No período de 7 a 10 de novembro de 2012, aconteceu, no Mendes
Convention Center, Santos, São Paulo o “XIII Congresso Brasileiro de
Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar”.
As atividades do congresso foram classificadas de acordo com o nível
de complexidade e divididas em seis áreas (temas clássicos, populações
especiais, antibiótico e resistência, microbiologia, enfermagem e
reflexiva).
No período de pré-congresso foram elaborados diversos cursos para
qualificação dos profissionais de todo o país. Segundo a palestrante
Christiane Pavanello, é importante criar um programa de gestão dos
processos de trabalho com utilização de ferramentas a fim de garantir a
qualidade na assistência. A elaboração de um planejamento estratégicos
nos serviços de controle de infecção hospitalar para o acompanhamento e
avaliação das atividades tem impacto significativo no atendimento das
metas de redução de infeções relacionadas à assistência a saúde.
Além disso, outros temas como o Gerenciamento dos Resíduos de Saúde
também foram abordados com a enfermeira Vania Golveia. As discussões
foram pautadas nas legislações brasileiras vigentes e evidências
científicas atuais sobre tratamento destes resíduos.
A presença de palestrantes internacionais como a Stephanie Dancer
(Escócia) e Lisa Saiman (EUA) colocaram em pauta temáticas como “Limpeza
Hospitalar: Mitos, Fatos e Novas Estratégias” e “Controle de
Disseminação de Bactérias Multirresistentes”, respectivamente. Controle do Ar Hospitalar
foi citado por Silvia Costa que abordou o uso de fluxo laminar em
cirurgias ortopédicas e controle do ar em enfermarias com pacientes de
transplante de medula óssea.
Nas mesas redondas foram colocados os seguintes temas sobre Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS) em populações especiais. Os palestrantes apresentaram a experiência da implantação de bundle
para redução de infecção de corrente sanguínea associada a cateter e
para pneumonia associada à ventilação mecânica no controle e prevenção
de IRAS em unidade neonatal e pediátrica.
Questionamentos como “O que há de novo em pesquisa sobre a ação de
germicidas em microrganismos?” e “Como fica o processamento de artigos e
superfícies diante destes agentes?” foram respondidas pelos
palestrantes Rafael Queiroz de Souza (SP), Célia Romão (RJ), Kazuko
Graziano (SP) e demonstraram novas classificações dos produtos para
saúde como Russel (1999), CDC (2001) e McDonell (2007), além do
Spaulding clássico.
No eixo destinado a enfermagem questões como o nível de qualidade de
água para o controle de endotoxinas de acordo com a categoria de risco
dos materiais, evidência científica de repercussão clínica envolvendo a
presença de biofilmes e avaliação da presença de biofilmes nos produtos
em uso na assistência sem ensaios destrutivos foram abordadas também
como importantes áreas a serem exploradas.
As instituições de saúde devem ser entendidas como unidades complexas
e requerem ações simples para redução de riscos e agravos à saúde. A
articulação entre serviços que garantam a execução destas ações como
gerencia de risco, gerencia de qualidade, serviço de controle de
infecção e vigilância epidemiológica é extremamente fundamental a fim de
que se construa a cultura de segurança do paciente nas unidades.
Diante disso, o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda,
representado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar esteve no
congresso a fim de se integrar nas discussões internacionais e nacionais
acerca das temáticas e das novas práticas de segurança do paciente em
prol das atividades na maternidade.
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