté meados de dezembro as SES remetam ao Ministério seus Planos de Contingência revisados, com capacidade de promover uma rápida detecção, assistência, tratamento e contenção dos casos de cólera, na eventualidade de ocorrer algum caso importado.
Esses Planos fazem parte do fortalecimento da preparação do SUS para enfrentar potenciais emergências de saúde pública, como novas pandemias de influenza, surtos de febre amarela e novos vírus emergentes, entre outras. A Secretaria de Vigilância em Saúde vem trabalhando no aperfeiçoamento da detecção e resposta a essas situações.
Na abertura do encontro,o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, chamou a atenção para a necessidade de uma boa preparação para qualquer emergência de saúde pública, tendo em vista o compartilhamento rápido de riscos que pode ocorrer no mundo de hoje, com o incremento de viagens e comércio internacionais. Por isso, reforçou o secretário, o Brasil vem adotando várias iniciativas para que o SUS esteja bem preparado para essas situações, revisando diretrizes técnicas para o vírus de influenza A H7N9, o novo coronavírus que circula no Oriente Médio, entre outras doenças emergentes e reemergentes.
Nesse contexto, também é importante estar preparado para apresentar uma reposta eficaz e oportunacaso haja algum caso detectado de cólera em turista ou migrante. “Nosso país conta com um bom sistema de vigilância de Doenças Diarreicas Agudas (DDA). O cenário atual é muito diferente do que enfrentamos na década de 90,quando havia transmissão em larga escala, mas precisamos revisar nossa capacidade e nos preparar, pois o trânsito de pessoas que vêm de países com a doença pode fazer com que haja detecção de casos em qualquer país do mundo, inclusive o Brasil”, comentou o secretário.
Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da SVS, reiterou a fala do secretário da SVS e apontou para importância de que se faça um planejamento racional. “É preciso ter em mente que a detecção oportuna é a melhor garantia de que caso haja algum caso entre viajantes ou migrantes, as medidas de contenção sejam aplicadas imediatamente, evitando riscos à saúde de nossa população.”Para isso, ele cita a relevância de se sensibilizar as equipes dos serviços de saúde para o manejo clínico, preparar técnicos para diagnóstico laboratorial e garantir insumos.
O cenário da cólera na América Central e um plano de contingência, bem como a relevância da implementação da monitorização da Doença Diarreica Aguda (DDA) para detecção de casos da doença, foram apresentados pelo coordenador-geral de Doenças Transmissíveis, Ricardo Pio Marins e pela gerente da Unidade Técnica de Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar, Rejane Alves, respectivamente.

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