quarta-feira, 15 de julho de 2015

ONU aponta Brasil como referência mundial no controle da Aids

Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) reconhece o Brasil como referência mundial no controle da epidemia. O documento, divulgado nesta terça-feira (14), destaca que o objetivo de chegar 15 milhões de pessoas em tratamento para o HIV no mundo foi alcançado nove meses antes do prazo. O relatório aponta o importante papel do País na história global de combate à doença.
O relatório destaca que o Brasil foi o primeiro país a oferecer combinação do tratamento para HIV. Segundo o documento, ao fazer isso, o governo brasileiro desafiou as projeções do Banco Mundial de que haveria um aumento de novas infecções por HIV. Com a garantia do acesso universal ao tratamento do HIV, o Ministério da Saúde negociou com multinacionais farmacêuticas para garantir a continuidade do acesso aos medicamentos antirretrovirais aos brasileiros e assim, conseguiu estruturar um programa forte de controle da epidemia. O novo relatório, com mais de 500 páginas, também revela que as metas para a aids estabelecidas como Objetivos do Milênio – de deter e reverter a propagação do HIV – foram alcançadas.
O diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, destaca o papel do Brasil na redução dos preços dos antirretrovirais. “Quando Brasil e Tailândia começaram a fabricar antirretrovirais genéricos, realizaram algo muito inteligente: revelaram que as pílulas tinham custo de produção relativamente baixo. Isso mudou as reivindicações da indústria e abriu as portas para a Unaids começar a negociar com empresas, visando a redução dos preços dos medicamentos”, ressalta.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, disse que o documento reconhece a vanguarda do Brasil na oferta do tratamento universal e gratuito. “O Brasil é reconhecido mundialmente como um país que contribuiu para os avanços e resultados que estão sendo apresentados agora", observou o secretário. Segundo ele, o país tem melhorado na identificação dos casos, o que se deve à melhora na expertise da oferta de diagnóstico, com os consultórios na rua, e os Centros de Testagem e Aconselhamento.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Dia Mundial da Alergia: mais segurança nos rótulos dos alimentos



Nesta quarta-feira (08) é comemorado o Dia Mundial da Alergia. A data, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi criada com o intuito de alertar as pessoas sobre a importância do assunto, já que em alguns casos a alergia pode causar a morte. 

O mecanismo que dispara a alergia é o mesmo que o sistema imunológico usa para defender o corpo de substâncias possivelmente nocivas, como as bactérias, por exemplo. Porém, em algumas pessoas, o organismo apresenta uma sensibilidade anormal desencadeada por alguma substância que costuma ser inofensiva, como um alimento ou mesmo a poeira da casa.

Os principais tipos de alergia são as alimentares, que geralmente se manifestam com inchaço ou coceira nos lábios, diarreia, vômitos, rouquidão e na pele, que tende a ficar mais sensível, áspera e irritadiça. As respiratórias causam espirros, coriza, coceira nos olhos, falta de ar, tosse e dores de cabeça. As alergias medicamentosas variam de efeitos mais moderados, como náusea e vômitos, à anafilaxia (dificuldades respiratórias). Além disso, também existem alergias causadas por insetos ou pelos de animais.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Rio de Janeiro recebe exposição Sentidos do Nascer


Uma gestação tem em média 40 semanas. O trabalho de parto dura cerca de 12 horas. Mas os cariocas poderão viver as duas experiências em menos de 30 minutos na exposição Sentidos do Nascer – uma realização da SMS –, que começará amanhã, dia 7 de julho. O projeto foi idealizado pela pediatra, epidemiologista e coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, Sônia Lansky, e pelo professor da Faculdade de Educação da UFMG Bernardo Jefferson de Oliveira. A mostra acontece até 26 de julho, de segunda a sábado, das 10h às 18h, na Praça Tiradentes, e busca contribuir para a discussão e a mudança da percepção do nascimento, por meio do incentivo ao parto normal e redução da cesariana em um espaço totalmente interativo. O objetivo é possibilitar uma mudança cultural que garanta o bem-estar e os direitos da mulher e do bebê no parto e nascimento. Para isso, vai fazer o público sentir na pele como é uma gestação. Os participantes vão passar por ambientes que mostram as etapa da gestação até o nascimento. Por meio de uma tela de realidade virtual, homens e mulheres verão suas barrigas crescerem. Depois, passarão por uma espécie de farmácia e, em seguida, virarão futuras mamães, e participarão de uma conversa virtual com as pessoas envolvidas em uma gestação – o parceiro, o médico, a enfermeira obstétrica - até chegar a hora tão esperada: o momento em que o público passa pelo colo do útero e vive a experiência de nascer de novo, como um bebê. A superintendente de hospitais pediátricos e maternidades da SMS e coordenadora do Programa Cegonha Carioca, Carla Brasil, ressalta que a exposição é mais uma oportunidade de falar sobre os benefícios e a importância do parto normal, para mudar a cultura de cesariana no Brasil. Segundo a OMS, o ideal é ter um índice de 15% de cesarianas. No Brasil, no entanto, esse número chega a 57%. Nas maternidades do município do Rio, o índice de cesárea é de 34%. “A principal ação que temos feito para diminuir o número de cesáreas é trabalhar com as maternidades as boas práticas, além de oferecer oportunidade para mulheres escolherem práticas humanizadas como posição do parto, práticas de relaxamento não farmacológicas para alívio da dor e a participação de acompanhante no pré-parto e parto”, explicou a superintendente.