sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Gravidez prematura cai no Brasil

Maternidade entre os 15 e os 19 anos caiu de 20,9%, em 2000, para 17,7% em 2011, mas ideal seria manter taxa abaixo dos 10%

Menos adolescentes de 15 a 19 anos estão tendo filhos no Brasil, em especial nas regiões Sudeste e Sul. A proporção de registros de nascimentos cujas mães pertencem a essa faixa etária caiu de 20,9%, em 2000, para 17,7% em 2011. Os dados são da pesquisa “Estatísticas do Registro Civil”, divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos motivos mais significativos, apontados por estudiosos nas áreas de saúde e adolescência, é a melhoria da escolaridade das meninas e a perspectiva de entrada no mercado de trabalho. “Na última década, houve um crescimento econômico maior e mais oportunidades de emprego. Isso, somado aos fatores educacionais, ajuda a explicar a queda no número de gravidez precoce”, afirma Claudio Crespo, coordenador do estudo do IBGE, lembrando também que essa diminuição reflete a efetividade de políticas públicas iniciadas por movimentos sociais pelos direitos das mulheres.

Os resultados da pesquisa são significativos se comparados ao cenário brasileiro nos anos de 1990, quando se observava um ligeiro aumento da fecundidade entre as jovens de 15 a 19 anos. Nessa época, enquanto as taxas de fecundidade se reduziam no país, a gravidez na adolescência aparecia como um problema crescente. Em contraposição ao conjunto de mulheres que passou a optar por ter menos filhos, a taxa de natalidade das adolescentes era relativamente alta. Essa realidade começou a mudar nos anos 2000. “O censo de 2000 mostra que havia uma tendência de rejuvenescimento do padrão de fecundidade. O estudo de 2010 apontou para a redução da taxa de nascidos de mães adolescentes. A pesquisa sobre registros civis vem confirmar isso”, diz Crespo.

A redução na proporção de mães adolescentes é, sem dúvida, um bom sinal. Mas o índice de 17,7% ainda está longe do ideal. Segundo o secretario da secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, o governo federal não trabalha com uma meta especifica de diminuição de gravidez precoce, mas afirma que conseguir baixar para menos de 10% seria o melhor resultado. “É claro que a redução é boa, mas é uma média nacional. Esconde problemas graves. Em áreas mais pobres e carentes, o percentual é muito maior”, afirma Magalhães. “Se fizer o mapa da gravidez na adolescência, bairro a bairro, ele se sobrepõe ao mapa da pobreza. Onde há baixa renda e baixa escolaridade, geralmente em periferias e zonas rurais, com predominância de negros e pardos, haverá mais casos de gestações na adolescência”, acrescenta.

A tese de doutorado de Aline de Carvalho Martins, assistente social e responsável pelo atendimento das adolescentes no Instituto Fernandes Figueira - unidade de Assistência, Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – teve como tema a gestação de menores de idade. Na pesquisa, usou dados do Ministério da Saúde que mostram o aumento da gravidez entre meninas pardas de 10 a 19 anos, no comparativo de 2000 (295.266 casos de gestações nessa faixa etária) com 2010 (304.060 casos). Isso mostra, portanto, que quando a cor é segregada o número de mulheres brancas cai e o de pardas cresce – motivo para comemorar, em parte, a redução mostrada no novo estudo do IBGE.

“Vi na minha pesquisa de doutorado que muitas dessas meninas não tinham perspectiva de entrar em universidade e viviam no entorno de pessoas com subempregos. São famílias que tem trabalho e dinheiro em um mês e no outro não. Essas adolescentes são pessoas com dificuldade de planejar e definir quando é o melhor momento de ter filho. Elas não planejam, reagem”, afirma Aline.
 
IBGE - Nascimentos


A questão da gravidez na adolescência não passa necessariamente pela falta de informação, mas, principalmente, pela ausência de perspectiva. Por isso, as frequências de gestações de meninas menores de idade mudam de acordo com a inserção social da adolescente. Para aquelas que pertencem a famílias com menor renda e apresentam dificuldade de ingressar na escola, por exemplo, a possibilidade da gravidez aparece como uma motivação. Daí a importância de aumentar o nível de escolaridade como forma de criar alternativas capazes de oferecer novos objetivos às meninas.

“Engravidar passa a ser uma chance de inserção social, de consolidação de um papel. A gestação na adolescência acaba se concentrando em famílias de menor renda e com maiores dificuldades socioeconômicas. A contrapartida dessa gravidez é o aumento do risco social, porque dificulta a vida escolar, a entrada no mercado de trabalho, priva as meninas de algumas experiências”, explica Maria Auxiliadora Gomes, superintendente Materno-Infantil da secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro. O resultado da gravidez precoce, como aponta Maria Auxiliadora, é a perpetuação do baixo nível de escolaridade.

A pesquisa do IBGE mostra que, enquanto no Sudeste e no Sul a proporção de nascidos de mães adolescentes é menor do que a média nacional, no Norte e no Noroeste é maior. No Maranhão e no Pará, a proporção de registro de nascimentos de filhos de mães do grupo etário que vai de menores de 15 anos até 24 anos chega a 57,7% e 57,4%. “As meninas têm filhos por uma desesperança sobre projetos de vida. A fantasia da mulher grávida é a de ganhar algum poder. No entanto, a gravidez na adolescência pode impossibilitar o verdadeiro amadurecimento”, diz a psicóloga Lulli Milman, fundadora do atendimento infantil no serviço de psicologia aplicada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). “O adolescente tem que dedicar muito a si próprio. Ele está se construindo. Os jovens são, de forma geral, pessoas muito narcísicas. A gravidez na adolescência demanda dedicação e um olhar especial para o bebê. Os dois acabam no prejuízo”, afirma Lulli.

Enquanto para algumas a maternidade se apresenta como a solução para um quadro de ausência de opções, a pesquisa do IBGE mostra que tem crescido a proporção de mulheres que tiveram filhos no grupo dos 30 aos 34 anos. No Brasil, em 2011, a proporção de registros de nascimentos cujas mães têm essa faixa etária foi de 18,3%. Em 2000, o percentual era de 14,4%. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste é maior o percentual de mulheres que tiveram filhos entre os 30 e 34 anos do que as que deram à luz entre os 15 e os 19 anos. O Distrito Federal, Rio Grande do Sul e São Paulo foram as unidades da federação que tiveram os maiores percentuais de registros de nascimentos de mães com idade entre os 35 e 39 anos.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Saúde aumenta em 34% notificação de sífilis congênita

A melhoria da vigilância epidemiológica, avanço no diagnóstico e tratamento adequado são medidas essenciais para a eliminação da doença

O Ministério da Saúde vem avançando nas políticas para a melhoria do diagnóstico e tratamento da sífilis congênita. Neste sentido, conseguiu ampliar em 34% a notificação de casos de sífilis congênita, em menores de 1 ano de idade, entre os anos 2010 a 2011. O aumento da notificação é um dos destaques do Boletim Epidemiológico, que será lançado pelo Ministério da Saúde para marcar o Dia Nacional de Combate à Sífilis, instituído no terceiro sábado de outubro.
 
“A sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, é uma doença de fácil prevenção, e o acesso precoce à testagem é essencial ao tratamento, não só para o recém-nascido, mas também para a gestante durante o pré-natal”, ressalta o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Segundo ele, o ideal é que todas as mulheres grávidas façam esse exame durante as consultas do pré-natal, ao longo da gravidez, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde.

REDE CEGONHA - Para avançar no cumprimento do objetivo de eliminar a doença enquanto problema de saúde pública até 2015, o Ministério da Saúde conta também com a implantação da Rede Cegonha, visando ampliar a oferta do teste rápido de sífilis no pré-natal. Uma grande vantagem dessa estratégia é a possibilidade da gestante sair da consulta de pré-natal já com o resultado do teste e, com seu tratamento iniciado, caso necessário.
 
O número desses exames rápidos distribuídos até setembro de 2012 foi sete vezes maior do que todo o ano de 2011 – de 31,5 mil para 237 mil unidades. Com essa nova tecnologia, a gestante tem a oportunidade de saber se já teve contato com o agente causador da doença (Treponema pallidum), em apenas 30 minutos, durante a consulta de pré-natal.
 
Para que o tratamento da mãe seja efetivo e evite a transmissão ao recém-nascido, o procedimento deve ser realizado até um mês antes do parto. Se infectado pela sífilis, o recém-nascido deve ficar internado por dez dias para receber a medicação adequada. O maior desafio para interromper a cadeia de transmissão da sífilis congênita, segundo o secretário, é tratar também o parceiro. “Os homens resistem mais em cuidar da saúde, fato que acaba causando impacto na família. É que a parceira pode ser reinfectada, mesmo que a mulher tome corretamente a medicação,” explica Jarbas Barbosa.

O Estudo Sentinela Parturiente 2012 - Projeto de verificação da prevalência do HIV e sífilis em parturientes -, do Ministério da Saúde, confirma: das mulheres que foram identificadas com sífilis em 2011, durante o pré-natal, apenas 11,5% tiveram seus parceiros tratados.
 
No ano de 2011, foram diagnosticados 9.374 casos de sífilis congênita, com taxa de incidência de 3,3 casos para cada 1.000 nascidos vivos. A região que apresenta a maior taxa de incidência de sífilis congênita é a Nordeste, com 3,8 casos a cada 1 mil nascidos vivos, seguida da Sudeste, cujo índice é de 3,6. O Centro-Oeste é o que tem o menor número proporcional de recém-nascidos com a doença: 1,8.
 
No ranking dos estados, o Rio de Janeiro é o que tem a maior taxa de sífilis congênita - 9,8 ocorrências da doença a cada 1 mil recém-nascidos. O estado do Ceará é o segundo com (6,8) e Sergipe o terceiro com (6,7). O local com menor taxa de sífilis em recém-nascidos é o Piauí (0,8), entretanto, esse dado pode refletir a subnotificação.
 
O Dia Nacional de Combate à Sífilis foi criado pela Sociedade Brasileira de DST em 2006, para mobilizar o poder público e a sociedade para ações que visem eliminar a sífilis congênita. A data é sempre lembrada no terceiro sábado de outubro, que neste ano ocorrerá no dia 20.
 
CAMPANHA– Reduzir o número de pessoas infectadas pela sífilis e aumentar a testagem para detecção da doença são estratégias da campanha nacional pelo diagnóstico prevista para entrar em circulação em rádios e TVs a partir de novembro. A campanha, que tem o apoio do Ministério da Saúde é uma iniciativa da Organização não Governamental Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida.
 
O filme para TV incentiva a testagem e o spot para rádio ressalta a importância da prevenção com o uso da camisinha. O material apresenta também os principais sintomas da doença e informa sobre a importância do diagnóstico precoce da sífilis. As peças serão veiculadas por dois meses e voltadas ao público em geral, com foco em homens e mulheres de 15 a 24 anos de idade. A expectativa é que a campanha atinja 25 milhões de pessoas.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL!



O Serviço de Vigilância Epidemiológica Hospitalar da Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda deseja a todos um Feliz Natal, com luz, amor e renovação. Que o nascimento de Jesus Cristo possa ser comemorado com vida e alegria em muitos anos mais.

FELIZ NATAL!!!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Parto normal: mais segurança para a mãe e o bebê

Cirurgia cesariana pode trazer mais complicações e uma pior recuperação pós-parto

São nove meses de expectativa! Durante a gestação, a barriga cresce e a mãe se prepara para o nascimento da criança. Nas consultas de pré-natal, ela obtém informações sobre um parto seguro. É a oportunidade de confirmar que, embora a cesariana seja indicada em determinados casos, o método natural continua sendo a melhor forma de dar à luz. Mesmo assim, o País registra muito mais cesarianas do que os 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A taxa nacional é de 39% e em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste esse índice é superior a 40% - segundo dados de 2002 do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc).

Os benefícios do parto normal são inúmeros, tanto para a mãe como para seu bebê. Vão desde uma melhor recuperação da mulher e redução dos riscos de infecção hospitalar até uma incidência menor de desconforto respiratório do bebê. A técnica do Programa Nacional de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde Daphne Rattner lembra que a cesariana também pode interferir no vínculo estabelecido entre a mãe e o filho durante o parto. “Se, logo após o parto, o neném é acolhido e abraçado pela mãe, nesse momento se estabelece o vínculo maternal”, observa Daphne. “Após a cirurgia, pegar o neném no colo é dolorido e, como o bebê geralmente é levado para observação, a instalação do vínculo pode demorar mais”, completa.

Na cesariana, também é mais freqüente a ocorrência de infecção e hemorragias, além da possibilidade de laceração acidental de algum órgão, como bexiga, uretra e artérias, ou até mesmo do bebê, durante o corte do útero. A gestante pode, ainda, ter problemas de cicatrização capazes de afetar a próxima gravidez. A freqüência dessa cirurgia também limita a possibilidade de opção pelo número de filhos. “Nenhum médico deixaria uma mãe chegar a realizar seis cesarianas; geralmente as mães são esterilizadas após a terceira cirurgia”, assinala Daphne.

A incidência de morte materna associada à cesariana é 3,5 vezes maior do que no método natural. “Os riscos são inerentes à própria cirurgia, a começar pela anestesia, em que a possibilidade de uma reação é imprevisível”, afirma a técnica da Saúde da Mulher.

As vantagens do parto normal se estendem ainda à questão financeira. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o método natural custa R$ 291 e a cirurgia cesariana, R$ 402. No caso dos hospitais privados é mais difícil dimensionar essa diferença, uma vez que o valor de cada tipo de parto varia de acordo com a diária hospitalar cobrada. Há, ainda, o custo do tratamento das complicações, bem mais freqüentes no parto operatório.

Indicações - Existem indicações absolutas e relativas para a realização da cesárea. Trata-se de um procedimento importante para salvar a vida da mãe e do bebê quando uma delas - ou as duas - está em risco. As indicações absolutas mais tradicionais são: desproporção céfalo-pélvica (quando a cabeça do bebê é maior do que a passagem da mãe); hemorragias no final da gestação; ocorrência de doenças hipertensivas na mãe específicas da gravidez; bebê transverso (atravessado); e sofrimento fetal. A ocorrência de diabete gestacional, ruptura prematura da bolsa d’água e bebê com trabalho de parto prolongado são consideradas indicações relativas para a cesariana.

O Ministério da Saúde acrescentou, recentemente, outra indicação para essa cirurgia. É o caso de gestantes portadoras do vírus HIV. A cesariana passou a ser agendada nessas situações porque se descobriu que a hora do parto é o momento de maior troca sanguínea entre a mãe e o bebê. Dessa forma, a cirurgia programada reduz os riscos de transmissão do vírus.

Prematuridade - A prematuridade iatrogênica - quando se agenda uma cesariana por supor que o bebê está maduro, mas ele nasce prematuro - é uma das grandes preocupações do Ministério da Saúde. O que assusta é o alto índice de casos nos hospitais privados, em que as cesáreas são agendadas por conveniência. Para evitar a prematuridade iatrogênica, sugere-se que mesmo que seja programada uma cesárea desnecessária, a mãe espere entrar em trabalho de parto, pois esse seria um sinal de que o bebê está pronto para nascer.

Segundo pesquisa realizada no Rio de Janeiro e publicada em 2004, há uma maior incidência de partos normais nos hospitais públicos do que nos conveniados ao SUS ou privados. “Há muitos casos de mulheres, com poder aquisitivo alto, que agendam uma cesariana acreditando fazer o melhor para seus filhos”, observa Daphne. Caso nasça prematuro, o bebê é encaminhado para a UTI neonatal. O bebê sai da mãe, a melhor “incubadora” em que poderia estar, para uma incubadora mecânica, onde se exporá aos riscos de infecção e problemas respiratórios.
Ministério combate mito de “uma vez cesárea, sempre cesárea”
No Brasil, existe o mito de que após a realização de uma cesárea as mulheres não podem ter um parto normal. Isso ocorre pela falta de informação, tanto das gestantes quanto de profissionais de saúde não treinados para acompanhar um parto normal em mulheres que já tenham passado por essa cirurgia.

Já existem estudos comprovando a possibilidade de ter filhos pela via vaginal nesses casos. O que não se recomenda é induzir o parto. Ou seja, usar alguma substância, geralmente a ocitocina, para acelerar o trabalho de parto, aumentando a força das contrações e diminuindo os intervalos entre elas.

Finalmente, é importante deixar que a natureza comande o processo de parir e de nascer, respeitando a forma natural. “O corpo da mulher tem um conhecimento intuitivo de como ter filhos, e a forma natural de parir pode ser muito gratificante para a mãe e seu bebê”, conclui a técnica do Programa Nacional de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde Daphne Rattner.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Hospitais devem adotar mais cuidados com as mães

Adoção do novo critério pelas unidades Amigos da Criança será determinante para permanência das instituições credenciadas

Os hospitais do país deverão adotar um novo critério para permanecerem na iniciativa e manterem a certificação de Amigos da Criança. A partir de 2013, as instituições já credenciadas devem cumprir os princípios das boas práticas de atenção ao parto e nascimento, determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para continuarem com o título. A norma, conhecida como Cuidado Amigo da Mãe atende ainda às prioridades do Ministério da Saúde, recomendadas na estratégia da Rede Cegonha.
As boas práticas incluem a garantia de acompanhante à gestante, respeito à privacidade da mulher e à liberdade de movimentar-se e alimentar-se durante o trabalho de parto e de escolha da posição do parto. Além disso, possibilitam a redução do uso rotineiro de intervenções desnecessárias, como a realização de cesariana sem indicação precisa. A ideia é incentivar cada vez mais a humanização do parto e do momento entre mães e bebês. Essas mudanças serão publicadas no próximo ano em substituição à Portaria nº 8 de 2011, que estabelece as normas para o processo de credenciamento do Hospital Amigo da Criança integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao ser reconhecido com o título Hospital Amigo da Criança, estes estabelecimentos se tornam referência em amamentação para seu município, região e estado. Nestas unidades, as mães são orientadas e apoiadas para o sucesso da amamentação desde o pré-natal até o puerpério, aumentando dessa forma os índices de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzindo a morbimortalidade materna e infantil, o que tem gerado grande interesse pelos gestores nessa habilitação.
Para o coordenador da área técnica de Saúde da Criança, Paulo Bonilha a adoção desse novo critério à Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) contribui para agarantia da continuidade de cuidados ideais tanto para mães quanto para crianças, do pré-natal ao pós-parto. “Introduzir esses conceitos é trabalhar ainda mais para integrar a iniciativa a uma estratégia mais completa e global, relacionada a esses cuidados, como a Rede Cegonha”, afirma.
OFICINA – Nesta semana está sendo realizada, em Brasília, a oficina piloto para formação dos primeiros avaliadores da IHAC. A capacitação faz parte do plano de aprimoramento para a formação das equipes com metodologia inovadora da IHAC e tem como objetivo incluir o critério Cuidado Amigo da Mãe nas avaliações de cumprimento da iniciativa às instituições certificadas.
Essas iniciativas são de proteção às ações benéficas para a saúde física e psicológica de mães e bebês e que ajudem a garantir uma amamentação bem sucedida. Atualmente, 20% dos 70 países que praticam a IHAC adotam as práticas do Cuidado Amigo da Mãe como critério para certificação.
AMIGOS DA CRIANÇA - A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi criada em 1990 pela OMS e pelo Unicef com o objetivo de resgatar o direito da mulher de aprender e praticar a amamentação com sucesso.  Nos últimos 20 anos essa iniciativa tem crescido, contando atualmente com mais de 20 mil hospitais credenciados em 156 países do mundo, incluindo o Brasil. Hoje, o país conta com 315 Hospitais Amigos da Criança presentes em todos os estados brasileiros.
Ao ser reconhecido com o título Hospital Amigo da Criança, estes estabelecimentos se tornam referência em amamentação para seu município, região e estado. Nestes hospitais, as mães são orientadas e apoiadas para o sucesso da amamentação desde o pré-natal até o puerpério, aumentando dessa forma os índices de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzindo a morbimortalidade materna e infantil, o que tem gerado grande interesse pelos gestores nessa habilitação.
Para se tornar uma instituição credenciada à iniciativa, o hospital deverá comprovar o cumprimento dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras – NBCAL e a Lei 11.265/2006, que regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos e, finalmente, também deverá garantir a presença da mãe e/ou do pai junto ao recém-nascido durante todo o tempo de internação, mesmo que este esteja em uma UTI.
Cuidados Amigos da Mãe:
  1. Incentivar que as mulheres tenham acompanhantes de sua escolha para oferecer apoio físico e/ou emocional durante o pré-parto, parto e pós-parto, se desejarem;
  2. Permitir que as mulheres bebam e comam durante o trabalho de parto;
  3. Incentivar as mulheres a levarem em consideração o uso de métodos não medicamentosos de alívio da dor, exceto analgésicos ou anestésicos necessários devido a complicações, respeitando as preferências pessoais das mulheres;
  4. Incentivar as mulheres a andar e a se movimentar durante o trabalho de parto, se desejarem, e a adotar posições de sua escolha durante o parto, a menos que haja restrição em virtude de complicações, e, que isso seja explicado à mulher;
  5. Assegurar cuidados que não envolvam procedimentos invasivos, tais como rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto, partos instrumentais ou cesarianas, a menos que necessárias em virtude de complicações, e, que em caso de necessidade de utilizá-los, que seja explicado à mãe.
Por: Portal da Saúde

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Hospitais devem adotar mais cuidados com as mães


rede_cegonha
Adoção do novo critério pelas unidades Amigos da Criança será determinante para permanência das instituições credenciadas
Os hospitais do país deverão adotar um novo critério para permanecerem na iniciativa e manterem a certificação de Amigos da Criança. A partir de 2013, as instituições já credenciadas devem cumprir os princípios das boas práticas de atenção ao parto e nascimento, determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para continuarem com o título. A norma, conhecida como Cuidado Amigo da Mãe atende ainda às prioridades do Ministério da Saúde, recomendadas na estratégia da Rede Cegonha.
As boas práticas incluem a garantia de acompanhante à gestante, respeito à privacidade da mulher e à liberdade de movimentar-se e alimentar-se durante o trabalho de parto e de escolha da posição do parto. Além disso, possibilitam a redução do uso rotineiro de intervenções desnecessárias, como a realização de cesariana sem indicação precisa. A ideia é incentivar cada vez mais a humanização do parto e do momento entre mães e bebês. Essas mudanças serão publicadas no próximo ano em substituição à Portaria nº 8 de 2011, que estabelece as normas para o processo de credenciamento do Hospital Amigo da Criança integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao ser reconhecido com o título Hospital Amigo da Criança, estes estabelecimentos se tornam referência em amamentação para seu município, região e estado. Nestas unidades, as mães são orientadas e apoiadas para o sucesso da amamentação desde o pré-natal até o puerpério, aumentando dessa forma os índices de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzindo a morbimortalidade materna e infantil, o que tem gerado grande interesse pelos gestores nessa habilitação.
Para o coordenador da área técnica de Saúde da Criança, Paulo Bonilha a adoção desse novo critério à Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) contribui para agarantia da continuidade de cuidados ideais tanto para mães quanto para crianças, do pré-natal ao pós-parto. “Introduzir esses conceitos é trabalhar ainda mais para integrar a iniciativa a uma estratégia mais completa e global, relacionada a esses cuidados, como a Rede Cegonha”, afirma.
OFICINA – Nesta semana está sendo realizada, em Brasília, a oficina piloto para formação dos primeiros avaliadores da IHAC. A capacitação faz parte do plano de aprimoramento para a formação das equipes com metodologia inovadora da IHAC e tem como objetivo incluir o critério Cuidado Amigo da Mãe nas avaliações de cumprimento da iniciativa às instituições certificadas.
Essas iniciativas são de proteção às ações benéficas para a saúde física e psicológica de mães e bebês e que ajudem a garantir uma amamentação bem sucedida. Atualmente, 20% dos 70 países que praticam a IHAC adotam as práticas do Cuidado Amigo da Mãe como critério para certificação.
AMIGOS DA CRIANÇA - A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) foi criada em 1990 pela OMS e pelo Unicef com o objetivo de resgatar o direito da mulher de aprender e praticar a amamentação com sucesso.  Nos últimos 20 anos essa iniciativa tem crescido, contando atualmente com mais de 20 mil hospitais credenciados em 156 países do mundo, incluindo o Brasil. Hoje, o país conta com 315 Hospitais Amigos da Criança presentes em todos os estados brasileiros.
Ao ser reconhecido com o título Hospital Amigo da Criança, estes estabelecimentos se tornam referência em amamentação para seu município, região e estado. Nestes hospitais, as mães são orientadas e apoiadas para o sucesso da amamentação desde o pré-natal até o puerpério, aumentando dessa forma os índices de aleitamento materno exclusivo e continuado e reduzindo a morbimortalidade materna e infantil, o que tem gerado grande interesse pelos gestores nessa habilitação.
Para se tornar uma instituição credenciada à iniciativa, o hospital deverá comprovar o cumprimento dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras – NBCAL e a Lei 11.265/2006, que regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos e, finalmente, também deverá garantir a presença da mãe e/ou do pai junto ao recém-nascido durante todo o tempo de internação, mesmo que este esteja em uma UTI.
Cuidados Amigos da Mãe:
  1. Incentivar que as mulheres tenham acompanhantes de sua escolha para oferecer apoio físico e/ou emocional durante o pré-parto, parto e pós-parto, se desejarem;
  2. Permitir que as mulheres bebam e comam durante o trabalho de parto;
  3. Incentivar as mulheres a levarem em consideração o uso de métodos não medicamentosos de alívio da dor, exceto analgésicos ou anestésicos necessários devido a complicações, respeitando as preferências pessoais das mulheres;
  4. Incentivar as mulheres a andar e a se movimentar durante o trabalho de parto, se desejarem, e a adotar posições de sua escolha durante o parto, a menos que haja restrição em virtude de complicações, e, que isso seja explicado à mulher;
  5. Assegurar cuidados que não envolvam procedimentos invasivos, tais como rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto, partos instrumentais ou cesarianas, a menos que necessárias em virtude de complicações, e, que em caso de necessidade de utilizá-los, que seja explicado à mãe.
Por: Portal da Saúde

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Amamentação aumenta inteligência

Estudo analisou crianças de 10 anos que foram amamentadas até os seis meses de vida

 
 A amamentação é excelente para fortalecer o vínculo entre mãe e filho. Estudo australiano descobriu recentemente que dar o peito à criança melhora o seu quociente de inteligência (QI).

O estudo analisou crianças de 10 anos que foram amamentadas até os seis meses de vida. No caso, elas apresentaram um melhor teste de leitura, matemática e grafia do que as que mamaram por menos tempo.
Essas crianças alimentadas com leite materno têm uma versão particular do gene chamado FADS2. Esse gene comanda a produção de uma enzima que ajuda a converter o ômega-3 em nutrientes para o desenvolvimento do cérebro e se acumulam durante os primeiros meses de vida do bebê.
Os cientistas ressaltam, no entanto, que a amamentação não é a única responsável em melhorar o Q.I. Fatores como família, meio social, genéticos e socioeconômicos são fundamentais para aumentar a inteligência das crianças.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

SEGUNDA CAMPANHA CARIOCA FIQUE SABENDO

Dia 01/12 - Dia Internacional de Combate a AIDS - Faça o teste. Ele é seguro, sigiloso e acessível na rede pública. Procure sua unidade de saúde e faça o teste de AIDS.
Neste sábado, 1 de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a AIDS, termina a Segunda Campanha Carioca da Prevenção. Ela é realizada em 190 postos de saúde e clínicas da família espalhados por toda a cidade. Para ter mais informações sobre os locais de realização do teste, ligue para a Central de Atendimento da Prefeitura, no telefone 1746.
A campanha também incentiva os profissionais de saúde a recomendarem a testagem aos pacientes, independente de gênero, orientação sexual, comportamento ou contextos de maior vulnerabilidade.
 

Na MMABH, o mês de dezembro terá incentivo para que a população faça o exame nos postos de saúde credenciados, e busque informação e tratamento para controle do vírus HIV. Além disso, será mobilizado o uso da camisinha nas dependências da unidade.

Em breve, notícias da AÇÃO EM SAÚDE!!!!
 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pesquisa aponta processo mais rápido para produzir vacina de gripe


Quase 20 mil sorocabanos são imunizados contra a gripe (Foto: Divulgação / Prefeitura de Sorocaba) 

Método dispensa culturas de células ou ovos, que hoje são essenciais. Medicamento foi testado com sucesso em camundongos, porcos e furões.

Uma nova vacina contra a gripe, desenvolvida com um processo mais simples e rápido que o atual, foi testada com bons resultados em animais, de acordo com pesquisa publicada neste domingo (25) pela revista científica “Nature”.
As vacinas atuais são produzidas em culturas de células em laboratório ou a partir de ovos de galinha. A nova vacina desenvolvida pela equipe de Lothar Stitz, do Instituto Friedrich Loeffler, em Greifswald, na Alemanha, usa apenas um material conhecido como RNA mensageiro, que leva informações genéticas do vírus.
Com a nova técnica, fica mais rápido produzir vacinas em larga escala. Além disso, é mais fácil fazer as alterações necessárias para adaptar a vacina a eventuais novos subtipos do vírus da gripe que possam surgir, e que representam o maior potencial de origem de epidemias fatais.
A vacina foi testada em camundongos, porcos e furões, com resultados iguais ou superiores aos das vacina hoje disponíveis no mercado.
No caso dos camundongos, ela funcionou também para os muito jovens e para os muito velhos, o que é uma vantagem em relação às atuais, caso isso se aplique nos humanos.
Além disso, o novo medicamento funciona mesmo se não ficar sob refrigeração. Essa é uma potencial vantagem importante, pois facilitaria o transporte e o armazenamento, o que também aceleraria a distribuição no caso de uma epidemia.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Aborto é a quinta principal causa de mortalidade materna no País

O caso da adolescente Natália dos Santos, 17 anos, que morreu depois de fazer um aborto em uma clínica clandestina de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, não é incomum. O aborto ocupa hoje o quinto lugar no ranking das principais causas de mortalidade materna no País.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o abortamento, seja espontâneo ou provocado, fica atrás de hipertensão, hemorragia, infecção pós-parto e doenças do aparelho respiratório complicadas pela gravidez, no parto ou no pós-parto.
Enquanto em 2010, foram registrados 1.686 abortos previstos por lei — que ocorrem em caso de estupro, risco de vida para a mãe ou fetos anencéfalos (com má formação do cerébro) —, no ano passado houve queda de cerca de 10%, representada pelo número de 1.504 abortos.
Já a média de curetagem — procedimento cirúrgico que consiste em raspar as paredes internas da cavidade intrauterina para fazer aborto —, como fez Natália dos Santos, é de 200 mil por ano.
A hipertensão, vale lembrar, ainda é a principal causa de morte materna no Brasil. Segundo ministério, o fato de gestantes não buscarem acompanhamento médico durante a gravidez e não realizarem exames pré-natal fazem com que desconheçam ter pressão alta, assim como os riscos que o mal pode trazer à mãe e o bebê. Enquanto a razão de mortalidade materna por aborto foi de três óbitos para cada 100 mil nascidos em 2010, quando se trata da hipertensão como causa de morte materna o número salta para 13 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos.
Grávida de cinco meses, Natália procurou a clínica para retirar o bebê. Após o procedimento, ela começou a passar mal e foi levada para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, zona oeste do Rio, onde ficou 12 dias internada.
Além de ter passado pelo procedimento cirúrgico para retirada do feto que já estava morto, a jovem precisou também retirar o útero. Natália, no entanto, não resistiu. O atestado de óbito fala em falência múltipla de órgãos provocada por uma infecção generalizada. (Fonte: R7)

Fonte: Da Redação (LH)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Estudo mostra que fetos bocejam dentro do útero da mãe


Ato não indica que o bebê em formação esteja com sono, diz autora.

Descoberta pode dar origem a novos exames de saúde do feto.

Imagem mostra claramente o bocejo de um feto (Foto: Reuters/Nadja Reissland/Divulgação)



Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (21) pela revista científica “PLoS One” revela que os fetos têm o hábito de bocejar. Estudos anteriores já mostravam outras práticas curiosas dos bebês dentro do útero, como soluçar, engolir e espreguiçar.
A equipe liderada por Nadja Reissland, da Universidade de Durham, na Inglaterra, filmou 15 fetos saudáveis em imagens 4D e analisou todas as vezes em que eles abriram a boca. Segundo os pesquisadores, foi possível distinguir claramente os bocejos de outras aberturas pela quantidade de tempo em que o bebê ficava com a boca aberta.
Embora a função do bocejo nos fetos ainda não esteja clara, os cientistas acreditam que haja alguma ligação com o desenvolvimento do bebê, já que ele boceja menos nos últimos três meses de gravidez. Isso poderia gerar, inclusive, uma nova maneira de examinar a saúde do feto.
“Ao contrário de nós, os fetos não bocejam contagiosamente, nem bocejam porque estão com sono”, afirmou Reissland. “Em vez disso, a frequência dos bocejos no útero pode estar ligada ao estágio da formação do cérebro no início da gestação”, completou.

Fonte: www.globo.com - G1 Saúde

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Brasil tem cerca de 530 mil pessoas infectadas com HIV


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Entre 490 mil e 530 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 135 mil não sabem que têm o vírus, de acordo com dados divulgados,  pelo Ministério da Saúde e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).

O levantamento mostra que a incidência da aids no país, em 2011, foi de 20,2 casos para cada 100 mil habitantes. No mesmo período, foram registrados 38,8 mil novos casos da doença – a maioria nos grandes centros urbanos.
Enquanto o Sudeste apresenta redução na taxa de incidência de 27,5, em 2002, para 21, em 2011, as regiões Sul, Norte e Nordeste registraram tendência de aumento de casos. No Centro-Oeste, a epidemia é considerada estável.
Segundo o balanço, o coeficiente nacional de mortalidade caiu de 6,3 mortes para cada 100 mil habitantes, em 2000, para 5,6, em 2011. Na última década, o país apresentou uma média de 11.300 mortes por ano provocadas pela aids.
Outro dado de destaque trata do acesso de gestantes ao teste rápido de diagnóstico durante o pré-natal. Em 2004, a cobertura era 63%, e passou para 84% no ano passado.
Atualmente, 217 mil brasileiros com o vírus HIV estão em tratamento. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, avaliou que o país registra forte adesão à terapia antirretroviral, pois mais de 70% dos pacientes apresentam carga viral indetectável após seis meses de tratamento.
Em 2006, 32% dos pacientes soropositivos chegavam ao serviço de saúde com contagem das células CD4 superior a 500 por milímetros cúbicos (mm³), indicativo de que o sistema imunológico ainda não está comprometido. Em 2010, o percentual subiu para 37%.
Ainda assim, a estimativa do governo brasileiro é que 30% dos infectados chegam ao serviço de saúde tardiamente. Por esta razão, a campanha deste ano pretende mobilizar estados, municípios e a sociedade civil, até o próximo dia 1º, para a testagem de HIV e também de sífilis e hepatites B e C.
Durante os próximos dez dias, as pessoas que desejarem saber se têm o vírus devem procurar as unidades da rede pública de saúde e os centros de Testagem e Aconselhamento.
A campanha visa a alertar a população em geral, mas com enfoque nos grupos em situação de maior vulnerabilidade, como homens que fazem sexo com homens, travestis e profissionais do sexo. O governo também quer incentivar os profissionais de saúde a recomendar o teste aos pacientes, independentemente de gênero, orientação sexual ou comportamento.
Fonte: Agência Brasil.

14 de novembro - DIA MUNDIAL DO DIABETES


No último dia 14 de novembro, como todo ano, é o dia Mundial do Diabetes, e a International Diabetes Federation (IDF) divulgou o vídeo oficial da campanha deste ano. O tema em 2012 é Diabetes: Proteja nosso futuro. O vídeo destaca a importância da educação em diabetes para evitar o aumento contínuo dessa doença, e assegurar um futuro mais saudável para todos.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Atendimento educacional durante a internação facilita volta da criança à escola, diz professora



Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – No Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), a parceria com a rede de ensino municipal completou um ano em agosto e permite que crianças e adolescentes internados no instituto tenham aulas diariamente. A média é dez crianças internadas, algumas há mais de um ano.
A professora municipal Karla Silva da Cunha Bastos, que trabalha com educação especial há nove anos e está no projeto do IFF desde o início da parceria com o governo municipal, acha que o atendimento pedagógico-educacional no hospital facilita a volta das crianças à escola sem prejuízo e ainda minimiza o isolamento social.
“A internação não atrapalha as aulas, e ainda ajudam na recuperação: a criança tem menos tempo de parar e sofrer, de se deprimir com o ambiente de quietude, injeção, enfermeira, remédio. Então é um momento mais lúdico”, observa a professora.
Aluno de Karla, Matheus Henrique da Silva Machado, de 12 anos, tem fibrose cística, doença genética que afeta uma em cada 10 mil crianças brasileiras e ataca os pulmões e o pâncreas.
“Gosto da aula aqui. É só para mim, não há milhões de alunos. Ela [a professora] pega no pé às vezes, mas eu gosto”, contou o menino que, após 29 dias internado, recebeu alta durante a entrevista.
Juliana Ramos da Silva, mãe de Mateus, notou que o filho avançou muito nas matérias escolares com a classe hospitalar.
“Meu filho passa mais tempo internado do que na escola. Quando ele volta para a escola já consegue acompanhar os amigos. Antes, quando ainda não tinha classe hospitalar, ele ficou internado uma vez, por três meses e, quando voltou ficou perdido e nem queria mais ir à aula”.
Rosângela Alvares dos Santos é mãe de Samuel, de um ano e seis meses, internado no IFF desde que nasceu com um problema respiratório crônico. “Depois que Karla chegou, ele se desenvolveu. Até mostrar a língua ele aprendeu com ela e já está comendo por conta própria. Acho interessante, pois é um estímulo diferente”.
Algumas doenças crônicas, como a fibrose cística, exigem cuidado especial para evitar infecções. São necessárias aulas individuais. Além de Karla, o instituto conta com uma professora no turno da tarde. As duas se desdobram para atender uma média de 30 alunos por mês, com idades e necessidades de aprendizado diferentes. “A gente faz das tripas coração, mas amo o que faço, dá muito prazer”.
Kátia Nunes, diretora do Instituto Municipal Helena Antipoff, responsável pela educação especial na cidade do Rio, explicou que não faltam professores interessados em trabalhar nos hospitais, mas que a especialização dessa mão de obra ainda é um desafio.
“Precisamos formar mais gente. Estamos investindo nessa formação. Se a criança está impedida de ir à escola, temos que levar a escola até eles. E constatamos, por meio de pesquisas, que a escola ajuda recuperação da saúde da criança hospitalizada”.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

HMMABH no Globo!!!


Hoje na Coluna do Ancelmo Gois, do Globo, saiu uma nota sobre a maternidade, mostrando o incentivo à humanização dos partos. Acesse o link e confira a matéria abaixo: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2012/11/16/a-coluna-de-hoje-475177.asp

A mãe do Chico
No país tido como campeão mundial de cesarianas, a Maternidade municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio, atingiu, em seis meses de funcionamento, a meta da OMS de ter mais de 90% dos partos normais.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

HMMABH no XIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar



No período de 7 a 10 de novembro de 2012, aconteceu, no Mendes Convention Center, Santos, São Paulo o “XIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar”.
As atividades do congresso foram classificadas de acordo com o nível de complexidade e divididas em seis áreas (temas clássicos, populações especiais, antibiótico e resistência, microbiologia, enfermagem e reflexiva).
No período de pré-congresso foram elaborados diversos cursos para qualificação dos profissionais de todo o país. Segundo a palestrante Christiane Pavanello, é importante criar um programa de gestão dos processos de trabalho com utilização de ferramentas a fim de garantir a qualidade na assistência. A elaboração de um planejamento estratégicos nos serviços de controle de infecção hospitalar para o acompanhamento e avaliação das atividades tem impacto significativo no atendimento das metas de redução de infeções relacionadas à assistência a saúde.
Além disso, outros temas como o Gerenciamento dos Resíduos de Saúde também foram abordados com a enfermeira Vania Golveia. As discussões foram pautadas nas legislações brasileiras vigentes e evidências científicas atuais sobre tratamento destes resíduos.
A presença de palestrantes internacionais como a Stephanie Dancer (Escócia) e Lisa Saiman (EUA) colocaram em pauta temáticas como “Limpeza Hospitalar: Mitos, Fatos e Novas Estratégias” e “Controle de Disseminação de Bactérias Multirresistentes”, respectivamente. Controle do Ar Hospitalar foi citado por Silvia Costa que abordou o uso de fluxo laminar em cirurgias ortopédicas e controle do ar em enfermarias com pacientes de transplante de medula óssea.
Nas mesas redondas foram colocados os seguintes temas sobre Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS) em populações especiais.  Os palestrantes apresentaram a experiência da implantação de bundle para redução de infecção de corrente sanguínea associada a cateter e para pneumonia associada à ventilação mecânica no controle e prevenção de IRAS em unidade neonatal e pediátrica.
Questionamentos como “O que há de novo em pesquisa sobre a ação de germicidas em microrganismos?” e “Como fica o processamento de artigos e superfícies diante destes agentes?” foram respondidas pelos palestrantes Rafael Queiroz de Souza (SP), Célia Romão (RJ), Kazuko Graziano (SP) e demonstraram novas classificações dos produtos para saúde como Russel (1999), CDC (2001) e McDonell (2007), além do Spaulding clássico.
No eixo destinado a enfermagem questões como o nível de qualidade de água para o controle de endotoxinas de acordo com a categoria de risco dos materiais, evidência científica de repercussão clínica envolvendo a presença de biofilmes e avaliação da presença de biofilmes nos produtos em uso na assistência sem ensaios destrutivos foram abordadas também como importantes áreas a serem exploradas.
As instituições de saúde devem ser entendidas como unidades complexas e requerem ações simples para redução de riscos e agravos à saúde. A articulação entre serviços que garantam a execução destas ações como gerencia de risco, gerencia de qualidade, serviço de controle de infecção e vigilância epidemiológica é extremamente fundamental a fim de que se construa a cultura de segurança do paciente nas unidades.
Diante disso, o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda, representado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar esteve no congresso a fim de se integrar nas discussões internacionais e nacionais acerca das temáticas e das novas práticas de segurança do paciente em prol das atividades na maternidade.

Nasceu o bebê 1000!!!!





Nasceu no último dia 01/11/2012 o bebê 1000 da Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda!!!!