terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ministérios da Saúde e da Assistência Social firmam compromisso para trabalho conjunto no controle da tuberculose

Durante o Seminário de Tuberculose e Populações mais Vulneráveis, realizado no mês de setembro, em Brasilia, foi assinada uma instrução operacional conjunta do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Ministério da Saúde (MS) que estabelece orientações gerais sobre tuberculose e as formas de contribuição dos serviços socioassistenciais para o controle da doença no país. 
A tuberculose é uma das doenças que mais emblematicamente caracterizam a determinação social no processo saúde e doença e demonstra relação direta com a pobreza e a exclusão social. No Brasil, a doença afeta, principalmente, as periferias urbanas – as favelas e as áreas degradadas dos grandes centros – e geralmente está associada à fome, às más condições de moradia e saneamento básico, ao uso e abuso de álcool, tabaco, e outras drogas e às doenças imunossupressoras, como a aids. 
Tendo em vista o perfil da maioria dos pacientes com tuberculose, a rede socioassistencial tem importante papel na continuidade do tratamento da tuberculose ao garantir as seguranças afiançadas pela Política Nacional de Assistência Social.  
Por esta razão, o instrutivo operacional tem como objetivo orientar os serviços socioassistenciais, possibilitando a proteção social do paciente com tuberculose, para ajudá-lo a superar barreiras impostas pelo preconceito e pelo estigma, contribuindo de forma efetiva para que seus direitos socioassistenciais sejam exercidos.
O documento traz, oficialmente, diretrizes para atuação conjunta entre a rede socioassistencial, a rede de saúde e da gestão local, bem como orientações para a atuação dos profissionais da rede socioassistencial junto às pessoas com tuberculose. 
Cabe destacar que o instrutivo também reflete a necessidade de se atuar de forma mais efetiva junto aos parceiros na luta contra esta doença, cujas ações de controle vão muito além do setor saúde. 
Leia o documento na integra aqui.

Cruzamento Sinan-TB X CadÚnico
A partir do cruzamento da base de dados do SINAN-TB (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) com o cadastro único de programas sociais do governo federal (CadÚnico), o Programa Nacional de Controle da Tuberculose buscou conhecer o perfil socioeconômico das pessoas com tuberculose para evidenciar a determinação social da doença, e, principalmente, entender o impacto dos programas de transferências de renda junto às famílias dos pacientes. 
Dos 73.833 novos casos de tuberculose diagnosticados em 2011, aproximadamente 25% (18.509) estavam registrados no CadÚnico. E 14% (10.278) eram beneficiários do Programa Bolsa Família. Esses pacientes pertenciam a famílias com renda abaixo de um salário mínimo brasileiro por pessoa ou até três vezes o salário mínimo por família.

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/noticias-svs/16109-ministerio-da-saude-e-da-assistencia-social-assinam-documento-para-trabalho-conjunto-no-controle-da-tuberculose  

domingo, 11 de janeiro de 2015

Casos de dengue caem 59% e óbitos 40% em 2014



Mesmo com a queda, o Ministério da Saúde orienta a população a reforçar as medidas de prevenção. Até o final de dezembro, foram registrados 2.258 casos de chikungunya no Brasil 
De janeiro a dezembro de 2014, os casos de dengue registrados no país apresentam uma redução de 59,5%, em comparação ao mesmo período de 2013. Foram 1,4 milhão de casos em 2013 contra 587,8 mil em 2014. A região Sudeste apresentou maior queda (66,1%), passando de 918.2 mil, em 2013, para 310.8 mil, em 2014. A região Sul registrou a segunda maior redução de casos, de 66,9 mil -em 2013 - para 24,2 mil, em 2014, o que representa 63,8%. Em seguida, se destacam as regiões Centro-Oeste (57%) - com 265,4, em 2013, e 114 mil, em 2014 -; e Nordeste, com queda de 41,1% - de 152,3 mil para 89,6 mil. Na região Norte, os casos se mantiveram estáveis, com 49,1 mil em 2014. Foram 434 casos a menos, na comparação com o ano passado.
Os óbitos por dengue também apresentaram redução em 2014. Neste ano, foram 405 mortes, contra 674 confirmadas no ano passado, redução de 40%. Com início do período de chuvas, é fundamental que a população reforce as ações para a eliminação dos criadouros dos mosquitos Aedes aegypti.
Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle de chikungunya e dengue, o Ministério da Saúde irá repassar, até o final de janeiro, um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Os recursos são para qualificação das ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e da febre chikungunya, Aedes aegypti e Aedes albopictus, o que inclui vigilância epidemiológica e o aprimoramento dos planos de contingência.
No dia 6 de dezembro, o Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estudais, realizou  uma mobilização nacional contra os focos do mosquito aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e da febre chikungunya. Para o Dia D de mobilização, o Ministério da Saúde convocou estados e municípios a realizarem mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar os profissionais de saúde ao diagnóstico correto das doenças. O próximo mutirão está marcado para o dia 7 de fevereiro.
CHIKUNGUNYA - Até o dia 27 de dezembro, o Ministério da Saúde registrou 2.258 casos confirmados de febre chikungunya no Brasil, sendo 233 por critério laboratorial e 2.025 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 93 casos são importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Os outros 2.165 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 1.146 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 816 em Feira de Santana (BA), 198 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Baixa Grande (BA), três no Distrito Federal e um em Campo Grande (MS).
Caracterizada a transmissão sustentada de chikungunya em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda que os demais sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico, que leva em conta fatores como: sintomas apresentados e o vínculo dele com pessoas que já contraíram a doença.
Número de casos autóctones, por unidade da federação:
Estado
Número
Amapá
1.146
Bahia
1.015
Mato Grosso do Sul
1
Distrito Federal
3
Brasil
2.165

AÇÕES - Desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.
Também foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre, foram constituídas equipes, composta por técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros. 
PREVENÇÃO - A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que a população reforce as ações com foco na eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d’ água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste tipo.
LIRAa -  Em parceria com estados e municípios, o Ministério da Saúde realiza o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue. O levantamento possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção. Até o momento, 1.824 municípios realizaram o LIRAa, um crescimento de 26,8% em relação aos 1.438 municípios que fizeram a pesquisa no ano passado. A pesquisa identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito.
Desde novembro do ano passado, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais de saúde veiculam a campanha de combate à dengue e ao Chinkungunya, que tem como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. São divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.
DOENÇA NO MUNDO  - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe. Em março de 2014, na República Dominicana e Haiti, sendo que, até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.
Atualização periódica do número de casos nos demais países do continente americano, onde ocorre transmissão de chikungunya, pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico:
DENGUE - Casos notificados e óbitos  (29/12/2013 a 27/12/2014)
Região/UF
Casos
Óbitos
2013
2014
2013
2014
Norte
            49.547
       49.113
34
18
RO
             8.732
         2.042
5
2
AC
             2.568
       28.873
0
2
AM
           17.832
         6.418
11
9
RR
                945
         1.136
0
1
PA
             9.166
         4.771
9
3
AP
             1.708
         1.953
3
1
TO
             8.596
         3.920
6
0
Nordeste
         152.357
       89.635
181
12
MA
             3.588
         2.393
17
11
PI
             4.987
         7.647
2
5
CE
           30.219
       22.822
70
45
RN
           18.905
       11.167
18
17
PB
           13.466
         5.515
15
8
PE
             7.985
       10.452
37
25
AL
           11.296
       13.213
2
2
SE
                801
         2.245
2
4
BA
           61.110
       14.181
18
12
Sudeste
         918.226
    310.819
268
152
MG
          416.252
       58.927
105
44
ES
           67.995
       19.083
29
13
RJ
          213.058
         7.755
58
9
SP
          220.921
      225.054
76
86
Sul
            66.903
       24.207
28
12
PR
           66.100
       23.902
27
12
SC
                358
            139
0
0
RS
                445
            166
1
0
Centro-Oeste
         265.456
    114.041
163
94
MS
           78.958
         3.540
36
4
MT
           35.190
         7.198
27
4
GO
          139.357
       91.640
94
70
DF
           11.951
       11.663
6
16
BRASIL
     1.452.489
    587.815
674
405


Atendimento à imprensa/Ascom-MS
(61) 3315-2577/3835/3580