sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Profissionais transformam experiência do pré-parto em hospital

No Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), um pequeno grupo multiprofissional tem feito a diferença no atendimento às gestantes durante o pré-parto. Porta aberta na área de Ginecologia e Obstetrícia, a unidade realiza cerca de 300 procedimentos por mês e conta com a atuação protagonista dessas profissionais, especializadas na atenção à saúde da mulher.
O grupo, composto por enfermeiras obstetras e fisioterapeutas, se mobilizou no Centro Obstétrico, onde todos os dias faz a recepção e o preparo de mulheres para o parto. A ideia, de acordo com a fisioterapeuta Renata Vidigal Guimarães, é empregar ações não farmacológicas para o alívio da dor e para a evolução do trabalho de parto.
Massagens com o uso de óleos nas costas, nas pernas e nos pés, por exemplo, têm ajudado as gestantes a relaxar e a reduzir inchaços, trabalhando os pontos de “do-in”, modalidade oriental milenar, sem contraindicações, que auxilia na circulação da energia corporal.
Outra prática iniciada há pouco tempo é o “ultrassom natural”, que apesar do nome, não envolve equipamentos, apenas imaginação e arte na confecção de desenhos feitos nas barrigas das gestantes, simulando, com muita delicadeza, o bebê que em breve estará no colo da mãe.
Também com o objetivo de relaxar a gestante, a musicoterapia foi adotada. Prática muito simples, que demanda apenas um dispositivo de som, no qual, se for do gosto da paciente, músicas tranquilas e temas relacionados ao parto, ao nascimento e à mulher, tornam o trabalho de parto menos tenso.
As mamães ainda recebem escalda-pés com água morna, ervas e essências, aliviando um pouco do inchaço, intenso nesse estágio da gestação. E, integrando paciente e acompanhante, as profissionais criaram uma atividade em que os dois podem decorar uma touquinha dada pelo hospital, personalizando a peça com o nome do bebê, ocupando parte do tempo do pré-parto, que, muitas vezes, se estende por horas.
“As mulheres que estão em indução ao parto normal geralmente levam horas para efetivamente iniciar o trabalho e nós encontramos formas de ocupá-las com atividades que se integram ao período gestacional, das quais também podem participar os acompanhantes”, explica a fisioterapeuta Renata, que trabalha com saúde da mulher há dez anos e está em Dourados desde junho, vinda de Minas Gerais para juntar-se ao quadro da Ebserh.
A ocorrência das atividades depende do fluxo de trabalho nos plantões e da quantidade de gestantes presentes no Centro Obstétrico. Participam das ações, por iniciativa própria, além de Renata e Jaqueline, a enfermeira Aline Decari e a fisioterapeuta Sandra Soares dos Santos.
Arte na barriga - A auxiliar de sorveteria Lucineia Cabral dos Santos, de 22 anos, esperava seu primeiro bebê ao lado da mãe. E, apesar da ansiedade pelo nascimento do filho Erick, ficou surpresa com a iniciativa.
A barriga de 41 semanas virou tela para a arte do “ultrassom natural”, que foi, passo a passo, registrado pela futura avó. “É a primeira vez que vejo esse tipo de trabalho. Já até postei no Facebook e está todo mundo comentando”, diz Sueli Aparecida Cabral, que tem mais cinco netos.
Na cama ao lado, a empregada doméstica Aparecida Inácio de Souza, também de 22 anos, conta que nunca imaginou receber arte na barriga. “Achei muito legal e nunca tinha visto”, afirma ao lado do marido Juliano Ferreira. “É uma atitude muito legal, porque tira um pouco do estresse da gestante”, aprova o pai da pequena Dhuliany.
Completando 22 anos na véspera do nascimento de Laura, a estudante Paloma da Silva Lima era a terceira mamãe a ter a barriga decorada. Prestes a conhecer o rosto de sua primeira bebê, ela fala que imaginava que a filha já estivesse bem “grandinha”, assim como no desenho. “Nunca tinha visto algo assim. Meus amigos e minha família acharam muito interessante”, enfatiza a acadêmica de Letras.
Todas as gestantes estavam com 41 semanas de gestação e tiveram seus bebês, saudáveis, no dia seguinte à entrevista.
Atuação multiprofissional no Centro Obstétrico- Atualmente, o HU-UFGD possui 21 enfermeiras obstetras trabalhando no hospital, das quais 11 estão lotadas no Centro Obstétrico. Também atuam na equipe, duas fisioterapeutas, que se revezam em turnos diferentes.
As enfermeiras obstetras são profissionais da Enfermagem com especialização nessa área, estando habilitadas para acompanhar e avaliar as parturientes, podendo se responsabilizar pelo pré-natal e, também, por partos normais, quando de baixo risco. Seu trabalho é essencial no Centro Obstétrico, principalmente na atenção à gestante durante o trabalho de parto.
A Fisioterapia Obstétrica tem grande importância para a mulher em período gestacional, pois incentiva à preparação para o parto com exercícios e técnicas para tratar e prevenir dores nas costas, nos músculos e nas articulações, além de contribuir para a diminuição de inchaços.
Fonte: ebserh.gov.br informações do HU-UFGD

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Caderno de Boas Práticas sobre Sífilis Congênita é lançado

caderno sifilis
“O município de Aparecida de Goiânia foi escolhido graças ao trabalho de vocês – e estamos aqui pessoalmente para agradecer por esse bom exemplo”, disse na última quarta-feira (21/10) a diretora-adjunta do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV), Adele Benzaken, a dezenas de servidores municipais de Saúde, reunidos para o lançamento nacional do Caderno de Boas Práticas sobre o Uso da Penicilina na Atenção Básica para a Prevenção da Sífilis Congênita no Brasil do Ministério da Saúde.
O evento foi realizado na Unidade Integrada Sesi Senai Aparecida de Goiânia e contou também com a presença de uma delegação do DDAHV e do prefeito da cidade, Maguito Vilela (PMDB). A cerimônia ocorreu ainda em celebração ao Dia Nacional de Combate à Sífilis, que deve ser celebrado no terceiro sábado de outubro, conforme lei em tramitação no Congresso Nacional.
“Temos aqui recursos humanos maravilhosos, e é preciso disseminar esses fatos positivos da Saúde nacional”, disse Verônica Barbosa, jornalista responsável por texto e fotos da publicação. A jornalista viajou pelo país em busca das boas práticas no combate à sífilis levadas adiante por Aparecida de Goiânia e outros três municípios brasileiros – Vitória da Conquista/BA, São Paulo/SP e Londrina/PR – que foram bem-sucedidos em um desafio comum a todos: reduzir a sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) para níveis mais próximos da meta de 0,5 casos por mil nascidos vivos, estabelecida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Em 2010, a média brasileira era de 3,78 casos a cada mil nascimentos – e, em 2013, subiu para 4,7 casos a cada mil nascidos vivos. O agravamento da epidemia da sífilis resulta de uma série de fatores complexos que interagem entre si e interferem na cadeia de transmissão – como o sexo desprotegido, a multiplicidade de parceiros e a ocorrência cada vez mais precoce da gravidez entre as adolescentes brasileiras, para citar alguns. Além disso, antes a doença não era de notificação obrigatória e o Brasil passou a fazer um esforço gigantesco de testagem para cobrir essa lacuna.
Felizmente, o tratamento da sífilis em gestantes é relativamente simples e a prevenção de sua transmissão para o recém-nascido é 100% eficaz mediante a administração de penicilina benzatina – único medicamento capaz de atravessar a barreira placentária e chegar até o feto.
FATOS POSITIVOS – Nesse cenário epidemiológico, o Caderno de Boas Práticas de Sífilis atesta que há, sim, o que comemorar.
Um dos fatores a elegerem Aparecida de Goiânia a lugar de destaque no cenário nacional de luta pela erradicação da sífilis foi o rigoroso trabalho de capacitação e conscientização realizado com os profissionais de saúde municipais – assim evitando, entre eles, a notória resistência em aplicar a penicilina, o que ameaça o tratamento da sífilis no Brasil. A cidade também se destacou pela eficiente coordenação entre todos os diferentes atores envolvidos no processo; e pela sensibilização dos profissionais de saúde quanto à necessária celeridade no tratamento do agravo.
Além disso, os profissionais são orientados a detectar se as gestantes que chegam a eles apresentam fatores de vulnerabilidade: se são pessoas que usam drogas ou em situação de rua, por exemplo.
O MUNICÍPIO – Segundo maior município do estado de Goiás, Aparecida de Goiânia tem 511.323 habitantes (IBGE/2014) e, naquele mesmo ano, apresentava uma taxa de incidência de sífilis congênita equivalente a 1,69 casos por mil nascidos vivos. A cidade – que abriga uma das maiores taxas de crescimento populacional do país – enfrenta diversos desafios quanto às políticas locais de saúde. Entre esses desafios há a baixa ou tardia adesão ao pré-natal.
Segundo o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, um dos vice-presidentes da Frente de Prefeitos do Brasil, é um orgulho para a cidade sua escolha para o caderno de Boas Práticas. Em sua atuação na frente, o prefeito defende que boas práticas, administrativas ou técnicas, devem ser difundidas entre os gestores municipais.
Mais informações:

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Congresso de HIV/Aids e de Hepatites Virais acontece em novembro

capa materia congresso
A partir desta quarta-feira (21/10), o portal do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV)do Ministério da Saúde publicará matérias semanais em preparação à abertura – em novembro – do 10º Congresso de HIV/Aids e do 3° Congresso de Hepatites Virais “Novos Horizontes, Novas Respostas”. Os dois eventos serão realizados entre os dias 17 e 20 de novembro, em João Pessoa, e pretendem abrir um valioso espaço de debate em torno desses dois grandes temas.
A ocasião é propícia: no ano em que se celebram os 30 anos de luta contra o HIV/aids no Brasil, uma série de importantes avanços foram alcançados em ambos os temas. Neste novo momento de protagonismo, o Brasil tem ousado ao colocar em pauta uma série de estratégias inovadoras que abrem perspectivas promissoras à resposta nacional a esses agravos.
 “Os novos horizontes abertos pela ciência e pela inovação demandam, dos atores de diversos setores – estados, municípios, academia, profissionais de saúde, ONGs, imprensa, parceiros internacionais –, novas respostas, condizentes com o que há de mais atual, para que possamos, coletivamente, melhorar as condições de vida das pessoas vivendo com o HIV e com hepatites virais e, ao mesmo tempo, controlar essas epidemias”, diz o diretor do DDAHV, Fábio Mesquita.
Cerca de 2.500 participantes são esperados para os quatro dias de intensa programação dos dois congressos, que reunirão diversos ícones nacionais e internacionais da luta contra as epidemias em pauta – como o premiado médico e pesquisador Julio Montaner, argentino, que dirige o Centro de Excelência em HIV/Aids da Columbia Britânica, no Canadá, e é o criador da estratégia “Treatment as key to Prevention” (TasP); a infectologista Beatriz Grinsztejn, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC), da Fiocruz, e coordenadora da plataforma do estudo PrepBrasil; e o gastroenterologista francês Marc Bourlière, chefe do departamento de Hepato-Gastroenterologia do Hospital Saint Joseph, em Marselha, para citar alguns.
CARDÁPIO – Para acompanhar o tom inovador dos congressos de HIV/Aids e de Hepatites Virais, os congressos terão atividades dinâmicas e interativas – como as plenárias (as principais sessões dos eventos, reunindo todos os participantes para abordar assuntos específicos); mesas-redondas (com especialistas e moderador e intervenções da plateia); simpósios (com debate direto entre expositores e participantes); apresentação de práticas bem-sucedidas no Brasil (relatos de participantes), de pôsteres (trabalhos e pesquisas) e trabalhos orais. Ao mesmo tempo, a Vila Social estará fervilhando com uma programação organizada por 14 entidades nacionais de luta contra a Aids e as Hepatites Virais envolvidas de corpo e alma na programação. A Vila Social ainda será um local de debates, rodas de conversa, exposições e muitas outras atividades inovadoras.
A programação das sessões foi montada pelos comitês científicos dos dois congressos e os pôsteres e trabalhos orais foram selecionados por um grupo de mais de 100 pareceristas entre os mais de 2.000 trabalhos inscritos.
Confira a lista de trabalhos aprovados para o Congresso: http://aidshvbrasil2015.aids.gov.br/sites/default/files/lista_de_trabalhos_aprovados.pdf
No dia 17 de novembro, serão realizadas também diversas atividades antes da abertura dos congressos – em especial o I Encontro Amazônico de HIV/Aids e de Hepatites Virais, reunindo os cinco países da América do Sul que têm partes da Floresta Amazônica em seus territórios.
O Congresso promete. Venha compartilhar suas experiências em João Pessoa. 

Fonte: Assessoria de Comunicação Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Brasil avança na produção de vacina contra a dengue

Uma vacina que deverá imunizar os brasileiros contra a dengue está cada vez mais perto de se tornar realidade e chegar aos postos de saúde do País. Os pesquisadores do Instituto Butantan, responsáveis pelo estudo, deverão iniciar nos próximos meses a terceira etapa do processo de liberação da  contra a dengue. Nesta quinta-feira (6), a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de organismos geneticamente modificados (OGMs) para vacina contra Dengue 1,2,3 e 4 atenuadas, que prevê a continuidade da pesquisa. A vacina usa o próprio vírus da dengue, modificado por engenharia genética.
"Essa é a primeira autorização que a gente tem que pode viabilizar a vacina. É uma liberação para que a gente tenha condições de fazer o ensaio de fase três. É um produto para ser usado ainda experimentalmente em ensaios clínicos que irá mostrar a eficácia ou não da vacina. Quando terminar esse estudo, e todos os resultados forem satisfatórios, nós vamos entrar com uma extensão dessa solicitação de liberação comercial para que a gente possa comercializar esse produto", afirma o diretor de Produção do Instituto Butantan, Paulo Lee Ho.
Na chamada "fase 3", a eficácia da vacina será testada em voluntários de todo o Brasil, a fim de verificar se o antivírus irá proteger as pessoas dos quatro tipos de dengue. O produto deverá ser aplicado em aproximadamente 20 mil voluntários de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. "Será testada em indivíduos que nunca tiveram dengue e também em quem já teve", diz o diretor. "Quando o indivíduo tem dengue, em geral teve contra um sorotipo e está vulnerável contra os outros tipos, essa vacina tem que proteger contra todos os tipos", explica.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, afirmou que a aprovação dessa fase de estudos mostra que as instituições brasileiras funcionam no caminho de melhorar a saúde pública do País. "É uma prova de eficiência da CTNBio e uma promessa para os brasileiros", disse.
Além da permissão da CTNBio, o Instituto Butantan precisa receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep) ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde (SUS). "A nossa expectativa é que a gente comece neste ano os estudos da fase três, e o nosso objetivo é começar a produzir a vacina comercialmente no final de 2017 e início de 2018", afirma Paulo Lee Ho.
Na avaliação dele, a introdução da vacina no mercado terá impacto muito grande. "O impacto vai além de saúde pública, mostra o comprometimento em saúde pública do Instituto, mostra que estamos na fronteira, que estamos atentos, coroa todo um esforço de uma instituição e seus pesquisadores. A vacina não só vai evitar mortes, como também os casos de mobilidade, porque a dengue é uma doença muito debilitante em que a pessoa fica fora da vida social por semanas, às vezes meses, e a recuperação também é muito difícil, então eu acho que ela é uma proteção a mais", avalia o diretor. "A ideia é vacinar toda a população e proteger por dez anos", aponta.
Infraestrutura - A fábrica construída pelo Instituto para as fases do estudo tem capacidade de produção de até 500 mil doses por ano. O Butantan já tem o projeto executivo de uma fábrica com capacidade produtiva superior à do estabelecimento atual e que tem condições de ficar pronta a tempo do término do estudo. Essa nova fábrica terá capacidade de produzir mais de 60 milhões de doses por ano.
A dose tetravalente foi desenvolvida há mais de uma década pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), chegando ao Brasil por meio de transferência tecnológica. Além do NIH, outros parceiros do Instituto Butantan são o Instituto Adolfo Lutz e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). "É um estudo multi-institucional. Temos um apoio muito grande de pesquisadores do NIH. É um consórcio de pesquisadores que estão trabalhando para viabilizar a comercialização da vacina", explica Paulo Lee Ho.
De acordo com ele, o Instituto Butantan desenvolveu e viabilizou a produção do antivírus desenvolvido nos Estados Unidos. "Um dos maiores desafios é manter a estabilidade do vírus. O Butantan conseguiu produzir uma situação em que esse vírus continuasse estável", diz.
Passo a passo- Os componentes clínicos da vacina contra a dengue têm sido estudados desde 2006. Em agosto de 2013, a Anvisa autorizou o Instituto a iniciar os testes em humanos. Ao lado de outras instituições de saúde, o Butantan tem realizado os ensaios do Programa de Estudo da Vacina Brasileira contra a Dengue em dois centros de pesquisas em São Paulo e um na cidade de Ribeirão Preto. Para se inscrever no programa de voluntários, clique aqui.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Brasil avança no diagnóstico do câncer de mama

Brasil avança no diagnóstico do câncer de mama
No primeiro semestre deste ano foram realizados 1,8 milhão de mamografias, sendo 1,1 milhão na faixa etária de maior incidência (50 a 69 anos) do câncer de mama
Desde a década 90, o mês de outubro tem sido dedicado ao trabalho de conscientização sobre o câncer de mama, tipo mais letal entre as mulheres e que afeta, por ano, mais de 57 mil brasileiras. Este ano, a campanha do Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”, tem como objetivo desconstruir os mitos associados à doença. Entre os alertas, a importância da detecção precoce, a partir da orientação do médico e da realização da mamografia.
Nos últimos anos, o acesso a exames no Sistema Único de Saúde, assim como tratamento da doença tem sido ampliado gradativamente. De janeiro a junho de 2015 foram realizados 1,8 milhão de mamografias no país, 31% a mais que no mesmo período de 2010 (1,4 milhão de exames). O crescimento é ainda maior, de 51%, quando comparados os exames realizados entre mulheres de 50 a 69 anos (faixa etária prioritária) nos primeiros semestres de 2010 (724.409) com 2015 (1.092.577). 
As Regiões Norte e Nordeste foram as que mais registraram crescimento, quando comparado o primeiro semestre deste ano com o mesmo período dos últimos cinco anos. Na Região Norte o aumento foi de mais de 100%, tanto no geral quanto na faixa prioritária, passando de 29.114 para 63.745, no geral, e de 14.376 para 33.963, na faixa prioritária. No Nordeste, o principal aumento foi na faixa prioritária, ampliando em cinco vezes o número de mamografias realizadas, passando de 124 mil para 629.517. No geral, o número de exames saltou de 261.341 para 401.421. 
Na comparação com anos fechados, o total de mamografias realizadas na faixa etária prioritária aumentou 61,9% entre 2010 (1.547.411) e 2014 (2.506.339). Já em números totais desses exames, o aumento foi de 41,8% entre 2010 (3.035.421) e 2014 (4.304.619).
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A faixa dos 50 aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério da Saúde baseado em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior eficiência do exame.
O rastreamento é uma estratégia de detecção precoce utilizada em políticas públicas para populações-alvo específicas a fim de reduzir a mortalidade por uma determinada doença. Essas diretrizes visam aprimorar a política de atenção ao câncer, garantindo também que todas as mulheres, independente da idade, com pedido médico, façam o exame. Desta forma, o Ministério da Saúde tem garantido investimento crescente na assistência oncológica, com ampliação de 45% dos recursos nos últimos quatro anos, totalizando R$ 3,3 bilhões em 2014.
MOBILIZAÇÃO – Neste Outubro Rosa, a campanha vai enfatizar para as mulheres que buscar informações confiáveis constituem importante estratégia para a detecção precoce e o controle do câncer de mama. Há consenso científico atualmente sobre a influência de fatores comportamentais no desenvolvimento de diversas doenças, inclusive o câncer de mama. Manter uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente e evitar o consumo de bebidas alcoólicas podem contribuir para a redução do risco de desenvolver câncer de mama.
O movimento popular Outubro Rosa é internacional. Em qualquer lugar do mundo, a iluminação rosa é compreendida como a união dos povos pela saúde feminina. Em Brasília, o prédio Central do Ministério da Saúde, o Congresso Nacional e outros monumentos públicos estão iluminados com luzes cor-de-rosa. O movimento também está presente em várias partes do país.
INCA - Para estabelecer e fomentar a comunicação com as mulheres e a população sobre o câncer de mama, a campanha do INCA deste ano vai contar com cartaz, filipeta, e hotsite (www.inca.gov.br/outubro-rosa), além de inserções nas mídias sociais do Ministério da Saúde (facebook, twitter e Blog da Saúde).
Outra ação de comunicação promovida pelo Instituto é a exposição "A Mulher e o Câncer de Mama no Brasil", que aborda aspectos históricos, médicos e culturais das mamas, com atenção especial ao câncer e à evolução das ações para o seu controle no Brasil. Iniciativa do INCA e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a mostra é composta por 22 painéis que serão dispostos no Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro em parceria com o Consórcio BRT.
A exposição também conta com uma versão digital que pode ser exibida em eventos e iniciativas de mobilização. Os interessados devem entrar em contato com o INCA pelo e-mail atencao_oncologica@inca.gov.br e fazer a solicitação do material.


Por Amanda Mendes, da Agência Saúde – ASCOM/MS
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-3580 e 3315-2577

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Curso de Atenção Humanizada às Pessoas em Situação de Violência Sexual com Registro de Informações e Coleta de Vestígios - MS


A Epidemiologia participou do Curso de Atenção Humanizada às Pessoas em Situação de Violência Sexual com Registro de Informações e Coleta de Vestígios - MS que se realizou entre os dias 21/09 às 25/09/2015 em Brasília (DF). O foco do curso foi mostrar que os casos de violência precisam de atendimento diferenciado, com parcerias entre a saúde e a polícia.

Pela MMABH, participaram (da esquerda para direita) o Enf.º Bruno da Rocha do Serviço de Epidemiologia, Enf.ª Monique Zappia do serviço de Educação Permanente, Enfª Obstetra Viviane e Médica Obstetra Isabela do Serviço da Admissão da maternidade.