No dia 3 de outubro, às 14 horas, será lançado, no auditório do Museu da Vida, no campus de Manguinhos, o documentário Paracoco: uma endemia brasileira, que aborda os aspectos sociais e epidemiológicos da enfermidade. A produção tem como objetivo tornar mais conhecida a paracoccidioidomicose, doença endêmica e negligenciada na América Latina, mais frequente nas populações rurais, que pode causar a morte se não detectada precocemente. Em muitos casos, é confundida com tuberculose, pois pode apresentar tosse persistente como único sintoma aparente.
O filme é uma parceria entre três unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), o Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (Ipec) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict).
Segundo Ziadir Coutinho, pesquisador da ENSP/Fiocruz e um dos organizadores do filme, a produção é um projeto contemplado por edital de apoio, promovido pela Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, e, em breve, estará disponível para todos os interessados. Serão produzidas 400 cópias, distribuídas pela VideoSaúde - Distribuidora da Fiocruz, para instituições vinculadas ao SUS e a entidades da sociedade civil, principalmente as representativas dos trabalhadores rurais.
“A Paracoccidioidomicose só existe na América Latina, e o Brasil detém 80% dos casos. Por conta disso, denominamos o vídeo Paracoccidioidomicose: uma endemia brasileira. A produção reúne três instituições da Fiocruz (ENSP, Ipec e Icict), e conseguimos ainda o apoio das Secretarias Estaduais de Saúde do Paraná e de Rondônia”, explicou Ziadir.
Para a composição do conteúdo do produto, foram gravadas entrevistas com profissionais de saúde e portadores da doença, além de imagens de trabalho rural. Com 24 minutos de duração, o filme foi rodado em quatro estados do país, em diversas locações: 1) no campus da Fiocruz, que possui um ambulatório, no Ipec, com mais de 60 anos de experiência em tratamento da doença; 2) em Paty do Alferes (RJ) e em Botucatu (SP), dois importantes polos da doença no país; 3) na periferia de Curitiba, no Paraná – o primeiro estado a dar atenção especial à doença, transformando a paracoco em uma doença de notificação compulsória; 4) em Rondônia, considerado atualmente o epicentro da micose no Brasil, com a mais alta taxa de mortalidade.
Classificada como negligenciada, a doença não é contagiosa e tem cura, mas causa graves sequelas, inclusive a morte, se não for diagnosticada e tratada precocemente. É muito mais comum em homens em idade produtiva, entre 30 e 50 anos. Em muitos casos, é confundida com a tuberculose, pois também pode apresentar-se apenas como um sintomático respiratório com tosse persistente. Alguns de seus principais sintomas são: feridas na boca, garganta e nariz; emagrecimento e fraqueza; rouquidão; falta de ar; perda dos dentes; e ínguas (caroços, gânglios) no pescoço ou na virilha.
A paracoccidioidomicose possui duas apresentações clínicas básicas, a forma tipo adulto e a forma tipo juvenil, que é mais rara. O indivíduo pode ter contato com o fungo e manifestar a doença imediatamente ou muito tempo depois, podendo ficar inativo no organismo. O fungo, contraído por meio da respiração, vive no solo das plantações. Por isso, a paracoccidioidomicose aparece principalmente entre trabalhadores rurais, marceneiros, jardineiros, tratoristas, pequeno trabalhadores rurais etc. Vale lembrar que a doença não é contagiosa, nem transmitida por alimentos ou objetos de uso pessoal.
O diagnóstico e tratamento estão disponíveis em algumas unidades da rede pública, e os medicamentos mais usados devem ser distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Os doentes também podem ter acesso ao diagnóstico e tratamento por meio do Programa de Saúde da Família. No Rio de Janeiro, o Ipec/Fiocruz é um dos centros de referência para a doença.
O filme é uma parceria entre três unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), o Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (Ipec) e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict).
Segundo Ziadir Coutinho, pesquisador da ENSP/Fiocruz e um dos organizadores do filme, a produção é um projeto contemplado por edital de apoio, promovido pela Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, e, em breve, estará disponível para todos os interessados. Serão produzidas 400 cópias, distribuídas pela VideoSaúde - Distribuidora da Fiocruz, para instituições vinculadas ao SUS e a entidades da sociedade civil, principalmente as representativas dos trabalhadores rurais.
“A Paracoccidioidomicose só existe na América Latina, e o Brasil detém 80% dos casos. Por conta disso, denominamos o vídeo Paracoccidioidomicose: uma endemia brasileira. A produção reúne três instituições da Fiocruz (ENSP, Ipec e Icict), e conseguimos ainda o apoio das Secretarias Estaduais de Saúde do Paraná e de Rondônia”, explicou Ziadir.
Para a composição do conteúdo do produto, foram gravadas entrevistas com profissionais de saúde e portadores da doença, além de imagens de trabalho rural. Com 24 minutos de duração, o filme foi rodado em quatro estados do país, em diversas locações: 1) no campus da Fiocruz, que possui um ambulatório, no Ipec, com mais de 60 anos de experiência em tratamento da doença; 2) em Paty do Alferes (RJ) e em Botucatu (SP), dois importantes polos da doença no país; 3) na periferia de Curitiba, no Paraná – o primeiro estado a dar atenção especial à doença, transformando a paracoco em uma doença de notificação compulsória; 4) em Rondônia, considerado atualmente o epicentro da micose no Brasil, com a mais alta taxa de mortalidade.
Classificada como negligenciada, a doença não é contagiosa e tem cura, mas causa graves sequelas, inclusive a morte, se não for diagnosticada e tratada precocemente. É muito mais comum em homens em idade produtiva, entre 30 e 50 anos. Em muitos casos, é confundida com a tuberculose, pois também pode apresentar-se apenas como um sintomático respiratório com tosse persistente. Alguns de seus principais sintomas são: feridas na boca, garganta e nariz; emagrecimento e fraqueza; rouquidão; falta de ar; perda dos dentes; e ínguas (caroços, gânglios) no pescoço ou na virilha.
A paracoccidioidomicose possui duas apresentações clínicas básicas, a forma tipo adulto e a forma tipo juvenil, que é mais rara. O indivíduo pode ter contato com o fungo e manifestar a doença imediatamente ou muito tempo depois, podendo ficar inativo no organismo. O fungo, contraído por meio da respiração, vive no solo das plantações. Por isso, a paracoccidioidomicose aparece principalmente entre trabalhadores rurais, marceneiros, jardineiros, tratoristas, pequeno trabalhadores rurais etc. Vale lembrar que a doença não é contagiosa, nem transmitida por alimentos ou objetos de uso pessoal.
O diagnóstico e tratamento estão disponíveis em algumas unidades da rede pública, e os medicamentos mais usados devem ser distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Os doentes também podem ter acesso ao diagnóstico e tratamento por meio do Programa de Saúde da Família. No Rio de Janeiro, o Ipec/Fiocruz é um dos centros de referência para a doença.
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