A 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza deste ano
começa na próxima segunda-feira (dia 17) com uma novidade: a partir de
agora, os professores, tanto da rede pública como privada, passam a
fazer parte do público-alvo. Cerca de 2,3 milhões de profissionais da
educação poderão se vacinar contra a gripe. Ao todo, receberão a vacina
54,2 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários. Para isso, o
Ministério da Saúde está adquirindo 60 milhões de doses da vacina. A
campanha seguirá em todo o país até 26 de maio, sendo que dia 13 será de
mobilização nacional.
Durante o lançamento da campanha, nesta quinta-feira (13), em
Brasília, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, informou que a Pasta, em
parceria com o Ministério da Educação, realizará, a vacinação dos
professores nas escolas públicas e privadas de todo o país, nos dias 2 e
3 de maio. “Pela primeira vez, o Brasil está vacinando os professores
contra a influenza. Estamos atendendo a uma solicitação constante desses
profissionais de serem incluídos no grupo prioritário da vacinação. São
profissionais que têm contato com dezenas de alunos diariamente,
ficando expostos à contaminação”, ressaltou o ministro. Ele explicou
que a ação ocorrerá no âmbito do Programa Saúde na Escola, que prevê o
acompanhamento e regularização das coberturas vacinais da população.
Nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde também lançou companha
publicitária com o slogan “Vacine-se. Deixe a gripe pra lá”, tendo como
padrinho o sambista Martinho da Vila. A estratégia de mobilização para
todo o país, que será executada em parceria com estados e municípios.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da
Saúde, Carla Domingues, fez um alerta à população para que não se vacine
em cima da hora. “Muitas vezes, as pessoas só buscam a vacina quando há
registro de um número elevado de casos. Por isso, é importante que
todos os grupos definidos busquem esta proteção dentro do prazo
preconizado pelo Ministério da Saúde. É preciso que todos estejam
devidamente protegidos antes do inverno chegar, já que a vacina precisa
de 15 dias para garantir o efeito”, observou Carla Domingues.
O objetivo do Ministério da Saúde é vacinar 90% desta população,
considerada de risco para complicações por gripe. A meta de vacinação
deste ano aumentou devido aos índices alcançados nos últimos anos, que
ultrapassaram 80%. Em 2016, inclusive, foi o primeiro ano que este
índice ultrapassou 90%, atingindo 93,5% de cobertura vacinal.
Integram o público-alvo da campanha, pessoas a partir de 60 anos,
crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e
29 dias), trabalhadores de saúde, professores das redes pública e
privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o
parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e
jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do
sistema prisional.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui
pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse
grupo não há meta específica de vacinação. Este público deve apresentar
prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em
programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde
(SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para
receberem a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização
Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos
epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções
respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São
priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças
respiratórias.
DIA D - As doses adquiridas pelo Ministério da Saúde
já estão sendo distribuição aos estados que, por sua vez, têm a
responsabilidade de repassar aos municípios para a realização da
campanha. Para o início desta mobilização, já foram enviadas aos estados
21,1 milhões que corresponde a 35% do total de 60 milhões. Mais cinco
remessas de doses já estão programadas para o envio até o dia 19 de
maio, totalizando 100%. No dia de mobilização nacional, 65 mil postos de
vacinação, com envolvimento de 240 mil pessoas, estarão abertos em todo
o país. Também estarão disponíveis, para a mobilização, 27 mil veículos
terrestres, marítimos e fluviais.
A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem
produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos.
Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número
de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por
complicações da influenza. A vacina protege contra os três subtipos do
vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de
acordo com determinação da OMS (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Neste
ano, houve mudança na cepa do vírus A H1N1 para A/Michigan/45/2015
(H1N1) pdm09. Desde 2009, a cepa do vírus A H1N1 utilizada nos países a
sul da linha do Equador era A/California/7/2009 (H1N1) pdm09.
CAMPANHA – Neste ano, a Campanha Nacional de
Vacinação Contra a Influenza terá como padrinho, o sambista Martinho da
Vila, que vai convocar todos os públicos a se vacinarem, em especial os
idosos. A campanha publicitária começa ser veiculada no próximo domingo
(16) e continua no ar até o último dia da campanha, 26 de maio.
Em versos que falam que “a vida vai melhorar, se você se vacinar”, o
sambista faz um convite para “deixar a gripe pra lá”. A campanha
publicitária será exibida em TV aberta, rádio, nos meios impresso
(jornais e revistas), mídia exterior (busdoor, placas em ruas e
avenidas, abrigo de ônibus, metrô), no meio online (internet e com ações
nas redes sociais).
PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza
acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias,
eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também
ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em
contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o
Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de
prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia;
cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não
compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com
aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os
sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais
vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico.
Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de
outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o
agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de
três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e
prostração.
REAÇÃO ADVERSA –
Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local
da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas
benignas, cujos efeitos costumam passar em 48 horas. A vacina é
contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em
doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a
ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para
mais orientações.
MEDICAMENTO - O uso do antiviral
está indicado para todos os casos de síndrome respiratória aguda grave e
casos de síndrome gripal com condições e fatores de risco para
complicações, de acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza, do
Ministério da Saúde de 2015. No caso de pacientes com síndrome gripal,
sem condições e fatores de risco para complicações, a prescrição do
fosfato de oseltamivir deve ser considerada com base em avaliação
clínica. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas
primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Todos os estados estão abastecidos com o
medicamento e devem disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. Até o
início de março deste ano, o Ministério da Saúde enviou às secretarias
de saúde dos estados, 793,2 mil unidades Oseltamivir (30 mg) e 3,4
milhões do medicamento de 75 mg.
DADOS 2016 - Até 1º de abril,
foram registrados 276 casos de influenza em todo o país e 48 mortes. Do
total, 21 foram por H1N1, sendo que seis evoluíram para óbito. Em todo o
ano passado, o Ministério da Saúde registrou 12.174 casos de influenza
de todos os tipos no Brasil. Deste total, 10.625 foram por influenza A
(H1N1), sendo 1.987 óbitos. O Brasil possui uma rede de unidades
sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de
saúde de todas as unidades federadas, que monitoram a circulação do
vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome
respiratória aguda grave (SRAG).
CASOS E ÓBITOS POR SRAG/INFLUENZA NO BRASIL:
ANO |
TOTAL SRAG INFLUENZA
|
TOTAL SRAG INFLUENZA H1N1
|
TOTAL SRAG H3N2
|
TOTAL SRAG INFLUENZA B
|
TOTAL SRAG INFLUENZA A NÃO SUBTIPADO
|
|||||
CASOS
|
ÓBITOS
|
CASOS
|
ÓBITOS
|
CASOS
|
ÓBITOS
|
CASOS
|
ÓBITOS
|
CASOS
|
ÓBITOS
|
|
2013
|
5.935
|
955
|
3.733
|
768
|
669
|
62
|
1337
|
85
|
198
|
41
|
2014
|
1.794
|
326
|
465
|
163
|
1.042
|
105
|
190
|
24
|
97
|
34
|
2015
|
1.089
|
175
|
141
|
36
|
599
|
75
|
234
|
39
|
115
|
25
|
2016
|
12.174
|
2.220
|
10.625
|
1.987
|
49
|
10
|
642
|
59
|
858
|
164
|
2017*
|
276
|
48
|
21
|
6
|
158
|
20
|
63
|
21
|
34
|
1
|
*Dados de 2017 até o dia 1º de abril
Público-alvo da campanha de 2017
PÚBLICO-ALVO
|
ESTIMATIVA
|
Idosos (maio de 60 anos)
|
20,8
|
Crianças (de seis meses a menores de 5 anos)
|
12,8 milhões
|
Trabalhadores de saúde
|
4,6 milhões
|
Gestantes
|
2,2 milhões
|
Puérperas (até 45 dias após o parto)
|
367,2 mil
|
Povos indígenas
|
652,8 mil
|
População privada de liberdade
|
680,1 mil
|
Funcionários do sistema prisional
|
100,4 mil
|
Pessoas com comorbidades (diabetes; hipertensão; transplantados)
|
9,4 milhões
|
Professores da rede pública e privada
|
2,3 milhões.
|
Total do público-alvo e doses da vacina por UF
UF
|
PÚBLICO-ALVO
|
DOSES VACINA
|
RO
|
388.253
|
427.100
|
AC
|
225.135
|
247.700
|
AM
|
1.015.103
|
1.116.700
|
RR
|
178.189
|
196.100
|
PA
|
1.863.160
|
2.049.500
|
AP
|
179.350
|
197.300
|
TO
|
373.097
|
410.500
|
NORTE
|
4.222.287
|
4.644.900
|
MA
|
1.694.518
|
1.864.000
|
PI
|
803.829
|
884.300
|
CE
|
2.212.417
|
2.433.700
|
RN
|
863.335
|
949.700
|
PB
|
1.069.972
|
1.177.000
|
PE
|
2.329.874
|
2.562.900
|
AL
|
776.210
|
853.900
|
SE
|
509.577
|
560.600
|
BA
|
3.623.953
|
3.986.400
|
NORDESTE
|
13.883.685
|
15.272.500
|
MG
|
5.560.505
|
6.116.600
|
ES
|
968.615
|
1.065.500
|
RJ
|
4.554.556
|
5.010.100
|
SP
|
12.600.363
|
13.860.400
|
SUDESTE
|
23.684.039
|
26.052.600
|
PR
|
3.163.922
|
3.450.700
|
SC
|
1.864.566
|
2.051.100
|
RS
|
3.662.611
|
4.028.900
|
SUL
|
8.664.099
|
9.530.700
|
MS
|
749.529
|
824.500
|
MT
|
779.923
|
858.000
|
GO
|
1.573.343
|
1.730.700
|
DF
|
687.155
|
755.900
|
C.OESTE
|
3.789.950
|
4.169.100
|
Brasil
|
54.244.059
|
59.669.800
|
Por Amanda Mendes, da Agência SaúdeAtendimento à imprensa
(61) 3315-3580 / 2745 / 2351
(61) 3315-3580 / 2745 / 2351
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