Mesmo com a queda, o Ministério da Saúde orienta a
população a reforçar as medidas de prevenção. Até o final de dezembro, foram
registrados 2.258 casos de chikungunya no Brasil
De janeiro a dezembro de 2014, os casos de dengue registrados no país
apresentam uma redução de 59,5%, em comparação ao mesmo período de 2013. Foram
1,4 milhão de casos em 2013 contra 587,8 mil em 2014. A região Sudeste
apresentou maior queda (66,1%), passando de 918.2 mil, em 2013, para 310.8 mil,
em 2014. A região Sul registrou a segunda maior redução de casos, de 66,9 mil
-em 2013 - para 24,2 mil, em 2014, o que representa 63,8%. Em seguida, se
destacam as regiões Centro-Oeste (57%) - com 265,4, em 2013, e 114 mil, em 2014
-; e Nordeste, com queda de 41,1% - de 152,3 mil para 89,6 mil. Na região
Norte, os casos se mantiveram estáveis, com 49,1 mil em 2014. Foram 434 casos a
menos, na comparação com o ano passado.
Os óbitos por dengue também apresentaram redução em 2014. Neste ano,
foram 405 mortes, contra 674 confirmadas no ano passado, redução de 40%. Com
início do período de chuvas, é fundamental que a população reforce as ações
para a eliminação dos criadouros dos mosquitos Aedes aegypti.
Para intensificar as medidas de vigilância, prevenção e controle de
chikungunya e dengue, o Ministério da Saúde irá repassar, até o final de
janeiro, um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios
brasileiros. Os recursos são para qualificação das ações de combate aos
mosquitos transmissores da dengue e da febre chikungunya, Aedes aegypti e Aedes
albopictus, o que inclui vigilância epidemiológica e o aprimoramento dos planos
de contingência.
No dia 6 de dezembro, o Ministério da Saúde, em conjunto com as
secretarias estudais, realizou uma mobilização nacional contra os focos
do mosquito aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue e da febre
chikungunya. Para o Dia D de mobilização, o Ministério da Saúde convocou estados
e municípios a realizarem mutirões de limpeza urbana e atividades para alertar
os profissionais de saúde ao diagnóstico correto das doenças. O próximo mutirão
está marcado para o dia 7 de fevereiro.
CHIKUNGUNYA - Até o dia 27 de dezembro, o
Ministério da Saúde registrou 2.258 casos confirmados de febre chikungunya no
Brasil, sendo 233 por critério laboratorial e 2.025 por critério
clínico-epidemiológico. Do total, 93 casos são importados, ou seja, de pessoas
que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana,
Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Os outros 2.165 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem
internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de
autóctones, 1.146 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 816 em Feira
de Santana (BA), 198 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Baixa Grande (BA), três
no Distrito Federal e um em Campo Grande (MS).
Caracterizada a transmissão sustentada de chikungunya em uma determinada
área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde
recomenda que os demais sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico,
que leva em conta fatores como: sintomas apresentados e o vínculo dele com
pessoas que já contraíram a doença.
Número de casos autóctones, por unidade da
federação:
Estado
|
Número
|
Amapá
|
1.146
|
Bahia
|
1.015
|
Mato Grosso do Sul
|
1
|
Distrito Federal
|
3
|
Brasil
|
2.165
|
AÇÕES - Desde que foram
confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o
Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que
tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de
resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de
medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para
diagnósticos da doença.
Também foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de
casos. Nas regiões com registro da febre, foram constituídas equipes, composta
por técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos
suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle
dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de
casos suspeitos e eliminação de criadouros.
PREVENÇÃO - A febre Chikungunya é uma doença
causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero
Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os
principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas
articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A
letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas),
é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que a população
reforce as ações com foco na eliminação dos criadouros dos mosquitos. As
medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa
d’ água está bem fechada; não acumular vasilhames no quintal; verificar se as
calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de planta,
entre outras iniciativas deste tipo.
LIRAa - Em parceria com estados e municípios,
o Ministério da Saúde realiza o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo
Aedes aegypti (LIRAa), considerado um instrumento fundamental para orientar as
ações de controle da dengue. O levantamento possibilita aos gestores locais de
saúde anteciparem as ações de prevenção. Até o momento, 1.824 municípios
realizaram o LIRAa, um crescimento de 26,8% em relação aos 1.438 municípios que
fizeram a pesquisa no ano passado. A pesquisa identifica os bairros onde estão
concentrados os focos de reprodução do mosquito.
Desde novembro do ano passado, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais
de saúde veiculam a campanha de combate à dengue e ao Chinkungunya, que tem
como slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. São
divulgadas orientações à população sobre como evitar a proliferação dos
mosquitos causadores das doenças e alertar sobre a gravidade das enfermidades.
DOENÇA NO MUNDO - De acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido
identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada
transmissão autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe.
Em março de 2014, na República Dominicana e Haiti, sendo que, até então, só
África e Ásia tinham circulação do vírus.
Atualização periódica do número de casos nos demais países do continente
americano, onde ocorre transmissão de chikungunya, pode ser obtida por
intermédio do endereço eletrônico:
DENGUE - Casos notificados e óbitos
(29/12/2013 a 27/12/2014)
Região/UF
|
Casos
|
Óbitos
|
2013
|
2014
|
2013
|
2014
|
Norte
|
49.547
|
49.113
|
34
|
18
|
RO
|
8.732
|
2.042
|
5
|
2
|
AC
|
2.568
|
28.873
|
0
|
2
|
AM
|
17.832
|
6.418
|
11
|
9
|
RR
|
945
|
1.136
|
0
|
1
|
PA
|
9.166
|
4.771
|
9
|
3
|
AP
|
1.708
|
1.953
|
3
|
1
|
TO
|
8.596
|
3.920
|
6
|
0
|
Nordeste
|
152.357
|
89.635
|
181
|
12
|
MA
|
3.588
|
2.393
|
17
|
11
|
PI
|
4.987
|
7.647
|
2
|
5
|
CE
|
30.219
|
22.822
|
70
|
45
|
RN
|
18.905
|
11.167
|
18
|
17
|
PB
|
13.466
|
5.515
|
15
|
8
|
PE
|
7.985
|
10.452
|
37
|
25
|
AL
|
11.296
|
13.213
|
2
|
2
|
SE
|
801
|
2.245
|
2
|
4
|
BA
|
61.110
|
14.181
|
18
|
12
|
Sudeste
|
918.226
|
310.819
|
268
|
152
|
MG
|
416.252
|
58.927
|
105
|
44
|
ES
|
67.995
|
19.083
|
29
|
13
|
RJ
|
213.058
|
7.755
|
58
|
9
|
SP
|
220.921
|
225.054
|
76
|
86
|
Sul
|
66.903
|
24.207
|
28
|
12
|
PR
|
66.100
|
23.902
|
27
|
12
|
SC
|
358
|
139
|
0
|
0
|
RS
|
445
|
166
|
1
|
0
|
Centro-Oeste
|
265.456
|
114.041
|
163
|
94
|
MS
|
78.958
|
3.540
|
36
|
4
|
MT
|
35.190
|
7.198
|
27
|
4
|
GO
|
139.357
|
91.640
|
94
|
70
|
DF
|
11.951
|
11.663
|
6
|
16
|
BRASIL
|
1.452.489
|
587.815
|
674
|
405
|
Atendimento à imprensa/Ascom-MS
(61) 3315-2577/3835/3580