terça-feira, 29 de março de 2016

Ministério da Saúde divulga cronograma de envio da vacina contra gripe

Nas três primeiras remessas (1º a 15 de abril), os estados receberão 25,6 milhões de doses, que corresponde a 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano. Desse montante, serão entregues 5,7 milhões de doses para São Paulo.
A partir do recebimento das vacinas, os estados podem definir estratégias de contenção, conforme suas análises de risco, para a vacinação da população-alvo, observando a reserva adequada do produto para a campanha nacional. A Campanha acontece em todo o país do dia 30 de abril a 20 de maio, sendo o dia 30 de mobilização em todo o país. Portanto, a campanha será mantida para esse período, quando os estoques estarão abastecidos para a realização da estratégia nacional.
O cronograma de distribuição aos estados é elaborado de acordo com a entrega da vacina pelo laboratório produtor. As vacinas serão enviadas em seis remessas.
Total de doses enviadas nas três primeiras entregas (1º a 15 de abril)
REGIÃODOSES ENVIADAS
Norte4.174.000
Nordeste6.028.965
Sudeste9.987.620
Centro-Oeste1.828.900
Sul3.535.280

PREVENÇÃO - o Ministério da Saúde reforça que, além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por influenza. Medidas de higiene, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, são algumas destas medidas.
MEDICAMENTO - Cabe ressaltar que todos os estados estão abastecidos com o Fosfato de Oseltamivir, medicamento para tratar a doença, que devem disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. É importante que o medicamento seja administrado nas 48 horas do início dos sintomas.
VACINAÇÃO – A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza tem como objetivo reduzir as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus na população alvo da campanha, como gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, as quais têm mais risco de adoecer.
No ano passado, a Campanha imunizou 84,3% do público-alvo, ultrapassando a meta de vacinar 80% do público alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Incidência da tuberculose cai 20,2% no Brasil em uma década


Nos últimos 10 anos, a incidência de casos de tuberculose no Brasil reduziu 20,2%, passando de 38,7 casos/100 mil habitantes em 2006 para 30,9 casos/100 mil habitantes em 2015. Já a taxa de mortalidade passou de 2,2 óbitos para cada 100 mil habitantes, em 2014, contra 2,6 registrados em 2004.

Os dados constam novo boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (24), Dia Mundial de Combate à Tuberculose. O Brasil conseguiu atingir as metas dos Objetivos do Milênio (ODM) de combate à tuberculose com três anos de antecedência e, no ano passado, aderiu ao compromisso global de redução de 95% dos óbitos e 90% do coeficiente de incidência da doença até 2035. 

Em relação ao número de casos novos, a redução nos últimos 10 anos foi de 12,5%. Em 2015, foram notificados 63.189 casos em todo o país, contra 72.213 em 2006. A tuberculose tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, o tratamento, que tem a duração mínima de seis meses e deve ser realizado sem interrupção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, existam no mundo nove milhões de casos novos da doença.

O principal sintoma da tuberculose é a tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro. Qualquer pessoa com esse sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. São mais vulneráveis à doença as populações indígenas, presidiários, moradores de rua - estes devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida -; além das pessoas vivendo com o HIV. Dentre as pessoas com diagnóstico confirmado de tuberculose, 9,7% apresentaram com infecção por HIV em 2015.

CAMPANHA – O Ministério da Saúde vai veicular novamente a campanha protagonizada pelo jogador Thiago Silva, de conscientização sobre a importância do diagnóstico e do tratamento contra tuberculose. A campanha, que tem como mote “testar, tratar e vencer”, será veiculada durante duas semanas nas rádios, TVs, redes sociais, além de outdoor social e outros meios de divulgação. O zagueiro foi diagnosticado com a doença em 2005, quando jogava em um time russo. Ele retornou ao Brasil, onde recebeu tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi curado e seguiu a carreira de jogador.

A falta de informação pode ser um obstáculo ao diagnóstico e ao tratamento. Por isso, as peças da campanha alertam que pessoas com tosse por mais de três semanas - principal sintoma da doença – devem procurar um serviço de saúde. O objetivo da campanha é levar mais informação às pessoas, reduzindo o preconceito sobre a doença. A campanha terá duração de duas semanas e será veiculada nas rádios, TVs, redes sociais, além de outdoor social e outros meios de divulgação.

TESTE RÁPIDO – Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no país uma rede de diagnóstico da doença, denominada Rede de Teste Rápido para Tuberculose (RTR-TB), utilizando a técnica de biologia molecular PCR em tempo real. Denominado “Gene Xpert”, o teste detecta a presença do bacilo causador da doença em duas horas e identifica se há resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento.

Foram distribuídos 160 equipamentos para laboratórios de 92 municípios, em todas as unidades da federação. Os municípios escolhidos notificam, anualmente, cerca de 60% dos casos novos de tuberculose diagnosticados no país.

O investimento do Ministério da Saúde para estas ações foi de cerca de R$ 10 milhões e, para monitorar a implantação desta rede, mensurar a realização dos testes e auxiliar a vigilância epidemiológica da doença, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose publicou, em dezembro de 2015, um relatório em que estão descritas as principais atividades desenvolvidas pelos Programas de Controle da Tuberculose (nacional, estadual e municipal), laboratórios municipais e centrais no primeiro ano de implantação da RTR-TB, os avanços e os desafios, além do monitoramento da produção do período. 

Para 2016, está prevista a aquisição de 70 novos equipamentos, com capacidade para realizar, inicialmente, 250 mil testes. Os diagnósticos serão distribuídos de acordo com critérios técnicos e operacionais, para municípios brasileiros. Com a medida, o percentual de diagnóstico da doença será ampliado para cerca de 75% de cobertura de casos novos.  

Por Camila Bogaz, da Agência Saúde 
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sexta-feira, 18 de março de 2016

Microcefalia: 4.268 casos suspeitos continuam em investigação

Um em cada cinco 

brasileiros buscou medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular

Já foram investigados e classificados 2.212 casos, sendo 863 confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central. Outros 1.349 casos foram descartados 

O Ministério da Saúde e os estados investigam 4.268 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Isso representa 65,9% dos casos notificados. O novo informe divulgado nesta quarta-feira (16) aponta, também, que 2.212 casos foram investigados e classificados, sendo 1.349 descartados e 863 confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. 

Os dados apresentados no informe seguem a Convenção Internacional para Distribuição dos dados epidemiológicos por Semana Epidemiológica, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são contadas de domingo a sábado. Ao todo, 6.480 casos suspeitos de microcefalia foram notificados desde o início das investigações no dia 22 de outubro do ano passado e registrados até 12 de março. Esse número reúne tanto as notificações que preenchiam as definições dos protocolos anteriores, como as notificações com os novos parâmetros adotados desde o dia 9 de março, que definiu o perímetro cefálico igual ou inferior a 31,9 cm para meninos e, para menina, igual ou inferior a 31,5 cm, para identificar casos suspeitos de bebês com microcefalia. 

Os 863 casos confirmados ocorreram em 327 municípios, localizados em 19 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Já os 1.349 casos foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.

Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

A região Nordeste concentra 79,5% dos casos notificados, sendo que Pernambuco continua com o maior número de casos que permanecem em investigação (1.226), seguido dos estados da Bahia (622), Paraíba (419), Rio de Janeiro (296), Rio Grande do Norte (277), Ceará (263), Maranhão (149), São Paulo (149),Tocantins (111), Mato Grosso(107) e Alagoas (104). 

Ao todo, foram notificados 182 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 40 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 124 continuam em investigação e 18 já foram descartados.

Do total de casos de microcefalia confirmados, 97 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus Zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de microcefalia.

Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 23 unidades da federação: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.


Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 12 de março de 2016


Regiões e Unidades Federadas
Casos  de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados
Descartados
Brasil
4.268
863
1.349
6.480
Alagoas
104
35
99
238
Bahia
622
200
120
942
Ceará
263
49
83
395
Maranhão
149
43
27
219
Paraíba
419
87
331
837
Pernambuco
1.226
256
297
1.779
Piauí
62
56
27
145
Rio Grande do Norte
277
81
35
393
Sergipe
162
26
13
201
Região Nordeste
3.284
833
1.032
5.149
Espírito Santo
84
3
9
96
Minas Gerais
28
1
44
73
Rio de Janeiro
296
7
16
319
São Paulo
149
0
55
204
Região Sudeste
557
11
124
692
Acre
27
0
0
27
Amapá
Sem registro
Sem registro
Sem registro
Sem registro
Amazonas
9
0
1
10
Pará
19
1
0
20
Rondônia
4
3
4
11
Roraima
15
0
0
15
Tocantins
111
0
17
128
Região Norte
185
4
22
211
Distrito Federal
10
2
25
37
Goiás
90
7
20
117
Mato Grosso
107
3
68
178
Mato Grosso do Sul
3
2
11
16
Região Centro-Oeste
210
14
124
348
Paraná
5
0
22
27
Santa Catarina
1
0
1
2
Rio Grande do Sul
26
1
24
51
Região Sul
32
1
47
80

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sexta-feira, 11 de março de 2016

Fiocruz desenvolve método que impede Aedes aegypti de transmitir vírus


42880054-7cf0-4058-a16a-636e2b583cc6Trazido ao País pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o projeto de pesquisa ‘Eliminar a Dengue: Desafio Brasil’ é parte de uma iniciativa científica internacional pioneira que estuda o uso da bactéria Wolbachia como uma alternativa natural, segura e autossustentável para o controle da dengue.Quando inserida no mosquito Aedes aegypti, a bactéria é capaz de reduzir a transmissão dos vírus dengue e chikungunya. Recentemente, também foi demonstrado que a Wolbachia pode fazer o mesmo em relação ao vírus zika.
Durante sua visita nesta quinta (10) à Fiocruz (Instituto Bio-Manguinhos), no Rio de Janeiro (RJ), a presidenta Dilma Rousseff acompanhou de perto a atual fase de desenvolvimento do projeto. O projeto faz parte do programa internacional ‘Eliminar a Dengue: Nosso Desafio’, que também realiza estudos na Austrália, Vietnã, Indonésia e Colômbia. No Brasil, os bairros de Tubiacanga, na Ilha do Governador, na cidade do Rio de Janeiro, e de Jurujuba, em Niterói, que participam do projeto.
Há ainda o projeto Unidades Disseminadoras, que funciona como uma armadilha com inseticida. Ao passar por ela, a fêmea do mosquito fica impregnada com a substância e a leva até o criadouro. Assim dissemina a ação inseticida e elimina as larvas até mesmo em focos não identificados pela população e pelos agentes de saúde.
Veja no vídeo abaixo como o método funciona:
Mais da metade dos insetos do mundo possuem a bactéria Wolbachia. Depois de milhares de tentativas, a equipe do Programa ‘Eliminar a Dengue’, na Austrália, conseguiu introduzir a Wolbachia dentro do ovo do Aedes aegypti, através de microinjeções e sem o uso de qualquer tipo de modificação genética.
A bactéria é passada naturalmente da mãe para os filhotes. “Este é um diferencial do projeto, pois garante a sua autossustentabilidade sem a necessidade de liberações frequentes de Aedes aegypti com Wolbachia”, afirma pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, coordenador do projeto no Brasil.
Na atual etapa do projeto, os pesquisadores avaliam a liberação de mosquitos adultos e a liberação de ovos – neste caso, é usado o Dispositivo de Liberação de Ovos (DLO), um recipiente plástico com tampa e pequenos furos nas laterais. Os DLOs são hospedados na residência de moradores que colaboram com a iniciativa – os chamados ‘anfitriões’ do projeto.
No interior do recipiente há ovos de Aedes aegypti com Wolbachia, água e alimento para as larvas que vão nascer. Cerca de sete a dez dias depois da instalação do DLO, os ovos darão origem aos mosquitos adultos, que voarão gradativamente para fora do recipiente por meio dos furos.
“Estamos em busca de metodologias de liberação dos mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia que sejam ao mesmo tempo mais eficazes e mais baratas. Devido à facilidade logística e ao menor custo, o DLO permite que áreas maiores sejam trabalhadas, possibilitando, no futuro, a ampliação da área de atuação do projeto”, explica o coordenador do projeto.
Fonte: Blog do Planalto, com informações da Fiocruz

terça-feira, 1 de março de 2016

Rio inicia campanha de vacinação contra o HPV


Hoje, terça-feira, dia 1° de março, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) dá início ao mês de Campanha de Vacinação contra o HPV. Meninas de 9 a 13 anos poderão receber a primeira dose da vacina, usada na prevenção do câncer de colo do útero, nas unidades de Aten- ção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) e nas escolas municipais do município do Rio. A novidade da campanha em 2016 é o novo esquema vacinal adotado pelo Ministério da Saúde, composto por duas doses da mesma vacina quadrivalente, sendo a segunda seis meses depois da primeira. Até o ano passado, para estar totalmente protegida eram necessárias três doses. A vacinação, que acontece durante todo ano, terá o mês de março para reforçar a importância da imunização contra o HPV entre as crianças e adolescentes. A vacina estará disponível para as meninas de 9 a 13 anos de idade que não foram vacinadas em 2015 e poderão receber a primeira dose. As meninas que tomaram apenas uma dose também devem ir aos postos para tomar a segunda dose do imunizante, conforme caderneta ou comprovante de vacinação. A vacinação nas escolas será realizada por equipes da SMS, de acordo com planejamento conjunto com a Secretaria Municipal de Educação e as instituições de ensino. O objetivo é tornar essa geração de mulheres praticamente livre do risco de morrer de câncer de colo de útero. A vacina aplicada - a quadrivalente, previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero. O imunobiológico para prevenção da doença é seguro e tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não tiveram nenhum contato com o vírus. É destinado exclusivamente à utilização preventiva, não tendo efeito demonstrado nas infecções pré-existentes. A vacina também estará disponíveis para adolescentes e mulheres HIV positivas de 14 a 26 anos de idade, mediante apresentação de declaração feita por seu médico.