terça-feira, 23 de julho de 2013

Ampliada vacina contra hepatite B

Governo aumenta faixa etária de público- alvo, passando de 29 para 49 anos. Imunizante já pode ser encontrado nos postos de saúde
 
Rio - O Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para vacinação contra hepatite B. Pessoas de até 49 anos já têm direito à imunização gratuita desde ontem. Até maio deste ano, o limite de idade era de 29. A medida beneficia um público-alvo de 150 milhões, correspondente a 75,6% da população total no Brasil. Para ficar protegido, é preciso tomar três doses. A segunda e a terceira são aplicadas 30 dias e seis meses depois da primeira, respectivamente.
De acordo com a assessoria do ministério, a medida é para erradicar a doença no país. A vacina também é oferecida aos grupos considerados de maior risco de contrair a Hepatite B, independentemente da faixa etária, como grávidas, manicures, bombeiros, militares, doadores de sangue e profissionais do sexo.
No Estado do Rio, há 5.794 casos de pessoas infectadas de 2000 a 2011. A coordenadora estadual de Hepatites Virais da Gerência DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde, Clarice Gdalevici, diz que já está fazendo parte do calendário de vacinação. “A vacina já foi distribuída para todos os municípios. A população já pode procurar os postos de saúde neste mês”, afirmou.
As principais formas de contágio são por meio do uso de objetos contaminados, como alicate de unha e aparelhos para tatuagem, além do sexo. Mãe contaminada também transmite a doença ao bebê, mas a vacina dada ao recém-nascido protege contra a hepatite.
 
Fonte: O Dia

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Anvisa derruba limite de idade para aplicação da vacina HPV em mulheres

Vacina protege contra tipos de HPV ligados ao câncer no colo do útero.
Mulheres acima de 25 anos agora poderão ser imunizadas, diz agência.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o fim do limite de idade para a aplicação da vacina contra o HPV em mulheres, segundo uma decisão divulgada nesta sexta-feira (28).
A vacina, antes limitada a mulheres entre 9 e 25 anos, agora poderá ser aplicada a todas as mulheres que tenham mais de 9 anos, sem outros tipos de limitação, informa a agência.
A medida vale para a vacina conhecida pelo nome Cervarix, produzida pelo laboratório GlaxoSmithKline (GSK), que imuniza contra o HPV dos tipos 16 e 18 - os dois estão ligados ao surgimento de câncer no colo do útero em mulheres, ressalta a empresa na bula da medicação.
Segundo informações da GSK dadas à Anvisa, a proteção também é ampliada contra os tipos 31 e 45 da doença, que também estão entre os principais causadores desse tipo de câncer.
A ideia, segundo a agência, é possibilitar que mulheres acima de 25 anos também possam ser imunizadas contra o papilomavírus. A GSK informa, na bula da medicação, que a vacina tem como objetivo impedir a infecção e não previne de lesões causadas por HPV já presentes no paciente no momento da vacinação.

HPV (Foto: Arte/G1)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Foco constante na mortalidade materna




Anualmente, 1.685 mulheres morrem no país devido a complicações na gravidez e poucos dias após o parto.O número caiu 55% em 20 anos, mas especialistas alertam que não se pode abrandar a atenção às mães e aos bebês


Sara Lira

Belo Horizonte A gravidez é uma fase importante em vários aspectos da vida de uma mulher, principalmente do ponto de vista da saúde. Durante o período, mais do que nunca ela deve se voltar para os cuidados com o próprio organismo. Há muitos perigos que cercam uma gestação sem acompanhamento médico adequado e problemas recorrentes depois do parto. As possíveis complicações são variadas, como hipertensão, hemorragias e até mesmo infecções que podem levar à morte.

Essas ocorrências mataram 1.685 mulheres no país, entre 2003 e 2010, durante a gravidez ou 40 dias após o parto, o puerpério. Em 2011, a taxa de mortalidade materna era de 63 mortes de mulheres para cada 100 mil nascidos vivos. O número é, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), 8,3% menor que as mortes registradas em decorrência de complicações na gravidez e no parto em 2010. Em 1990, conforme dados da Razão da Mortalidade Materna (RMM), a taxa era de 141 óbitos, ou seja, em 20 anos, houve uma redução de 55% na RMM. A Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, estabeleceu como uma das metas do milênio a taxa de 35 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos até 2015.

Segundo o MS, um dos fatores que explicam a redução no número de óbitos/a cada 100 mil nascidos vivos é a instalação do projeto Rede Cegonha, que tem como uma das metas o incentivo ao parto normal humanizado e o estímulo à assistência integral das mães desde o planejamento reprodutivo até o pós-parto. Esse tipo de ação é tão importante para salvar vidas que corrobora os resultados de um estudo desenvolvido para a tese de doutorado O contexto e perfis característicos da mortalidade materna em Belo Horizonte (MG), 2003-2010, defendida pela demógrafa Lilian Valim Resende na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os dados, obtidos no Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil da Secretaria Municipal de Saúde da capital mineira, mostram que, em Belo Horizonte, mais de 70% das mortes maternas poderiam ter sido evitadas. No período, dos 137 óbitos maternos registrados na capital de Minas Gerais, 99 tinham classificação por evitabilidade e, desse número, 86 foram consideradas como evitáveis, ou seja 72% das mortes.

De acordo com Lilian Valim Resende, o trabalho também constatou a percepção de familiares em relação às mortes. Foram identificados dois perfis de óbitos. Um é o das mulheres que morreram no parto pós-cesária. Elas até chegaram a fazer o pré-natal. Muitas dessas mulheres morreram principalmente por síndromes hipertensivas, como pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, infecções pós-parto e hemorragias. Nesse caso, os bebês sobreviveram. Já no outro grupo, com um número menor de pessoas, os óbitos registrados foram de mulheres que morreram durante a gestação ou em decorrência de abortos provocados , explica.

No estudo, a demógrafa também ouviu familiares das mulheres que morreram e eles sugeriram falhas na assistência prestada à saúde da grávida. O planejamento reprodutivo, sobretudo para adolescentes e mulheres que apresentam problemas em gestações anteriores; a atenção qualificada, com captação precoce da gestante no pré-natal; o encaminhamento ao pré-natal de alto risco, a valorização das queixas das mulheres; e a busca ativa, nos casos em que a gestante, por algum motivo, interrompeu a assistência foram alguns dos fatores discutidos em termos de evitabilidade das mortes maternas , destaca Lilian.

Pré-natal

Para especialistas, o pré-natal adequado é um dos fatores que mais ajudam a evitar as mortes maternas, uma vez que esse acompanhamento auxilia no curso positivo da gravidez tanto para a mãe quanto para o bebê. Gravidez não é doença, mas é um estado diferente. Há alterações orgânicas e funcionais que propiciam o desenvolvimento de doenças , destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência, José Alcione Macedo Almeida.

Segundo a ginecologista e obstetra Cláudia Navarro Lemos, alguns fatores são mais comuns no caso de morte na gravidez. Um deles é a pré-eclâmpsia, um aumento da pressão arterial com edemas (inchaços) pelo corpo e perda de proteína pela urina. Caso não tratada, ela pode se agravar e evoluir para a eclâmpsia, quando a gestante tem convulsões, podendo apresentar sangramento vaginal e até entrar em coma. Essa complicação mais grave pode acontecer antes, durante ou depois do parto.

De acordo com Lemos, outro fator de mortalidade são as hemorragias, que podem ocorrer por uma série de razões, como um aborto provocado, um trabalho de parto que foi muito demorado ou uma gravidez tubária rota (quando o óvulo fecundado começa a se desenvolver nas tubas uterinas, e não no útero).

As infecções também são risco à vida da gestante, tanto as que ocorrem durante a gestação quanto as puerperais, ou seja, até 40 dias após o parto. Elas acontecem porque o útero ainda está aumentado e fica sangrando por alguns dias. O sangue é um meio de cultura para as bactérias, e uma bactéria na vagina pode subir para o útero, afetando-o e desenvolvendo uma infecção que pode ser severa e até levar à morte. No puerpério, a mulher está mais vulnerável e o organismo dela caminha para o retorno das condições normais. Por isso há uma suscetibilidade maior para determinadas doenças e agravamentos , explica o presidente da Sogia-BR, José Alcione Macedo.

Outro fator que pode ajudar a diminuir o número de mortes maternas é o incentivo ao parto normal, considerado o procedimento mais adequado por boa parte dos especialistas. Não há dúvidas de que a porcentagem de cesáreas está acima do indicado, mas as entidades médicas têm lutado para diminuir isso , afirma Cláudia Navarro. O parto cesariana é uma alternativa apenas para salvar paciente e bebê quando o normal não acontece de forma natural , completa José Alcione. Segundo o Ministério da Saúde, os partos normais representam 63,2% dos partos no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2012, foram 1.123.739 partos normais e 753.766 cesarianas

Para além dos partos, os médicos afirmam que uma gravidez planejada e um pré-natal feito de forma correta são os principais meios de se evitar a mortalidade materna. O que se aconselha é que o pré-natal seja feito desde o início da gravidez, pois é isso que propicia o controle da saúde do bebê e da mãe. As mulheres têm que entender que o pré-natal é a chave de tudo , acrescenta José Alcione.

No SUS

A Rede Cegonha foi lançada em 2011 pelo governo federal com o objetivo de incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mães e filhos. Os cuidados vão desde o planejamento reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, o pré-natal, o parto, o pós-parto até o segundo ano de vida da criança. Para a construção de um sistema de cuidados primários, o Ministério da Saúde prometeu investir R$ 9,4 bilhões até 2014. Atualmente, 4.936 municípios de todo o país aderiram à estratégia e mais de 2,2 milhões de mulheres são atendidas pela Rede Cegonha. Elas correspondem a 94% do total de gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).

Herança da dieta

Os cuidados com a gravidez passam também pela escolha certa dos produtos que serão ingeridos. Além das complicações decorrentes do excesso do peso e da falta de nutrientes durante a gestação, os bebês podem herdar das mães os maus hábitos alimentares. É o que indica um estudo desenvolvido pela Universidade de Adelaide, na Austrália. Filhos de mulheres que comem junk food nascem com maior tolerância a esse tipo de alimento. Por isso, precisam comer porções maiores para se sentirem satisfeitos.

Os resultados dessa pesquisa, em última análise, nos permitirão melhor informar as mulheres grávidas sobre os efeitos duradouros que a dieta tem sobre o desenvolvimento das preferências dos filhos delas ao longo da vida e do risco de doença metabólica. Felizmente, isso vai incentivar as mães a fazer escolhas mais saudáveis de dieta , avalia Beverly Mühlhäusler, pesquisadora responsável pelo estudo. Os resultados foram divulgados em março, no The FASEB Journal, jornal da Federação das Sociedades Americanas para Biologia experimental.

Mühlhäusler e os cientistas analisaram filhotes de dois grupos de ratos. Durante a gravidez e a lactação, o primeiro alimentou-se de ração normal. O segundo, de comida com alto teor calórico, rica em gordura saturada, açúcar e sódio. Depois do desmame, os filhotes receberam injeções diárias de um bloqueador do receptor opioide. Os opioides são substâncias liberadas, entre outras situações, após o consumo de junk food.

O bloqueador reduz o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar, impedindo a liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer. No caso dos filhos de cobaias mal alimentadas, no entanto, a ação foi menos eficaz. Esse estudo mostra que a dependência de junk food é um vício verdadeiro. Junk food envolve a química do corpo da mesma forma que o ópio, a morfina ou a heroína. É triste dizer, mas a gravidez pode transformar as crianças em viciados nesse tipo de alimento , alertou Gerald Weissmann, editor-chefe do jornal em que a pesquisa foi publicada.

A obesidade infantil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem ganhado proporções alarmantes. A entidade estima que, em média, um terço das crianças de 6 a 9 anos está obeso ou acima do peso. Na última terça-feira, a OMS cobrou ações mais rígidas para combater o problema, principalmente com relação à propaganda de alimentos nocivos à saúde dos pequenos. As crianças estão cercadas de anúncios estimulando-as a consumirem alimentos ricos em gordura, açúcar e sal mesmo quando estão em locais onde deveriam ser protegidas, como escolas e instalações esportivas , criticou Zsuzsanna Jakab, diretora regional da OMS na Europa.


Autor: Sara Lira

quinta-feira, 4 de julho de 2013

II Treinamento de Manejo da Rede de Frio e Imunobiológicos


No mês de junho, o Serviço de Epidemiologia realizou o II Treinamento de Manejo da Rede de Frio e Imunobiológicos da MMABH, com profissionais de Enfermagem do Centro de Parto Normal e Cirúrgico Obstétrico. Os temas discutidos foram acondicionamento de vacinas, transporte, mapa de temperatura, reações adversas e inusitadas pós-vacinais, protocolos de vigilância.
Acima, fotos do treinamento !!!