Até o momento, 63,6% do público-alvo já foi vacinado. A meta, neste ano, é vacinar 90% desse público até o dia 26 de maio
Esta sexta-feira (26) é o último dia para o público-alvo se vacinar
contra a gripe. Desde o dia 17 de abril, a vacina está disponível nos
postos de saúde de todo o país. Balanço do Ministério da Saúde indica
que, até quarta-feira (24/05), foram vacinados 35,1 milhões de
brasileiros. Esse total considera todos os grupos com indicação para a
vacina, incluindo população privada de liberdade, funcionários do
sistema prisional e pessoas com comorbidades. A população prioritária
desta campanha, que não considera esses grupos, é de 54,2 milhões de
pessoas. Desse total, 63,6% foram vacinados.
A campanha termina
nesta sexta-feira (26) e a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é
vacinar 90% desse público. Para isso, a pasta adquiriu 60 milhões de
doses da vacina, garantindo estoque suficiente para a vacinação em todo o
país. A coordenadora Nacional do Programa Nacional de Imunizações do
Ministério da Saúde, Carla Domingues, alerta sobre a importância do
público-alvo se imunizar dentro do prazo de vacinação para evitar a
gripe e seus possíveis agravamentos. “É importante que a população da
campanha se vacine neste período para ficar protegida quando o inverno
chegar. A vacina demora 15 dias para fazer efeito no organismo, por isso
o Ministério da Saúde planeja a campanha antes do inverno, período de
maior circulação dos vírus da influenza”, destacou Carla Domingues.
Até o momento, nenhum grupo prioritário atingiu a meta de vacinação.
Entre os públicos-alvo, os idosos registraram a maior cobertura vacinal,
com 15,1 milhões de doses aplicadas, o que representa 72,4% deste
público, seguido pelas puérperas (71,2%) e indígenas (68,6%). Os grupos
que menos se vacinaram são as crianças (49,9%), gestantes (53,4%),
professores (60,2%) e trabalhadores de saúde (64,2%). Além do grupo
prioritário, também foram aplicadas 7,1 milhões de doses nos grupos de
pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores
do sistema prisional.
Os estados com a maior cobertura de
vacinação no país, até o momento, são: Amapá (85,7%), Paraná (78,1%),
Santa Catarina (77,7%), Rio Grande do Sul (74%), e Goiás (70,1%). Já os
estados com menor cobertura são: Roraima (47,9%), Rio de Janeiro (49%),
Pará (52,1%), Mato Grosso (55,8%), Rondônia (56,2%), Acre (56,4%) e Mato
Grsosso do Sul (57,1%). Entre as regiões do país, o Sul apresenta maio
cobertura vacinal, com 76,3%, seguida pelas regiões Centro-Oeste
(63,7%), Nordeste (62,3%); Sudeste (61,2%) e Norte (58,2%).
A
vacina contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para
crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou
mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até
45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do
sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não
transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos
professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de
doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências
específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação.
Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do
Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão
registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição
médica. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada
por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das
infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da
gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de
doenças respiratórias.
SEGURANÇA - A vacina
disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três
subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1;
A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é
considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e
casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir
entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a
75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o
organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os
anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é
realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior
circulação da gripe vai do final de maio até agosto.
PREVENÇÃO - A
transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com
secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao
falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos
contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de
cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como:
lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e
espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal;
além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante
lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da
gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às
complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da
gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de
cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser
identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de
sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
Estado
|
Vacinação contra a gripe – até 22 de maio
|
População prioritária
|
Doses aplicadas
|
Cobertura vacinal (%)
|
RO
|
323.699
|
181.877
|
56,19
|
AC
|
189.009
|
106.555
|
56,38
|
AM
|
931.235
|
598.712
|
64,29
|
RR
|
166.021
|
79.546
|
47,91
|
PA
|
1.603.345
|
834.996
|
52,08
|
AP
|
154.717
|
132.676
|
85,75
|
TO
|
318.655
|
210.109
|
65,94
|
NORTE
|
3.686.681
|
2.144.471
|
58,17
|
MA
|
1.513.274
|
936.500
|
61,89
|
PI
|
699.689
|
418.423
|
59,80
|
CE
|
1.891.257
|
1.114.623
|
58,94
|
RN
|
719.521
|
466.880
|
64,89
|
PB
|
924.549
|
602.529
|
65,17
|
PE
|
2.000.443
|
1.356.067
|
67,79
|
AL
|
684.523
|
432.028
|
63,11
|
SE
|
438.746
|
265.696
|
60,56
|
BA
|
3.081.076
|
1.854.510
|
60,19
|
NORDESTE
|
11.953.078
|
7.447.256
|
62,30
|
MG
|
4.435.788
|
3.093.841
|
69,75
|
ES
|
800.243
|
545.438
|
68,16
|
RJ
|
3.829.644
|
1.878.132
|
49,04
|
SP
|
9.680.208
|
5.931.674
|
61,28
|
SUDESTE
|
18.745.883
|
11.449.085
|
61,08
|
PR
|
2.383.966
|
1.862.748
|
78,14
|
SC
|
1.371.033
|
1.065.338
|
77,70
|
RS
|
2.665.223
|
1.972.171
|
74,00
|
SUL
|
6.420.222
|
4.900.257
|
76,33
|
MS
|
635.704
|
362.875
|
57,08
|
MT
|
678.429
|
378.611
|
55,81
|
GO
|
1.301.156
|
921.870
|
70,85
|
DF
|
551.856
|
353.959
|
64,14
|
CENTRO-OESTE
|
3.167.145
|
2.017.315
|
63,70
|
TOTAL
|
43.973.009
|
27.958.384
|
63,58
|
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580 / 2745 / 2351