terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Nota sobre o registro da primeira vacina

- O governo federal estabeleceu prioridade na análise e pesquisa de novas tecnologias relacionadas ao combate do mosquito Aedes Aegypti e às doenças transmitidas por ele no Brasil – dengue, zika e chikungunya;

- Nesta segunda-feira (28), uma nova etapa dessa busca foi consolidada. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou o registro da vacina contra dengue do laboratório Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda (Dengvaxia - vacina dengue 1, 2, 3 e 4 - recombinante, atenuada). Vale destacar que o produto não protege contra os vírus Chikungunya e Zika;

- A comercialização ainda depende da definição de preço da vacina, tema que será analisado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão interministerial responsável pela definição de preços de medicamentos;

- A decisão de incorporação no SUS (Sistema Único de Saúde) será estudada com prioridade e levará em conta critérios como a relação custo x efetividade, eficácia e população alvo; 

- O Ministério da Saúde tem apoiado e acompanhado o desenvolvimento de novas tecnologias para o combate ao Aedes Aegypit e aos vírus transmitidos pelo mosquito. No dia 11/12, por exemplo, a Anvisa aprovou o início de estudos da  fase III da vacina contra dengue do Instituto Butantan. A Fiocruz  também realiza pesquisa sobre vacinas contra dengue, além de outros laboratórios internacionais.

- O Ministério da Saúde reforça que, neste momento, somente o combate ao mosquito Aedes Aegypti é eficiente contra a multiplicação dos casos de dengue, Chikungunya e Zika.

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Ministério da Saúde alerta viajantes para eliminação dos criadouros

Todos devem adotar as medidas de prevenção em casa para evitar a proliferação do mosquito antes de sair de férias. Essas ações ganham ainda o reforço de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde de todo o país 
As medidas de combate ao Aedes aegypti devem ser reforçadas nas férias e festas de fim de ano, período marcado por chuvas em muitos estados do país e com maior circulação de pessoas. Para reforçar a importância de eliminar os focos do mosquito, o Ministério da Saúde recomenda aos viajantes que, antes de saírem de suas casas, façam uma vistoria para eliminar os recipientes que possam acumular água parada e servir como criadouro do mosquito.
“Se hoje não temos uma vacina para o Zika, chikungunya ou dengue, ou alguma tecnologia inovadora pronta para ser utilizada imediatamente, a ação mais efetiva é eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti. Por isso, é importante fazer um grande apelo à sociedade: antes de sair de férias, descarte corretamente latas, garrafas, embalagens de presentes, todo e qualquer recipiente que possa acumular água parada. Casa vazia não pode servir de criadouro do mosquito. Dessa maneira, com a ajuda de governos federal, municipal e toda a população, vamos fazer uma grande mobilização nacional para combater o mosquito”, reforçou o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.
O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias. Por isso, mesmo em uma viagem curta, é preciso estar atento. Um balde esquecido no quintal ou um pratinho de planta na varanda do apartamento, após uma chuva, podem facilmente se tornar um foco do mosquito e afetar toda a vizinhança. É importante verificar se a caixa d’água está vedada, a calha totalmente limpa, pneus sem água e em lugares cobertos, garrafas e baldes vazios e com a boca virada para baixo, entre outras pequenas ações que podem evitar o nascimento do mosquito.
Os ovos do mosquito podem ficar aderidos às laterais internas e externas dos recipientes por até um ano sem água. Se durante este período os ovos entrarem em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça e, consequentemente a transmissão. Por isso, é necessário lavar os recipientes com água e sabão, utilizando uma bucha. Não importa se você mora em casa ou apartamento, o mosquito Aedes aegypti pode encontrar um recipiente com água parada para depositar os ovos e se reproduzir. São suficientes 15 minutos por semana para fazer a vistoria em toda casa e eliminar todos os possíveis focos do mosquito.
O secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, reforçou a importância da manutenção das doações de sangue, especialmente para a permanência dos estoques de todo o País, em particular no período de férias, quando há maior demanda por transfusões. O secretário também destacou as recomendações para triagem clínica dos possíveis doadores nos hemocentros, com a intensificação das perguntas sobre a ocorrência de doenças recentes e sintomas que possam indicar infecção, inclusive pelo vírus Zika.
O Ministério da Saúde, além do reforço do questionário, orienta ainda que os doadores não deixam de informar, até sete dias depois, de ocorrência de sintomas que possam indicar alguma doença para a busca ativa de informações clínicas e laboratoriais de possíveis receptores. “O Ministério da Saúde está agindo preventivamente, reforçando as orientações aos hemocentros e pedindo para a população continuar com as doações de sangue, principalmente nessa época do ano quando ocorre uma tendência de queda nas doações”, ressaltou Beltrame. 
AGENTE COMUNITÁRIO – As ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti e o cuidado com os criadouros do mosquito ganham, em todo o país, o reforço de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde. Os profissionais se juntam aos 43.920 agentes de combate às endemias que já realizam o serviço junto à comunidade. A portaria com a inclusão das novas atribuições foi publicada no Diário Oficial da União desta semana.
A medida intensifica as ações relacionadas a vigilância à saúde das equipes de atenção básica prevista na Política Nacional de Atenção Básica. A portaria prevê o esforço das equipes de saúde em trabalhar a educação em saúde na população, além de mobilizar a participação da comunidade no controle social. Entre as ações, estão visitas domiciliares para verificar situações de risco para a dengue, malária, leishmaniose e outras doenças. 
MICROCEFALIA – Nesta terça-feira (22), o Ministério da Saúde atualizou os dados de microcefalia relacionados à infecção pelo vírus Zika. De acordo com o novo Boletim Epidemiológico, foram notificados 2.782 casos suspeitos da doença e 40 óbitos, até 19 de dezembro. Esses casos estão distribuídos em 618 municípios de 20 Unidades da Federação.
A investigação dos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika é feito em conjunto com gestores de Saúde de estados e municípios. Equipes técnicas de investigação de campo do ministério da Saúde estão trabalhando nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Ceará. Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.
O Ministério da Saúde capacitou mais 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de Zika. Contando com as cinco unidades referência no Brasil para este tipo de exame, já são 16 centros com o conhecimento para fazer o teste. Nos dois próximos meses, a tecnologia será transferida para mais 11 laboratórios, somando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês de casos suspeitos de Zika em todo o país.
MOBILIZAÇÃO NACIONAL – Para a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, foi instalada a Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à microcefalia. O objetivo é intensificar as ações de mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti. Também serão instaladas salas estaduais, que contarão com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública, Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas.
Atualmente, estão implantadas salas em 18 unidades da federação: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Ceará. Outros quatro estados estão em fase de implantação da sala: Pará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. Os demais serão orientados pelo Ministério da Saúde para a implantação das salas.
LARVICIDAS – O Ministério da Saúde enviou, este mês, larvicida aos estados do Nordeste e Sudeste, o suficiente para tratar um volume de água equivalente a 3.560 piscinas olímpicas. São mais 17,9 toneladas do produto utilizado para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti. O quantitativo é suficiente para proteger 8,9 bilhões de litros de água e corresponde à demanda apresentada pelas próprias Secretarias Estaduais de Saúde, levando em consideração a situação epidemiológica local e o histórico de consumo.
Em 2015, no total foram enviadas 114,4 toneladas de larvicida para todo o país, quantidade suficiente para o tratamento de 57,2 bilhões de litros de água.  Para o próximo ano, o Ministério da Saúde já adquiriu mais 100 toneladas do produto, que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016, um investimento na ordem de R$ 10 milhões.

CASOS COM DIAGNÓSTICO PARA MICROCEFALIA RELACIONADA AO VÍRUS ZIKA
UF
TOTAL NOTIFICADO
MUNICÍPIOS COM CASOS SUSPEITOS
CASOS SUSPEITOS
ÓBITOS SUSPEITOS
DF
11
1
1
GO
40
0
12
MT
78
0
10
MS
3
0
2
AL
114
0
44
BA
271
10
64
CE
127
1
30
MA
88
1
30
PB
429
5
69
PE
1.031
3
150
PI
51
1
21
RN
154
10
42
SE
136
5
40
PA
32
0
8
TO
58
0
27
RS
1
0
1
ES
18
0
10
SP
6
0
6
MG
52
1
33
RJ
82
2
18
Total
2.782
40
618



CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS POR ANO 
NAS 20 UF COM SUSPEITA DO VÍRUS ZIKA em 2015


UF
2010
2011
2012
2013
2014
Pernambuco
7
5
9
10
12
Paraíba
6
2
3
5
5
Rio Grande do Norte
2
2
4
0
1
Sergipe
3
1
2
0
2
Alagoas
3
7
2
3
2
Bahia
12
13
7
14
7
Piauí
1
0
4
4
6
Ceará
8
4
9
5
7
Maranhão
3
2
6
2
2
Tocantins
1
0
1
4
0
Rio de Janeiro
10
15
8
19
10
Goiás
3
4
3
2
3
Distrito Federal
3
3
1
2
2
Mato Grosso do Sul
0
0
1
3
0
São Paulo
25
31
42
43
39
Espírito Santo
2
4
5
4
3
Minas Gerais
20
16
23
13
11
Rio Grande do Sul
0
0
1
3
0
Pará
6
5
11
7
6
Mato Grosso
5
7
2
1
5

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS POR ANO NO BRASIL

2010
2011
2012
2013
2014
Brasil
153
139
175
167
147

Por Amanda Mendes, da Agência Saúde 
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Família Grávida com a Epidemiologia - 10/12/2015


Conheça a diferença entre dengue, zika e chikungunya

Dengue, zika e chikungunya são três infecções transmitidas pelos mesmos vetores, os mosquitos Aedes aegypiti e o Aedes albopictus. Elas possuem sintomas parecidos, mas algumas caraterísticas podem ajudar a diferenciá-las.
Não existe tratamento específico para as infecções por estes vírus. A orientação do Ministério da Saúde é que na presença de qualquer sintoma, o paciente procure a unidade de saúde mais próxima. Além disso, deve fazer repouso e ingerir de bastante líquido durante os dias de manifestação de sintomas. Alguns medicamentos como ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, podem aumentar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue. Por isso, ao apresentar os sintomas a pessoa não deve se automedicar.
Confira o quadro e descubra as principais diferenças entre a dengue, zika e chikungunya

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Ministério da Saúde divulga novos casos de microcefalia

Até 5 de dezembro de 2015, foram registrados 1.761 casos suspeitos de microcefalia, em 422 municípios de 14 unidades da federação. As informações são do Informe Epidemiológico sobre Microcefalia, divulgado nesta terça-feira (08).  O Ministério da Saúde, junto com gestores de Saúde de estados e municípios, continua tratando como prioridade a investigação desses casos e suas possíveis causas e consequências.
Neste período, o estado de Pernambuco registrou o maior número de casos (804). Em seguida estão os estados de Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e Distrito Federal (1).
Entre o total de casos, foram notificados 19 óbitos, nos estados do Rio Grande do Norte (7), Sergipe (4), Rio de Janeiro (2), Maranhão (1), Bahia (2), Ceará (1), Paraíba (1) e Piauí (1). As mortes foram de bebês com microcefalia, e suspeita de infecção pelo vírus Zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa dos óbitos.

UNIDADE DA FEDERAÇÃO
CASOS SUSPEITOS
ÓBITOS
Pernambuco
804
0
Paraíba
316
1
Bahia
180
2
Rio Grande do Norte
106
7
Sergipe
96
4
Alagoas
81
0
Ceará
40
1
Maranhão
37
1
Piauí
36
1
Tocantins
29
0
Rio de Janeiro
23
2
Mato Grosso do Sul
9
0
Goiás
3
0
Distrito Federal
1
0
Total      
1.761
19

Desde o dia 7 de dezembro, o Ministério da Saúde passou a adotar, em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, a medida padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 32 cm, para a triagem de bebês suspeitos de microcefalia. Até então, a medida utilizada pelo Ministério era de 33 cm. A iniciativa teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação, visando uma melhor compreensão da situação.
Vale esclarecer que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê. Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o crânio com 33 cm de diâmetro é considerado normal para a população brasileira, podendo haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população.
PROTOCOLO - O Ministério da Saúde elaborou um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika. O objetivo do protocolo é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. O material foi elaborado a partir das discussões entre o Ministério da Saúde e especialistas de diversas áreas da medicina, epidemiologia, estatística, geografia, laboratório, além de representantes das Secretarias de Saúde de Estados e Municípios afetados.
O protocolo contém orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial.  Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica, dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados. Por fim, o protocolo traz informações sobre o reforço do combate ao mosquito Aedes aegypti.
PLANO NACIONAL – No dia 5 de dezembro, foi lançado o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia.  Trata-se de uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades.
Com o crescente número de casos de microcefalia no país, o Ministério da Saúde declarou, no mês passado, Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país.
O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais serão colocadas em prática para intensificar as ações de combate ao mosquito.

CASOS DE MICROCEFALIA EM INVESTIGAÇÃO
UNIDADE DA FEDERAÇÃO
CASOS SUSPEITOS
ÓBITOS
Pernambuco
804
0
Paraíba
316
1
Bahia
180
2
Rio Grande do Norte
106
7
Sergipe
96
4
Alagoas
81
0
Ceará
40
1
Maranhão
37
1
Piauí
36
1
Tocantins
29
0
Rio de Janeiro
23
2
Mato Grosso do Sul
9
0
Goiás
3
0
Distrito Federal
1
0
Total      
1.761
19

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS POR ANO NAS CATORZE UF

UF
2010
2011
2012
2013
2014
Pernambuco
7
5
9
10
12
Paraíba
6
2
3
5
5
Rio Grande do Norte
2
2
4
0
1
Sergipe
3
1
2
0
2
Alagoas
3
7
2
3
2
Bahia
12
13
7
14
7
Piauí
1
0
4
4
6
Ceará
8
4
9
5
7
Maranhão
3
2
6
2
2
Tocantins
1
0
1
4
0
Rio de Janeiro
10
15
8
19
10
Goiás
3
4
3
2
3
Distrito Federal
3
3
1
2
2
Mato Grosso do Sul
0
0
1
3
0

CASOS DE MICROCEFALIA NOTIFICADOS POR ANO NO BRASIL

2010
2011
2012
2013
2014
Brasil
153
139
175
167
147




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