terça-feira, 7 de julho de 2015

Rio de Janeiro recebe exposição Sentidos do Nascer


Uma gestação tem em média 40 semanas. O trabalho de parto dura cerca de 12 horas. Mas os cariocas poderão viver as duas experiências em menos de 30 minutos na exposição Sentidos do Nascer – uma realização da SMS –, que começará amanhã, dia 7 de julho. O projeto foi idealizado pela pediatra, epidemiologista e coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, Sônia Lansky, e pelo professor da Faculdade de Educação da UFMG Bernardo Jefferson de Oliveira. A mostra acontece até 26 de julho, de segunda a sábado, das 10h às 18h, na Praça Tiradentes, e busca contribuir para a discussão e a mudança da percepção do nascimento, por meio do incentivo ao parto normal e redução da cesariana em um espaço totalmente interativo. O objetivo é possibilitar uma mudança cultural que garanta o bem-estar e os direitos da mulher e do bebê no parto e nascimento. Para isso, vai fazer o público sentir na pele como é uma gestação. Os participantes vão passar por ambientes que mostram as etapa da gestação até o nascimento. Por meio de uma tela de realidade virtual, homens e mulheres verão suas barrigas crescerem. Depois, passarão por uma espécie de farmácia e, em seguida, virarão futuras mamães, e participarão de uma conversa virtual com as pessoas envolvidas em uma gestação – o parceiro, o médico, a enfermeira obstétrica - até chegar a hora tão esperada: o momento em que o público passa pelo colo do útero e vive a experiência de nascer de novo, como um bebê. A superintendente de hospitais pediátricos e maternidades da SMS e coordenadora do Programa Cegonha Carioca, Carla Brasil, ressalta que a exposição é mais uma oportunidade de falar sobre os benefícios e a importância do parto normal, para mudar a cultura de cesariana no Brasil. Segundo a OMS, o ideal é ter um índice de 15% de cesarianas. No Brasil, no entanto, esse número chega a 57%. Nas maternidades do município do Rio, o índice de cesárea é de 34%. “A principal ação que temos feito para diminuir o número de cesáreas é trabalhar com as maternidades as boas práticas, além de oferecer oportunidade para mulheres escolherem práticas humanizadas como posição do parto, práticas de relaxamento não farmacológicas para alívio da dor e a participação de acompanhante no pré-parto e parto”, explicou a superintendente.

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