sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Neste Carnaval, deixe a camisinha entrar na festa


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No ritmo da bateria e na quadra da Mangueira, tradicional escola de samba carioca, foi lançada a campanha de Carnaval do Ministério da Saúde. O protagonista da campanha é o preservativo, como a principal forma de prevenção no combate a aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.
O personagem principal da campanha, que será veiculada até 6 de fevereiro, é o Homem Camisinha. Um ator vestido com uma fantasia que simula a embalagem de preservativo roxa, igual à distribuída gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Tanto no filme veiculado na televisão, como as ações que acontecerão em diversas festas em todo o país, o “Camisinha Men” vai ajudar seus amigos em situações icônicas de carnaval, como ser convidado para uma festa e apresentar uma paquera, além de ressaltar a importância de fazer sexo seguro.
A atriz Mariana Oliveira, que interpreta Vera em Malhação, participou do lançamento da campanha reforça a importância da prevenção principalmente para os mais novos. “A camisinha realmente precisa entrar na festa. Principalmente entre os mais jovens, que são tão antenados com os assuntos, e não podem esquecer do preservativo”.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Saúde encomendará 500 mil testes para zika, chikungunya e dengue

Kits serão produzidos pela Fiocruz e permitirá acelerar os resultados e reduzir o custo dos exames para diagnóstico das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti
O Ministério da Saúde vai adquirir 500 mil testes nacionais de biologia molecular para a realização de diagnóstico de zika, chikungunya e dengue até o final deste ano. O anúncio foi realizado pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, neste sábado (16), no Rio de Janeiro (RJ), durante a visita às instalações dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A nova tecnologia permitirá o diagnóstico simultâneo para os casos suspeitos das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti durante a manifestação dos sintomas clínicos destas infecções.
“O teste é fundamental do ponto de vista de estratégia de saúde pública, com uma vantagem extraordinária ao realizar o diagnóstico simultâneo em vez de fazer três testes separadamente, além de diminuir os custos com a implementação da tecnologia brasileira para o desenvolvimento do teste”, ressaltou o ministro durante o anúncio.
A previsão é que as primeiras 50 mil unidades do  teste comecem a ser produzidas pela Fiocruz a partir de fevereiro. Atualmente, o diagnóstico do vírus Zika é realizado com uso da técnica de RT-PCR em Tempo Real, que identifica a presença do material genético do vírus na amostra. São usados reagentes importados e, para descartar a presença dos vírus dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente.
Chamado de Kit NAT Discriminatório para Dengue, Zika e Chikungunya, o novo teste permite realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus, evitando a necessidade de três testes separados. O procedimento oferece uma mistura pronta de reagentes, acelerando a análise das amostras e a liberação dos resultados.
A novidade garantirá maior agilidade para o diagnóstico realizado na rede de laboratórios do Ministério da Saúde, além de reduzir os custos e permitir a substituição de insumos estrangeiros por um produto nacional. A produção e nacionalização dos kits poderá representar uma economia de mais de 50% aos cofres públicos, pois atualmente os insumos são obtidos de fornecedores internacionais. A estimativa de custo para realização do diagnóstico é de U$20 por teste.
Os testes serão distribuídos aos Laboratórios Nacionais de Saúde Pública (LACENs). Além do fornecimento de insumos, o acordo prevê também o treinamento e a assistência técnica permanente, garantindo as condições necessárias para a execução das diferentes etapas do teste molecular.
LABORATÓRIOS – O Ministério de Saúde conta com uma rede de 22 LACENs: AC, AL, AP, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MS, MG, PA, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, SC, SP e SE. Nos próximos meses, a tecnologia será transferida para os outros laboratórios, somando as 27 unidades equipadas para a realização da técnica de biologia molecular para qualquer agravo.
O repasse da tecnologia está sendo feito pelos laboratórios sentinelas de referência da Fiocruz, localizados no Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Pará (Instituto Evandro Chagas) e São Paulo (Instituto Adolfo Lutz).

Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pesquisa com células-tronco e animais busca entender o vírus zika

Pesquisadores estão usando células-tronco e animais, como camundongos e macacos, para tentar entender como o vírus zika afeta as células nervosas do cérebro humano. Os experimentos estão sendo feitos por uma rede de estudiosos, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A coordenação é do professor Paolo Marinho de Andrade Zanotto, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP). “Tentamos entender o que está acontecendo no cérebro. Estamos usando modelos com camundongos e um modelo humano de microencéfalo, que são células-tronco modificadas, reprogramadas em laboratório, em uma condição na qual elas se desenvolvem tridimensionalmente em uma estrutura parecida com um microencéfalo”, disse o professor.
As estruturas feitas a partir das células-tronco são infectadas pelo vírus zika e, então, analisadas. Nos experimentos também estão sendo infectadas células de origem nervosa de insetos e de macacos. “Estamos começando a analisar o que que o vírus faz”, disse. Outro importante objetivo do grupo é desenvolver um teste rápido para a identificação da doença.
Dados do Ministério da Saúde mostram que já foram notificados 3.174 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus zika em recém-nascidos no País. Pela primeira vez, está sendo investigado um caso no Estado do Amazonas.
As notificações estão distribuídas em 684 municípios de 21 unidades da federação. Também estão em investigação 38 óbitos de bebês com microcefalia, possivelmente relacionados ao vírus zika.
Apoio - O grupo de pesquisadores brasileiros recebeu, nesta semana, o auxílio de estudiosos do Instituto Pasteur, de Dakar, no Senegal, que também desenvolvem testes rápidos para a detecção do zika. “Eles têm alguns testes que estão, inclusive, bem desenvolvidos. O problema é que, mesmo os testes que eles trouxeram para cá e que estamos usando, só podem ser usados em um contexto de pesquisa. Não existe produção suficiente para se disponibilizar os testes para a população, em geral.”
Segundo Zanotto, depois que os testes rápidos forem validados em laboratório, serão disponibilizados para o Instituto Butantan, que os desenvolverá em grande escala. “É importante fazer primeiro a validação em laboratório e depois passar a tecnologia para o Butantan. Aí eles fazem o que se chama scale up [aumento de escala]. Durante a pesquisa básica, a gente não está em ponto de fazer isso ainda.”
Em dezembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta reconhecendo a relação entre o aumento dos casos do vírus e o crescimento dos casos de microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré no Brasil.
Zanotto explicou que o Zika é um agente que infecta principalmente animais, como macacos e mosquitos, mas pode ser transmitido para humanos. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações desmente boatos

boatos blog
Informações errôneas de todos os tipos circulam na internet. Por isso, antes de compartilhá-los é preciso atestar as informações e confirmar se a fonte de origem é segura. Para desmentir alguns dos boatos associados aos casos de microcefalia associados ao vírus Zika, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, responde a alguns comentários deixados na página do Ministério da Saúde no Facebook.
Lembre-se: Compartilhe informações de fontes seguras!
BOATO: Muitas doenças começaram a surgir depois das múltiplas vacinas
RESPOSTA: “O Programa Nacional de Imunizações é um programa reconhecido nacional e internacionalmente por mostrar não só a segurança das vacinas ofertadas pelo SUS, além dos resultados alcançados. Nós eliminamos a poliomielite e a rubéola do país, graças às vacinas ofertadas, todas com segurança e eficácia comprovada. As vacinas ofertadas, não só pelo PNI, como pela rede particular, passam por um rigoroso processo de controle de qualidade. Desde as fábricas, no processo produtivo, até quando as vacinas são entregues ao Ministério da Saúde. Cada lote, antes de ser distribuído pela população, é ainda reatestado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS) que é um órgão independente que valida a segurança demonstrada pelos laboratórios”, explica a coordenadora.

BOATO: Distribuição de vacinas vencidas
RESPOSTA: “Isso não procede. Todas as vacinas vencidas são descartadas por ordem do Ministério da Saúde e da Anvisa. Portanto, utilizar uma vacina vencida é um crime contra saúde pública. O PNI, por sua história de sucesso, garante a qualidade e jamais usaria vacinas vencidas. Isso, ao invés de resolver os problemas de saúde, criaria outros”, disse Carla Rodrigues.
BOATO: A microcefalia aconteceu porque as grávidas tomaram a vacina da rubéola
RESPOSTA: “Isso é uma notícia falsa que circula na internet e que ao invés de esclarecer a população, causa ainda mais desinformação. A vacina de rubéola nunca foi aplicada em gestantes. Se for procurado nos manuais e relatórios no Ministério da Saúde, encontra-se que esta vacina é contraindicada. E o Brasil desde 2009 eliminou a rubéola do país. Por isso, não há necessidade de uma campanha de vacinação fora do calendário normal. E não só a vacina de rubéola, mas qualquer uma com vírus atenuado (enfraquecido), não é indicada para grávidas, que só tomam vacina com vírus inativados (mortos). O Ministério da Saúde só recomenda imunização em gestantes com substâncias que os estudos comprovam a seguranças da mãe e do feto. Mesmo que a mulher não tenha tomado a vacina de rubéola antes de engravidar, ela deverá tomar no puerpério, após o nascimento da criança. E se ela foi imunizada pouco antes de engravidar ou se não sabia que estava grávida, não existe problema. Não foram comprovadas associação de defeito congênito no feto. O Ministério da Saúde sempre trabalha com cautela, por isso ela não é aplicada nas grávidas”, disse a coordenadora.
PNI - O Brasil conta atualmente com mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo território nacional, que aplicam por ano 300 mil imunobiológicos. Entre eles estão 27 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas, todos distribuídos gratuitamente com materiais seguros e de qualidade. Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Fonte: Gabriela Rocha/ Blog da Saúde