Uma gestação tem em média 40 semanas.
O trabalho de parto dura cerca
de 12 horas. Mas os cariocas poderão
viver as duas experiências em menos
de 30 minutos na exposição Sentidos
do Nascer – uma realização da SMS –,
que começará amanhã, dia 7 de julho. O
projeto foi idealizado pela pediatra, epidemiologista
e coordenadora da Comissão
Perinatal da Secretaria de Saúde
de Belo Horizonte, Sônia Lansky, e pelo
professor da Faculdade de Educação da
UFMG Bernardo Jefferson de Oliveira.
A mostra acontece até 26 de julho, de segunda a sábado, das 10h às 18h, na Praça Tiradentes,
e busca contribuir para a discussão e a mudança da percepção do nascimento, por meio do incentivo
ao parto normal e redução da cesariana em um espaço totalmente interativo. O objetivo
é possibilitar uma mudança cultural que garanta o bem-estar e os direitos da mulher e do
bebê no parto e nascimento. Para isso, vai fazer o público sentir na pele como é uma gestação.
Os participantes vão passar por ambientes que mostram as etapa da gestação até o nascimento.
Por meio de uma tela de realidade virtual, homens e mulheres verão suas barrigas crescerem.
Depois, passarão por uma espécie de farmácia e, em seguida, virarão futuras mamães,
e participarão de uma conversa virtual com as pessoas envolvidas em uma gestação – o parceiro,
o médico, a enfermeira obstétrica - até chegar a hora tão esperada: o momento em que o
público passa pelo colo do útero e vive a experiência de nascer de novo, como um bebê.
A superintendente de hospitais pediátricos e maternidades da SMS e coordenadora do Programa
Cegonha Carioca, Carla Brasil, ressalta que a exposição é mais uma oportunidade de falar
sobre os benefícios e a importância do parto normal, para mudar a cultura de cesariana no
Brasil. Segundo a OMS, o ideal é ter um índice de 15% de cesarianas. No Brasil, no entanto, esse
número chega a 57%. Nas maternidades do município do Rio, o índice de cesárea é de 34%.
“A principal ação que temos feito para diminuir o número de cesáreas é trabalhar com as maternidades
as boas práticas, além de oferecer oportunidade para mulheres escolherem práticas
humanizadas como posição do parto, práticas de relaxamento não farmacológicas para alívio
da dor e a participação de acompanhante no pré-parto e parto”, explicou a superintendente.
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