Ministério acredita que diagnóstico é que aumentou, não número de casos. Nordeste lidera ranking regional, mas Rio é a cidade com maior incidência.
O número de casos notificados de sífilis congênita – quando o bebê
nasce com a doença, transmitida pela mãe – subiu de 6.964 em 2010 para
9.374 no ano passado, um aumento de 34%, segundo o Ministério da Saúde.
A elevação, porém, é reflexo de um avanço no diagnóstico, e não de um acréscimo no número de casos, acredita o governo.
A notificação é feita entre crianças com até 1 ano de idade, mas o
contágio pode ser facilmente prevenido. Assim que a mulher engravida, um
dos exames tradicionalmente exigidos é o de sífilis.
Sífilis é causada por uma bactéria sexualmente
transmissível (Foto: Science Photo Library)
transmissível (Foto: Science Photo Library)
Nordeste lidera casos
A taxa de incidência de sífilis congênita no Brasil é de 3,3 casos para cada mil nascidos vivos. A região que lidera o ranking é o Nordeste, com 3,8 casos por mil, seguido do Sudeste, com 3,6; do Norte, com 2,6; e do Sul, com 2,5. No fim da lista está o Centro-Oeste, com 1,8.
A taxa de incidência de sífilis congênita no Brasil é de 3,3 casos para cada mil nascidos vivos. A região que lidera o ranking é o Nordeste, com 3,8 casos por mil, seguido do Sudeste, com 3,6; do Norte, com 2,6; e do Sul, com 2,5. No fim da lista está o Centro-Oeste, com 1,8.
Por estado, o Rio de Janeiro é o que tem a maior taxa da doença: 9,8
ocorrências a cada mil recém-nascidos. O Ceará é o segundo (6,8) e o
Sergipe, o terceiro (6,7). O estado com o menor índice de sífilis em
bebês é o Piauí (0,8), mas esse dado pode refletir uma falta de
notificações, avalia o ministério.
Teste rápido
Até 2015, o governo pretende eliminar a sífilis congênita como um problema de saúde pública, e o alvo principal são mulheres e homens entre 15 e 24 anos.
Até 2015, o governo pretende eliminar a sífilis congênita como um problema de saúde pública, e o alvo principal são mulheres e homens entre 15 e 24 anos.
Para isso, o ministério tem oferecido testes rápidos, de 30 minutos, às
gestantes durante o pré-natal. Se o resultado der positivo, a mulher
precisa iniciar um tratamento, até um mês antes do parto, para evitar
que a doença passe para o filho.
De janeiro a setembro, 237 mil exames rápidos foram distribuídos no
país – no ano passado, foram 31,5 mil unidades, um aumento de mais de
sete vezes. O teste identifica no sangue a presença da bactéria Treponema pallidum.
Como a doença é sexualmente transmissível, o ministério ressalta que os
homens também precisam se tratar, pois as parceiras podem ser
reinfectadas caso eles não se cuidem. Das mulheres identificadas com
sífilis durante o pré-natal no ano passado, apenas 11,5% tiveram seus
companheiros tratados.
Desde 2006, o Dia Nacional de Combate à Sífilis é lembrado sempre no terceiro sábado de outubro – este ano, foi dia 20.
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