terça-feira, 24 de junho de 2014

Surto de ebola está fora de controle, alerta Médicos sem Fronteiras

EBOLAO surto de ebola que atinge a África Ocidental está fora de controle, advertiram especialistas da ONG Médicos sem Fronteiras na última sexta-feira (20). Essa é maior epidemia da doença já registrada. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o vírus já matou 330 pessoas.
 
Somente na última semana, foram registrados 47 casos suspeitos e 14 mortes. “A realidade é evidente que a epidemia está agora em uma segunda onda. E, para mim, está totalmente fora de controle”, afirmou o diretor de operações da Médicos sem Fronteiras, Bart Janssens.
 
Para Janssens, organizações internacionais e governos envolvidos precisam enviar mais especialistas em saúde e ampliar as campanhas educativas sobre como evitar a propagação da doença.
O país mais afetado com o ebola é a Guiné, onde o surto se iniciou há três meses. Até o momento, 264 pessoas morreram no país e outras 398 estão sendo tratadas da doença.
 
Outros casos foram registrados em Serra Leoa e Libéria. Na última semana, a Serra Leoa fechou suas fronteiras para tentar evitar a expansão da doença.
 
O ebola é o vírus mais contagioso do mundo. Não existe uma vacina ou medicamento para combatê-lo. A doença mata 90% dos infectados. Seus principais sintomas são vômito e diarreia graves, febre e hemorragia interna e externa.
Fonte: UOL

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Estudo relaciona cesariana e não amamentação do bebê na primeira hora de vida

leite
Estudos encontrados na Ásia, África e América do Sul por Tania Maria Brasil Esteves, aluna de doutorado em Saúde Pública da Ensp/Fiocruz, mostrou que o parto cesárea foi o fator de risco mais consistente para a não amamentação na primeira hora de vida em vários contextos culturais. Segundo a autora, apesar de vários estudos comprovarem ser a amamentação na primeira hora de vida um mecanismo potencial para a promoção da saúde, associado à maior duração do aleitamento materno e à redução das mortes infantis, principalmente nos países de baixa renda, a prática é pouco desenvolvida.
Tania Maria acrescenta que indicadores associados a pior nível socioeconômico e menor acesso a serviços de saúde também foram identificados como fatores de risco independente para a amamentação na primeira hora de vida. Em relação à situação das maternidades do Rio de Janeiro, ela disse que estão longe de alcançar o ideal. “As rotinas e práticas hospitalares mostram-se impeditivas dessa ação. O desconhecimento do status sorológico para o HIV também foi identificado como fator de risco independente para a não amamentação na primeira hora. Apesar de existir um programa de prevenção e controle do HIV/Aids, mundialmente reconhecido, os serviços de saúde ainda enfrentam dificuldades no cumprimento de orientações protocolares”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda colocar bebês em contato direto com a mãe logo após o parto por pelo menos uma hora e estimular a mãe a identificar se o bebê está pronto para ser amamentado e oferecer ajuda se necessário. A aluna explica que essa prática é recomendada porque é no período pós-parto que os bebês estão mais aptos ao estabelecimento da amamentação, têm maior resposta ao tato, ao calor e ao odor da mãe, o que favorece a liberação de hormônios responsáveis pela produção e ejeção do leite.
Os efeitos positivos sobre a saúde do recém-nato podem ser mediados tanto pelos componentes do leite materno quanto pelo contato mãe-bebê. O colostro, leite dos primeiros dias, contém fatores que aceleram a maturação da mucosa intestinal, e fatores imunológicos bioativos que conferem proteção imunológica ao lactante, prevenindo a colonização por micro-organismos patogênicos.
Mais informações sobre a tese podem ser obtidas no site da Ensp.

Fonte: Informe Ensp

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Entidades: Revogação de portaria sobre aborto é retrocesso

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Abrasco e mais 25 entidades assinam documento que pede a revogação da Portaria nº 415. Dia 29 de maio, o Ministério da Saúde revogou a portaria 415, publicada na semana anterior e que incluiu o aborto por razões médicas e legais na Tabela de Procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).


Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde informou ter decidido revogar a portaria em razão de o governo federal não ter acertado detalhes da publicação com os governos estaduais e municipais. Além disso, de acordo com a assessoria, está incorreto o cálculo de R$ 443,40, valor que seria pago aos hospitais pelo procedimento.
Leia o documento na íntegra:
 
Revogação da Portaria No 415: na contramão dos direitos humanos das mulheres brasileiras
Ao Ministério da Saúde
 
Foi com perplexidade que recebemos a notícia de que o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, revogou a Portaria nº 415, de 21 de maio de 2014.
Esta Portaria estabelecia o registro específico, na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), dos procedimentos de aborto previstos em lei, medida que foi por nós comemorada por significar um passo à frente para a garantia dos direitos das mulheres e por estar sintonizada com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Publicada pelo próprio Ministério da Saúde a Portaria nº 415 foi revogada através de outra Portaria, de no 437, datada de 29 de maio de 2014, um dia após o 28 de Maio, Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Parece-nos uma infeliz coincidência.
Nós, do movimento feminista, movimentos sociais, instituições e profissionais, abaixo assinadas(os), que atuamos em defesa dos direitos humanos e da saúde integral das mulheres, indagamos sobre quais motivos levaram a tal revogação.
Que fundamentos basearam tal medida?
Do nosso ponto de vista, é uma medida que representa um retrocesso, ao considerarmos que:
– A Portaria No 415 está em conformidade com leis, normas e decretos que garantem o atendimento das mulheres nos serviços de saúde;
– A Portaria No 415 permite a identificação do procedimento como “Interrupção da Gestação/Antecipação Terapêutica do Parto Prevista em Lei”, com a especificação dos códigos da Classificação Internacional de Doenças (CIDs) referente ao “aborto por razões médicas e legais” e os CIDs secundários de “agressão sexual por meio de força física”, “abuso sexual”, “anencefalia” ou “supervisão de gravidez de alto risco”, circunstâncias em que a interrupção da gestação já é legal.
Revogar este avanço significa retornar a uma situação de imprecisão que dificulta a obtenção de estatísticas nesta área, pela subnotificação desses procedimentos no SUS. Um sistema de informação eficaz é base para obter com precisão dados sobre a saúde reprodutiva das mulheres e condição para formulação e monitoramento de políticas públicas. Portaria No 415 avança neste sentido;
– A Portaria No 415 estabelece e enfatiza o direito a acompanhante durante esses procedimentos. Sua revogação vai contra as regras de humanização da assistência e favorece o ambiente de violência obstétrica;
– Com a revogação da Portaria No 415, voltaremos a uma situação de dificuldade para as mulheres de acesso ao aborto legal e ao atendimento nos casos de violência sexual pela rede de atendimento do Sistema Único de Saúde;
– A redução do aporte financeiro com a revogação da Portaria No 415 ameaça a qualidade e segurança destes atendimentos na rede pública de saúde.Temos a expectativa de que esta revogação seja corrigida e solicitamos deste Ministério explicações sobre a medida de retrocesso.
29 de maio de 2014.
Assinam:
Abrasco – Associação Brasileira de Saúde Coletiva
Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto
Articulação de Mulheres Brasileiras AMB
Marcha Mundial das Mulheres
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos
SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia
CLADEM – Comitê Latinoamericano e Caribenho em Defesa dos Direitos da Mulher
UNE – União Nacional dos Estudantes
Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
UJS – União da Juventude Socialista
Global Doctors for Choice – Brasil
CEPIA – Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação
Católicas pelo Direito de Decidir (CDD)
Grupo Curumim
Cunhã Coletivo Feminista
CFEMEA Centro Feminista de Estudos e Assessoria
União Brasileira de Mulheres UBM
CUT – Central Única de Trabalhadores
Casa da Mulher Catarina
Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero
MEEL – Movimento Estratégico pelo Estado Laico
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia FEBRASGO
Instituto Papai
Gema/ Ufpe
Rheg

Fonte: Abrasco

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Rio promove ações de saúde para a Copa do Mundo

O Rio de Janeiro terá uma série de ações de vigilância em saúde, preparatórias para a Copa do Mundo, que começa em 12 de junho. Preparação necessária em razão da grande circulação e concentração de pessoas de diferentes partes do mundo, o que exige iniciativas como divulgação de informações para setores estratégicos e respostas às situações de saúde.
Segundo a superintende de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Cristina Lemos, uma das preocupações da prefeitura é o aumento de casos de sarampo no exterior.
“O sarampo tem ocorrido em alguns países da Europa, e temos o risco de tê-lo de novo no Brasil, que está livre dele há muitos anos”, declarou. “Por isso, estamos vacinando grupos especiais, que em princípio têm maior possibilidade de contato com os viajantes, como os trabalhadores da rede hoteleira e taxistas”, contou ela.
A superintendente explicou que a ampla vacinação desses grupos especiais começou desde as preparações para a Jornada Mundial da Juventude, em junho do ano passado. Já foram aplicadas cerca de 15 mil doses da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, rubéola e caxumba, e a vacina duplo adulto, contra difteria e tétano.
A secretaria também orienta que as pessoas compareçam às unidades de atenção primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) para atualizarem seus esquemas de vacinação.
Serão distribuídas cartilhas de saúde do viajante, com dicas de saúde e serviços oferecidos na cidade, em quatro idiomas. A SMS também tem promovido campanhas informativas e educativas com os grupos de profissionais envolvidos na organização do Mundial e de orientação sobre prevenção e assistência nos consulados, agências de turismo, rodoviárias e aeroporto.

As ações de prevenção e combate à dengue serão intensificadas no Estádio do Maracanã e em pontos turísticos, com visitas semanais de agentes de vigilância ambiental em saúde no período de jogos na cidade.

Durante o Mundial, os procedimentos serão acompanhados 24 horas por dia pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde, formado por representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde e SMS.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Secretaria promove campanha “Gentileza no Namoro”

No mês de junho, a Secretaria Municipal de Saúde realiza uma campanha para promover a gentileza no namoro com as ações coordenadas e sugeridas para mobilizar a população e evitar a violência nos relacionamentos. O destaque é para o lançamento do vídeo Nossas Verdades, produzido pela Rede de Adolescentes e Jovens Promotores de Saúde (Rap da Saúde). A narrativa aborda o tema da sexualidade de forma direta e sem preconceitos e é um ótimo ponto de partida para o debate sobre gentileza no namoro.

O Rap da Saúde também vai promover atividades em unidades de saúde, escolas e outros espaços públicos. São esquetes teatrais, rodas de conversa, debates e ações como o Camelô Educativo. Nas redes sociais online, a hashtag #gentilezanonamoro marca as postagens sobre a campanha. Quem quiser pode postar e compartilhar fotos sobre o tema e, também, o laço verde da gentileza no namoro, símbolo da campanha.

"A violência no namoro tem impactos para a saúde e pode gerar consequências como baixa autoestima, depressão, consumo de álcool e outras drogas e relações sexuais desprotegidas. Desfazer o tabu e conversar sobre as diversas formas de violência que podem ocorrer nos relacionamentos
é a melhor forma de prevenir e enfrentar o problema. Por isso, a ideia é promover reflexões e ações sobre a importância do cuidado e da gentileza para a construção de relações pessoais mais saudáveis", ressalta a coordenadora de Políticas e Ações Intersetoriais da Superintendência de Promoção da Saúde da SMS, Viviane Castelo Branco.

Artigo publicado na revista científica Scielo no final de 2013 apontou que nove em cada dez adolescentes de dez capitais brasileiras afirmaram praticar ou sofrer violência no namoro. O estudo foi
realizado pelo Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves) da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Foram pesquisados 3.200 estudantes de 104 escolas públicas e privadas com idades entre 15 e 19 anos.

Agressões verbais, provocações, ciúmes e beijo ou toque sexual forçados fazem parte dos tipos de violência utilizados. As meninas são as maiores agressoras e também as maiores vítimas de violência verbal. Em termos de violência sexual, os rapazes são os maiores agressores – 49% dos homens relatam praticar esse tipo de agressão.