sexta-feira, 27 de maio de 2016

Vacinação durante a gravidez: proteção para a mãe e para o bebê

Logo após a confirmação da gravidez, a gestante deve procurar uma unidade básica de saúde para iniciar o pré-natal. O acompanhamento permite identificar e reduzir muitos problemas de saúde que podem acometer a saúde da mãe e da criança. Possíveis doenças e disfunções podem ser detectadas e tratadas precocemente.
A vacinação é parte fundamental deste cuidado. A imunização durante a gestação protege não somente mãe, mas também o bebê. A gravidez e a amamentação ajuda proteger a criança até ela poder começar a vacinação infantil.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde recomenda quatro vacinas neste período: a influenza; hepatite B; dupla adulto (difteria e tétano - dT); e a difteria, tétano e coqueluche (dTpa).
A bióloga Talytha Dias, de 29 anos, está grávida de 12 semanas de seu primeiro. “Descobri que estava grávida com cinco semanas e logo comecei o acompanhamento. Acho fundamental o cuidado, tanto com as consultas como com a vacinação, que faz com que a mãe se sinta mais segura em relação ao bem estar e saúde do bebê”, conta.
O esquema da vacinação depende do histórico de cada mulher e deve ser avaliado pelo profissional de saúde responsável pelo acompanhamento da gestação. A vacina de influenza, por exemplo, é aplicada durante a campanha nacional em qualquer momento da gravidez. A medicação contra hepatite B é aplicada em três doses após o primeiro trimestre. A dT também é administrada em três doses, com o intervalo de 60 dias entre elas. Já a dTpa é aplicada as 27ª e a 36ª semanas de gestação.
A vacina de difteria, tétano e coqueluche (dTpa) foi incorporada ao calendário de vacinação em 2014 e é fundamental para a redução da mortalidade dos recém-nascidos. Hoje, a coqueluche é um problema de saúde pública no mundo, devido ao seu aumento de casos nos últimos anos. No Brasil, 87% dos casos de coqueluche se concentram em crianças menores de seis meses. Isso acontece porque elas ainda não estão protegidas contra a doença, sendo mais suscetíveis. Dessa forma, as mães passam proteção aos seus bebês até que eles consigam cumprir o calendário completo de vacinação.
É claro que a vacinação não é o único ponto para a prevenção durante a gravidez. Além do acompanhamento médico, é fundamental que a futura mamãe cuide da alimentação e faça exercícios físicos para uma gestação tranquila e um bebê saudável.
PNI - O Programa Nacional de Imunizações do Brasil é uma referência internacional de política pública de saúde. O país já erradicou, por meio da vacinação, doenças de alcance mundial como a varíola e a poliomielite (paralisia infantil). A população brasileira tem acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Brasil conta atualmente com mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo território nacional, que aplicam por ano 300 mil imunobiológicos. Entre eles estão 27 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas, todos distribuídos gratuitamente com materiais seguros e de qualidade. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde
Foto: Image Point Fr/ Shutterstock

terça-feira, 17 de maio de 2016

ÚLTIMOS DIAS: Saiba por que as gestantes não devem deixar de se vacinar contra a gripe

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O balanço do Ministério da Saúde mostra que, até o dia 16 de maio, um milhão de gestantes foram imunizadas contra o vírus influenza. Esse número corresponde a 56 por cento, ou seja, pouco mais da metade do esperado. Esta é a menor cobertura entre os grupos prioritários. O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, reforça que a vacina é absolutamente segura para as gestantes e essencial para garantir a proteção à mãe e ao bebê.
“Alertamos as gestantes: se você não ama a você, ame principalmente a vida que traz no seu ventre, vacine-se e garanta a imunidade daquele que sozinho não consegue ainda ter vontade própria e depende de você”, Secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.
Até o dia 16 de maio, mais de 35 milhões de pessoas já foram vacinadas contra a gripe em todo o país. O número representa 71 por cento do público-alvo que, além das gestantes, é composto também por mães no pós-parto, crianças de seis meses a menores de cinco anos, doentes crônicos, pessoas com deficiências, idosos e trabalhadores da saúde. Todos os estados já contam com 100% das doses da vacina, como explica o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.
“Nós temos vacina suficiente para todo o público-alvo e até o dia 20, alcançaremos as nossas metas. Para esta população, que na nossa estimativa chega a 49 milhões de pessoas, enviamos 54 milhões de doses a todos os estados”.
Os estados do Paraná, São Paulo, Amapá, Espírito Santo e o Distrito Federal já bateram a meta de vacinação do público-alvo. A campanha de vacinação contra a gripe acontece até a próxima sexta-feira, dia 20 de maio.
Reportagem: Anderson Andrade - Blog da Saúde

terça-feira, 3 de maio de 2016

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE: Entenda se você faz parte do grupo prioritário

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A definição de quem vai ser vacinado prioritariamente numa campanha no Brasil é uma decisão respaldada em bases técnicas, científicas, conhecimentos sobre a transmissão da doença em cada região e faixa etária, assim como os riscos que essa população pode correr caso não seja imunizada. A análise leva em conta todos as estados e o Distrito Federal, regiões onde grupos podem ser mais afetados, frequência e proporção de casos, mortalidade, gravidade dos casos, entre outros aspectos.
Do resultado dessa análise, de 30 de abril a 20 de maio, o Brasil está voltado à vacinação contra a influenza. A infecção  que é também conhecida como gripe é responsável por um grande número de internações hospitalares no país. Com a vacinação, espera-se que o mínimo de pessoas possíveis contraiam a infecção, diminuindo também seus desfechos mais graves que podem levar até a morte.  
Confira aqui se você se encaixa no grupo prioritário que pode ser vacinado:
Crianças de 6 meses a menores de 5 anos – Todas as outras que ainda não completaram os 5 anos, que tiverem de seis meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias, poderão ser levadas a Unidade de Saúde para tomar a dose. As crianças que já tiverem completado 5 anos não poderão tomar a vacina na rede pública.
Crianças que vão tomar a vacina pela primeira vez esse ano, devem tomar uma dose de reforço 30 dias após receberem a primeira dose.
Gestantes - A vacinação das grávidas poderá ser feita em  qualquer idade gestacional, ou seja, desde a descoberta da gestação até as 40 semanas.
Puérperas -  Até 45 dias após o parto, as mães poderão tomar a vacina da influenza, sem a necessidade de aguardar qualquer intervalo após o parto.
Trabalhador de saúde - A vacina está indicada para todos os trabalhadores de saúde da rede pública ou privada: médicos, enfermeiros, funcionários de outros serviços administrativos ou gerais das Unidades de Saúde. Os estudantes de qualquer área da saúde só poderão se vacinar se estiverem atuando nos serviços de saúde (estagiários, por exemplo).
Povos indígenas – Indígenas em qualquer faixa etária e que residam no país.
Indivíduos com 60 anos ou mais de idade -  Completou 60 anos, pode procurar a Unidade de Saúde.
População privada de liberdade – Nesse grupo estão todas as pessoas que estejam cumprindo pena no sistema prisional brasileiro.  Estão incluídos nesse grupo também os adolescentes e jovens, de 12 a 21 anos de idade, sob medidas socioeducativas.
Funcionários do sistema prisional – Todas as pessoas envolvidas no funcionamento do sistema prisional brasileiro, incluindo guardas,  seguranças e cargos administrativos em presídios.
Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou Pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais – Todas as pessoas que se encontrarem nesse grupo deverão levar a Unidade de Saúde uma prescrição médica solicitando a vacinação contra a influenza. O documento precisa vir com justificativa e deve estar assinado por um médico.
Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir aos postos que estão cadastrados para receberem a vacina. Pacientes que são atendidos na rede privada ou conveniada também devem buscar a prescrição médica com antecedência, junto ao seu médico assistente, devendo apresentá-la nos postos de vacinação durante a realização da campanha de vacinação de 2016.
Segue a lista de doenças que fazem parte do grupo de doenças crônicas não transmissíveis e condições clínicas especiais:
Categoria de risco clínico
Indicações
Doença respiratória crônica
Asma em uso de medicamentos (corticóides inalatório ou sistêmico)
Doença pulmonar obstrutiva crônica;
Bronquioectasia;
Fibrose Cística;
Doenças Intersticiais do pulmão;
Displasia broncopulmonar;
Hipertensão arterial Pulmonar;
Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doença cardíaca crônica
Doença cardíaca congênita;
Hipertensão arterial sistêmica;
Doença cardíaca isquêmica;
Insuficiência cardíaca.
Doença renal crônica
Doença renal nos estágios 3,4 e 5;
Síndrome nefrótica;
Paciente em diálise.
Doença hepática crônica
Atresia biliar;
Hepatites crônicas;
Cirrose.
Doença neurológica crônica
Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica;
Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares;
Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Deficiência neurológica grave.
Diabetes
Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
Imunossupressão
Imunodeficiência congênita ou adquirida
Imunossupressão por doenças ou medicamentos
Obesos
Obesidade grau III.
Transplantados
Órgãos sólidos; Medula óssea.
Portadores de trissomias
Sídrome de Down, Sídrome de Klinefelter, Síndrome de Wakany, dentre outras trissomias.
    Fonte: Informe Técnico Campanha Nacional contra a Influenza. Ministério da Saúde, 2016.

Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/entenda-o-sus/50930-vacinacao-contra-a-gripe-entenda-se-voce-faz-parte-do-grupo-prioritariohtml.html